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Atacama - Valle del Arco Iris
Local pouco visitado na região do Atacama, com paisagens bonitas e diferentes.
Hiking Montanhismo DesertoAtacama: Valle del Arco Iris – 24/12/2024
Depois de um dia de descanso para curar a ressaca da longa viagem do Rio até San Pedro de Atacama, começamos a visitar as atrações do local. O primeiro local que escolhemos foi o Valle del Arco Iris, onde chegaríamos a 3200m de altitude, sendo um excelente local para iniciarmos o processo de aclimatação. Curiosamente, é uma atrativo bastante subestimado e tem pouca procura pelos turistas.
Essa atração está localizada a pouco mais de 60 kms de San Pedro. O acesso é feito pela Ruta 23, voltando cerca de 35kms em direção a Calama até a entrada da localidade de Rio Grande, onde pegamos a estrada B-207. Esse trecho ainda é relativamente bem asfaltado, mas com trechos bem sinuosos. É preciso atenção para pegar uma estrada de terra, pois a sinalização é MUITO ruim. Basicamente são cerca de 18kms de estrada asfaltada até o acesso e mais 8kms até o Valle del Arco Iris. A estrada de terra está em boas condições, mas recomendamos um carro alto.
Acordamos cedo, nos arrumamos e resolvemos ir tomar café no Salon de Té O2, que fica na Caracoles. Deixamos o carro perto da praça e seguimos a pé, pois a rua principal não permite acesso a veículos. Curtimos o café sem pressa, compramos água e alguma comida para levar e embarcamos no possante para colocar o pé na estrada.
Decoração do salão do café que escolhemos
Em pouco mais de 1 hora, chegamos até a placa que indica a proximidade da atração e também da bifurcação que leva até o povoado de Yerbas Buenas, onde existe um sítio arqueológico com diversos petróglifos (desenhos) nas pedras. Geralmente as excursões das agências visitam as duas localidades.
Depois de algumas fotos, seguimos até a portaria do Valle del Arco Iris. Fizemos o pagamento dos ingressos e seguimos com o carro até o estacionamento. A paisagem lunar, tão característica do deserto do Atacama, já nos impressionava antes mesmo de começarmos a caminhar. O relógio já marcava 10h e o sol já estava alto.
A desvantagem de fazer os passeios por conta própria é que a gente acaba perdendo alguns detalhes que só os guias locais conhecem. Havia a opção de caminhar por uma estrada ou por algumas trilhas cortando as montanhas. Optamos por começar pelas trilhas e voltar pela estrada, fazendo uma espécie de circuito. Vimos muitas pessoas explorando o local de dentro dos carros, usando apenas a estrada.
As montanhas, com cores e formatos diferentes, estão presentes por todos os lados que olhamos. Rochas que variam em tons vermelhos (argila), verdes (óxido de cobre), cinzas, brancos (carbonato de cálcio), amarelos, fazendo jus ao nome do local. Um conjunto de fatores deu origem à esse local único: a presença e a quantidade de minerais em cada rocha, processos erosivos que vem ocorrendo há milhares de anos e resfriamento da lava vulcânica.
A cor das montanhas contrastando com o céu bizarramente azul
Rainbow Mountains!
Os amigos Gilmar e Alessandra!
Seguimos pelo “sendero” demarcado tirando muitas fotos e fazendo algumas pausas para contemplar a beleza do lugar. Caminhamos pelas trilhas por aproximadamente 1 hora até voltar para a estrada. E subimos por ela até um cânion onde a passagem acaba fechando. Um lugar surreal que as fotos não conseguem transmitir sua beleza. Recentemente vi uma foto que Peter Buck, guitarrista do REM, tirou nesse mesmo local.
Postagem no Instagram do R.E.M.
Após mais algumas fotos, começamos a descer até o estacionamento, dessa vez seguindo direto pela estrada, para poupar tempo. Ainda assim, o visual do entorno é espetacular. Chegamos ao carro por volta das 12h. Nos hidratamos, comemos alguma coisa e pegamos estrada de volta. Como voltaríamos para San Pedro almoçar e depois seguiríamos para o Valle de la Luna, não animamos em visitar Yerbas Buenas.
A viagem de volta foi sem maiores surpresas, exceto por algumas vicunhas que lanchavam ao lado da estrada. Por volta das 13h30 já estávamos de volta em San Pedro.
Dicas:
- O ingresso custa 5000 CLP por pessoa, aproximadamente R$ 30. É uma das poucas atrações da região que não vendem ingressos antecipados.
- O pagamento é feito apenas em “efectivo” (dinheiro). Eles não aceitam cartões.
- Não deixe de levar água, protetor solar, óculos de sol e boné/chapéu. O sol, depois de determinado horário, castiga bastante.
- Se for fazer uma caminhada, lembre-se de usar um calçado adequado e roupas confortáveis.
- Deixe na mochila um corta vento. O clima do deserto é doido e, do nada, pode começar a ventar forte, derrubando a temperatura.
Excelente, amigaço! Ainda que não tenha sido feito com guia, a diversidade de informações existentes na rede atualmente, aliado aos apps de orientação, faz com que esta carência seja minimizada. Estando-se com um carro, a gente faz os horários, o que também tem suas vantagens.
Que passeio Bacana, Fabio! Belas fotos! Concordo com o Marcelo. Visitar os atrativos por conta própria, com o tempo e a tranquilidade que a gente gosta, é muito melhor, mesmo perdendo alguns detalhes!