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Travessia Praia de Naufragados - Floripa - SC
Trilha de dois dias com acampamento selvagem na praia de Naufragados, extremo sul da ilha de Florianópolis.
Trekking AcampadaTravessia da Praia de Naufragados
Depois de um hiato forçado em 2017, prometi para mim mesmo que em 2018, retomaria as minhas hiperatividades no mundinho outdoor. Custando o que custar (contando que não seja dinheiro...kkk), e, como a força do pensamento atraí as coisas para a gente, durante uma conversa com meu amigo Luis, mentor e colunista âncora do site TrekkingRS, combinamos de aproveitar que estaríamos próximos, já que ele e sua namorada estariam em Floripa tirando alguns dias de férias, e assim, escolher algum pico local para fazermos uma trilha com acampamento na área.
Papo vem, papo vai, definimos que a bola da vez seria a travessia de Naufragados, tendo início a praia de Pântano do Sul, seguindo por Açores, Solidão, Naufragados, Caieiras e retornando para o início através de uma trilha antiga que corta de leste para oeste entre os morros que separam Caieiras de Pântano do Sul.
Uma vez que estava definido o roteiro, como é de costume, entrei em contato com minha rede de colaboradores, amigos, brothers and sisters, para tentar descobrir quais eram as reais condições da trilha. Depois de uma série de informações contraditórias, decidi levar o facão. Tudo indicava que teríamos um rasga mato em algum ponto do trajeto, que originalmente somava mais ou menos 20 kms com uma pequena altimetria.
A previsão do tempo não era das melhores, tudo indicava chuva de sábado para domingo, mas a crise de abstinência estava falando mais alto, e decidi que seguiria o plano de qualquer maneira, e meus amigos também concordaram.
Toquei cedo para Floripa e por volta das dez horas, horário combinado, já estávamos no estacionamento deixando o carro e "vestindo" as cargueiras nas costas.
O início da trilha é bem tranqüilo, caminho aberto, com calçamento e tendo sempre do lado esquerdo, uma bela vista da praia da Solidão e seus costões. Na medida em que fomos avançando, entramos numa típica florestinha de mata atlântica bem fechada com alguns córregos entre pedras que descem direto dos morros. Seguindo mais uns 30 minutos de caminhada, a trilha começa a ficar fechada pela vegetação, mas nada que fizesse necessário utilizar o facão, apenas dobrar a atenção para não entrar em alguma bifurcação errada que pode dar em lugar nenhum.
Progredindo lentamente, sem suar muito, com pouco mais de quatro horas, chegamos à praia, com o sol forte e repleta de veranistas barulhentos que na maioria, chegam de barco durante a temporada para passar o dia.
De imediato, cruzamos quase que a extensão completa da praia, para acampar junto ao riozinho e poder curtir um pouco da tarde, tomando um banho de mar e no riozinho para refrescar e tirar o suor do dia quente.
Com o cair da tarde, começou a nublar e como determinava a previsão, não demorou muito para começar a chover. Corremos para dentro das barracas na esperança de que a chuva desce uma trégua para podermos fazer a janta e dito e feito, depois de pouco mais de meia hora, tempo que aproveitei para cochilar, a chuva parou e ainda com alguns resquícios de luz natural, tratamos de fazer nosso jantar e conversar um pouco antes de dormir. Choveu moderadamente durante a noite, e dormir com o barulhinho da chuva no teto da barraca, para mim, foi uma benção especial.
O domingo amanheceu fechado, com cara de poucos amigos, a praia que no dia anterior, estava ensolarada e cheia de veranistas, se mostrava quase deserta e envolvida por uma bruma cinzenta de neblina. Sem pressa, começamos a desmontar o acampamento e simultaneamente fazer o nosso café da manhã para poder seguir em frente para nossa etapa final.
Retomamos nossa caminhada com um chuvisqueiro tímido mas que sinalizava que dalí em diante, a coisa não iria melhorar. Por um lado, era bom, sem sol e com uma chuva fraquinha, estava bem agradável de caminhar.
Com alguns poucos minutos já encontrávamos o farol, ponto obrigatório para fazer algumas fotos e apreciar a vista do continente. Depois de apresentar o farol para meus amigos, seguimos, passando rapidinho pela bateria de canhões da fortificação que existe no morro e na seqüência, tomamos efetivamente a trilha para Caieiras.
A trilha é bem aberta e curta, contando apenas com uma subida forte, mas que não chega a assustar. Durante esse trajeto, começou a chover um pouco mais forte, mas por estarmos debaixo das árvores, praticamente não tivemos problemas, nem a necessidade de fazer uso do anorak.
Com pouco mais de uma hora e meia, já se viam as primeiras casas e dava para ouvir o barulho da civilização e logo em seguida, já estávamos numa rua, com o GPS apontando para seguir a trilha para Leste, porém, passando por dentro de algumas propriedades e terrenos com casa. Tentei encontrar o caminho por uma trilha, rente a uma cerca, mas a trilha levava para uma direção oposta ao nosso destino.
Diante desta dificuldade de retomar a trilha, conversei com o time e decidimos tentar descobrir alguma informação com os moradores. Um senhor nos informou que de fato, a trilha existia que começava próxima a casa dele, mas que estava muito fechada fazia um bom tempo... Diante desta informação e também face ao céu carregado que estava sinalizando que iria despejar água, resolvemos abortar a travessia naquele instante.
Tratamos de ir para o ponto de ônibus para poder seguir até o Terminal do Rio Tavares e de lá, pegar o outro bus para Pântano do Sul e resgatar o carro.
Fim da linha!
Resumo da ópera:
Distância percorrida: 13 kms
Acúmulo de subida: 841 m
Acúmulo de descida: 870 m
Top hein brother???!?!?! Precisando aportar aí no sul para fazer uma trilha dessas... Muito bacana! Parabéns!
Fala bro! essa foi para tirar o mofo da cargueira... Floripa tem bastante lugares bacanas, mas o bom é no inverno, sem a muvuca, daí é sempre "tudo nosso"! Valeu!!!
Opa! Um dia apareço por aí para uma pernada!
demorôôoouuu.
Muito massa!
legal!! pretendo fazer.