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Fabio Fliess 24/01/2024 09:15
    Serra da Mira | Bom Jardim de Minas

    Serra da Mira | Bom Jardim de Minas

    Mais um relato da série sobre trilhas no sul de Minas Gerais. Montanhas pouco conhecidas e visitadas!

    Hiking Montañismo

    Serra da Mira – 01/04/2017

    Retomando os relatos sobre algumas montanhas pouco exploradas no sul de Minas, vou falar sobre a Serra da Mira. Essa montanha está localizada no município de Bom Jardim de Minas, em uma região conhecida como Pacau, onde o atrativo mais “famoso” é a cachoeira que leva o mesmo nome da localidade.
    Marcamos uma incursão até lá exatamente no “dia da mentira”. A trupe era formada pelo Marcelo Garcia, Fred Fadini e eu. Aguardei os dois amigos na entrada da rua de casa por volta das 4h30 da matina e assim que eles chegaram, pegamos a BR-040 em direção a Juiz de Fora. Passamos direto pela entrada da cidade e pouco depois entramos na BR-267 que leva em direção a Lima Duarte, onde fizemos uma rápida parada para um café no Armazém de Minas, bem na entrada da cidade.
    Mais despertos com a injeção de cafeína, seguimos por mais 55kms até Bom Jardim de Minas onde, após cruzarmos pelo centro da cidade, pegamos a MG-457 no sentido de Santa Rita da Jacutinga. Por essa estradinha mais acanhada e perigosa, seguimos por mais 12kms até pouco depois da Pousada Fazenda do Pacau. Deixamos o carro em um recuo da estrada, próximo a algumas residências e uma pequena venda.
    Arrumamos as mochilas e começamos nossa caminhada as 7h30. Atravessamos a estrada e pegamos um caminho bem a frente. Passamos por uma porteira e seguimos caminhando por uma estrada de terra bem larga, onde pouco depois, cruzamos com uma plantação de eucaliptos. Após caminharmos cerca de 30 minutos, o Marcelo viu um atalho que diminuiria bastante a pernada até a entrada da trilha. E seguimos por ele.

    Perfil da Serra da Mira no começo de uma manhã nublada

    No início foi tranquilo, mas conforme fomos avançando, encontramos um charco bem grande e tivemos que encontrar o melhor caminho para evitá-lo. Perdemos um tempinho mas, vencido esse trecho, interceptamos novamente a estradinha. Procuramos o melhor ponto para subir o barranco na margem oposta da estrada e passar pela cerca. A trilha não era marcada, mas traçamos um caminho possível para alcançar um limoeiro, que se destacava na paisagem. A partir dali, encontramos a trilha e seguimos alternando bons trechos abertos com pequenos colchetes de mata, até chegarmos na crista da montanha.
    A partir desse trecho, a trilha também alternava com trechos de lajes de pedra. Seguimos subindo sem muita pressa até chegar ao ponto culminante da Serra da Mira, com 1601m, exatamente 2h depois de deixarmos o carro. Seguimos um pouco adiante e encontramos uma interessante gruta que acaba ao lado de um paredão com visão para o vale do Rio Preto. Nesse momento fomos surpreendidos pela chegada de dois cães, mas para a nossa felicidade, eram bem amigáveis.
    Após conhecermos a gruta, voltamos até o ponto culminante onde ficamos por um bom tempo conversando e lanchando. Mesmo com o tempo nublado, o visual do cume impressiona. Podíamos avistar o Pão de Angu em Lima Duarte, Serra das Flores em Olaria, Bandeira e Muquém em Carvalhos, Mitra do Bispo em Alagoa, etc.
    Às 10h45 resolvemos iniciar nossa descida, que foi feita em um bom ritmo. Por volta das 11h30 já estávamos novamente na estradinha. Os cachorros nos acompanharam até esse ponto e depois sumiram.

    Vastidão... Visual durante a descida!

    Ali o Marcelo deu a sugestão de seguirmos pela estrada na direção contrária da que viemos. Após passarmos por uma cerca, encontramos uma cachoeira ao lado da estrada. Tiramos algumas fotos e continuamos a caminhada até passarmos pela entrada de um sítio. Como havia movimento por lá, resolvemos ir até o sítio para conversar com os proprietários e explicar nossas “intenções” por aquelas bandas. Como é padrão em Minas, fomos super bem recebidos com um cafezinho.
    Depois desse “dedo de prosa” retornamos para a estrada, onde pouco depois encontramos uma grande porteira que estava fechada com cadeado (nos avisaram sobre isso no sítio). Pulamos a porteira e continuamos até encontrar uma bifurcação onde pegamos a esquerda.
    Ainda passamos por mais uma porteira e um riacho até encontrarmos novamente o asfalto. Desse ponto caminhamos cerca de 500m até o carro. Aproveitamos a vendinha para tomar uma cerveja e pegamos rumo de casa. O retorno foi passando por Santa Rita da Jacutinga, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde até chegar novamente na BR-040.
    Espero não demorar tanto para dar continuidade nessa série de relatos. Até lá...

    Fabio Fliess
    Fabio Fliess

    Publicado en 24/01/2024 09:15

    Realizada en 01/04/2017

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    5 Comentarios

    Legal esse caminhar por trilhas, caminhos e serras menos “badalados”… montanhismo é muito disso. Parabéns!

    1
    Fabio Fliess 30/01/2024 12:13

    Concordo Rogério. Obrigado pelo feedback!

    1
    Marcelo Lemos 26/01/2024 22:11

    Excelente você trazer detalhes destes recantos Brasil afora, amigaço. Continue com os próximos relatos, sim. Abração.

    1
    Fabio Fliess 30/01/2024 12:13

    Deixa comigo amigaço. Abração.

    1
    Wesley Alves Quintão 18/03/2025 09:45

    Rapaz, eu comprei um terreno aí perto da cachoeira, na montanha. Não conhecia esse caminho que você descreveu. Muito legal. Sempre que vou lá descubro algo novo. É uma região fascinante.

    Fabio Fliess

    Fabio Fliess

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    Montanhista desde que me conheço por gente!!! Sócio e condutor do CEP - Centro Excursionista Petropolitano. Take it easy e bora pras montanhas! Instagram: @fliess

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