Localizado no baixo amazonas, região do estado do Pará, o município de Monte Alegre esconde uma riqueza arqueológica muito grande e pouco conhecida. Com pelo menos 3 principais pontos onde podemos encontrar artes rupestres e outros pontos ainda não catalogados - moradores da comunidade local vem encontrando novos pontos - que datam 11 mil anos atrás segundo estudos. Os pontos que se localizam as artes estavam praticamente abandonados pelo governo, sem controle de visitas nem segurança contra vandalismo, o que acabou gerando um clima ainda maior de mistério, pois me vi frente a frente á uma arte milenar em uma área praticamente esquecida e vazia, dando asas a minha imaginação e as dezenas de perguntas que me fiz naquele momento - como será que viviam por aqui? Por quanto tempo ficaram? Migraram de onde e foram para onde? - procurei lembrar as matérias e os estudos que li sobre o local antes de visita-lo.

(Arte conhecida como Calendário)

Passei um dia inteiro visitando os pontos, pude almoçar na casa de uma família da comunidade muito simpática, no qual aproveitei para fazer mais perguntas da região e cheguei à conclusão que em Monte Alegre ainda pode haver muitos outros sítios e artes escondidos na natureza. Cada ponto tem sua beleza e seus mistérios e é isso que me moveu até lá e me deixou muito satisfeito. Espero que as pesquisas continuem de forma mais séria e que o governo cuide melhor desse patrimônio histórico dando estrutura para os visitantes que desejam visitar e conhecer melhor um pouco da arte rupestre.

Como cheguei a Monte Alegre? Desembarquei no aeroporto de Santarém, me hospedei na cidade e fui procurar saber as formas de chegar até Monte Alegre, foram duas: Carro via balsa e barco/lancha, preferi a lancha que saia de tarde chegando em monte alegre com o pôr do sol. Hospedei-me no Hotel Amazônia, lá me informaram que para visitar os pontos com arte rupestre seria necessário um carro 4 x 4 ou uma moto com piloto experiente em areia. Como não era final de semana, não havia nenhum turista na região, então as poucas empresas de turismo não estavam abertas – na verdade não vi nenhuma na cidade – então me passaram o contato de um Mototaxi que conhecia todas as trilhas, fechamos negócio e passamos o dia rodando. Tudo correu muito bem.