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Luciano Gomes 25/11/2015 10:30
    Pico do Tira-Chapéu, Serra da Bocaina

    Pico do Tira-Chapéu, Serra da Bocaina

    Trilha Leve até o Pico Tira-Chapéu na Serra da Bocaina, São José do Barreiro-SP.

    Trilha até o Tira-Chapéu é considerada fácil. Fui com um grupo muito bom. A princípio achei que ia me dar mal porque estava com uma mochila muito pesada, seria minha primeria vez acampando depois da virada do milênio e seriam 500m de subida. No dia anterior, só para me testar subi o Alto da Bandeira na Floresta da Tijuca com uma elevação de 190m, ocorreu tudo bem.
    Nunca havia ido para a região e me perdi logo na estrada na primeira saída da Dutra, mas cheguei pontualmente no local de partida, a pousada do Lageado em São José do Barreiro. Um lugar muito bonito, casa construída em 1870, o pessoal atende muito bem quem chega.

    A subida é realmente muito tranquila com dois trechos mais íngremes, nada demais. pegamos chuva e neblina o tempo todo no sábado dia 21/11/2015. Aí apareceram dois problemas. Primeiro, estava frio, 14 graus. Saí do Rio que estava uns 33 graus, e é óbvio, esqueci o fleece, isso seria um problema à noite quando parasse. O outro problema era que fui com uma calça de trekking que molhou com o mato orvalhado, a água desceu pela canela e encharcou a bota. Aí realmente fiquei desconfortável, pé molhado no frio, mas não tive bolhas. A bota Salomon que eu uso relamente encaixa no pé muito bem e estava com uma meia técnica da Lorpen, para caminhadas, deveria ter usado uma outra mais quente, enfim, erros de principiante.

    A neblina até que deu um toque na paisagem ao mesmo tempo que refrescou o esforço. Levei frutas demais, 4 bananas e 4 tangerinas, comi só as bananas, são úteis para evitar câimbras e repor energia, e poderia ser substituída por bananada. Levei água demais também, sobrou 1,5L, mas levei conforme recomendações do guia. Como havia perspectiva de banho de cachoeira, levei uma bermuda de neoprene de 1mm por conta do frio, também não usei, mas já foi útil em outras vezes, mas pesa.

    Chegando lá em cima, a área de camping numa pequena floresta é muito boa, visitamos o pico nublado mesmo mas como estava nubladíssimo não vimos por-do-sol. No dia seguinte, acordamos para o nascer do sol, e foi o espetáculo do final de semana. Surgindo nas nuvens com o mato molhado...

    Na descida, a bota e a meia ficaram molhadas do dia anterior mas eu tinha outra meia seca e uma meia térmica, vesti as duas junto, o que foi muito bom porque o pé voltou a encharcar mas agora estava quente. Vi que precisava de uma polaina, se tivesse a bota não teria ficado encharcada. Precisava também de um segundo bastão de caminhada. Como a subida é leve, não fez tanta falta, fez muita falta quando subi o Pico do Papagaio em Aiuruoca-MG. É a primeira vez que usava um bastão e foi extremamente útil, poupou meus joelhos ruins. Usei uma barraca emprestada pelo guia, excelente barraca da Guepardo Apolo 4 que dividi com apenas outro colega, tinha espeço de sobra e um avanço que serviu de cozinha à noite.

    Como experiência foi muito bom, da próxima vez vou ficar mais atento ao peso e comprar o que falta. Como passeio foi excelente, acho que tive sorte com o grupo, só gente boa e o guia Carlos Moura da Mantiqueira Expedições deu um atendimento ótimo também.

    Pronto pra outra.

    Luciano Gomes
    Luciano Gomes

    Publicado em 25/11/2015 10:30

    Realizada de 21/11/2015 até 22/11/2015

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    Luciano Gomes

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    Rio de Janeiro

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    Mergulhador. Adepto recente de trekking e escalada indoor.

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