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Subida a Ilha do Parque Estadual Marinho Laje de Santos
Monitoramento de avifauna marinha do PEMLS por 2 anos
Suspeita para falar da Laje de Santos, foi onde começou a paixão pelas aves marinhas em 1999, e por ela tenho um carinho todo especial. Acompanhei por anos essa figura ao meu lado na foto, o Fausto Pires de Campos, que muito me ensinou...e a partir daí tive a certeza de como seria #minhavidadeveterinária, e hoje faço o que faço!
Fui voluntária do Projeto Tamar também, ajudando na marcação das tartarugas marinhas na época. Aprendi a importância de zelar pela vida marinha e qual a diferença para a conservação! Próxima da cidade de Santos, e sabemos que as praias poderiam ser muito melhores, está um lugar especial, protegido, cuidado enche nossos olhos de alegria tanto dentro como fora d'água.
O Parque Estadual Marinho Laje de Santos (PEMLS) é formado pela ilha Laje de Santos, pelo rochedo dos Calhaus e parcéis do Bandolim, Brilhante, Sul e Novo, e fica a cerca de 40 km da cidade de Santos em SP. Foi criado em setembro de 1993 por um Decreto Estadual (37.537/93) e foi a primeira Unidade de Conservação marinha do Estado de São Paulo, para a proteção do ambiente marinho, levando em consideração a diversidade e abundância da vida marinha ali existente, o valor científico e a importância ecológica da área.
Na ilha principal, a Laje de Santos propriamente dita, é um local escolhido pelas aves marinhas para abrigo, alimentação e reprodução, de espécies residentes e migratórias. Este trabalho consistiu em monitorar a dinamica do Parque para essas espécies durante dois anos.
Ah!!! Ali também eu reencontrei um amigo meu, que nada mais era do que o instrutor mais veiaco da Laje e que no futuro...virou meu marido! ahahaha! E melhor, foi meu parceiro nesse trabalho, sem ele, não tinha rolado esse monitoramento, quem diria heim Leo Francini?! de baixo pra cima d'água!!!ihuuu! Para isso tinhamos que ir uma vez ao mes ou a cada dois meses ao Parque, de barco, desembarcar na Laje, subir ao topo, fotografar e anilhar as aves, tudo isso com o apoio da gestão do PEMLS, nosso super parceiro José Edmilson Junior Mello.
A ilha é desprovida de praias e então o desembarque é realizado no costão rochoso, e para isso é necessário uma condição de mar favorável e muita experiência da equipe, pq qualquer descuido, viramos "carne moída" entre as cracas e ouriços.
Após o desembarque escalar 33 m de altura em uma pedra lisa, branca (fezes das aves, mais conhecido como guano) e escorregadia também não é facil, e impossível em dias de chuva.
Protetor solar, chapéu, roupas adequadas e muita água são fundamentais, e o agravante, a cor branca da pedra pelo guano das aves, faz com que a insolação venha de baixo pra cima, pois a luz reflete e literalmente vc é bronzeado de todos os ângulos!
Resumidamente, nestes dois anos de monitoramento, pudemos definir os picos reprodutivos das espécies mais comuns, e ainda ver um aumento na população e na área ocupada pela principal colônia (a dos atobás-marrom), avistamos também outras espécies migratórias como falcão peregrino, albatrozes, atobá-mascarado, etc., além de anilhar cerca de 180 filhotes de atobás-marrom. É preciso estar atento na caminhada, para não pisotear ovos e filhotes, porque a Laje só tem vegetação rasteira e os ninhos são construídos no solo. Por isso, na ilha só desembarcam pesquisadores com objetivos bem definidos, e ainda são necessárias licenças do IBAMA, COTEC (IF), ICMBio e CEMAVE.
Gratificante é pouco para definir o resultado dessa história longa, porque afinal, mesmo pegando dias de mar dificil, vento, chuva, horas duras de navegação, raladas, bicadas, cagadas, piolhos, carrapatos, enfim...vimos muita coisa linda, conhecemos e unimos gente da melhor qualidade, e fizemos nossa parte para a natureza!
Mas tudo isso é possível de ver de perto, e ainda desfrutar de um mergulho maravilhoso, permitido e realizado quase todos os finais de semana pelas operadoras de mergulho, regado de muitos peixes, tartarugas, golfinhos no caminho, e se dormirem de pantufas...rsrs...podem também ver baleias!!!
Então fica a dica para o sua próxima aventura, mas não esqueça de olhar pra cima, pq as aves também são belíssimas!!!!! Não deixem de ver o vídeo!!!
Muito interessante! Eu não sabia nada sobre esse lugar, adorei descobri-lo pelo seu olhar aqui!
Só pesquisadores podem ir lá, neh?
Obrigada gente!!! Não, pesquisadores podem desembarcar, mas qualquer um pode visitar o parque Carlos, basta contactar uma das operadoras de mergulho ou o Instituto Florestal. ;)
Obrigado!! Tão pertinho de Santos... fiquei curioso... :) Você tem algum contato deles?
Carlos Araujo Cachalote Mergulho, ou o Leo Francini ;)
TOP heeeim Juliana
Show mesmo, sou suspeita Saul
Parabens ! mais posts please ! boas ondas, boas viagens