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Marcelo A Ferreira 18/05/2024 14:08 con 1 participante
    Salar de Uyuni

    Salar de Uyuni

    Fica registrado aqui o meu mochilão onde o propósito era sair do Brasil, conhecer algumas cidades da Bolívia e finalizar no Chile

    Road Trip Todoterreno

    Los desiertos - 14

    Dia 01
    Ao acordar na cidade Uyuni, já parti pra rua para procurar agências que fizessem o passeio do Salar de Uyuni em 3 dias e que acabasse no Deserto do Atacama (no Chile). Fui andando até a avenida principal da cidade.
    Ali na praça é onde se encontram maioria das agências de turismo. Depois de fechar o meu passeio com a agência Sol Andino, fui comprar água e aguardar o começo do tour.
    Acabou que no carro ficou eu, Matt , e Jack e sua esposa (além do guia e o motorista). Nossa primeira parada foi no cemitério de trens.
    Ali fala um pouco da história da Bolívia, de como ela transportava toda a riqueza que saia de Potosí e mandava para Europa: usavam os trens que iam até Antofagasta. Com o tempo os trens foram encarecendo a sua manutenção e, por outros motivos, o negócio começou a ser não tão lucrativo. Acabou que as locomotivas foram abandonas e hoje é um grande museu a céu aberto.
    Saindo dali, fomos pra uma outra espécie de museu, mas desta vez um museu de sal. Ali eles mostram todo o processo de fabricação do sal que consumimos em nossas casa, o sal iodado. Depois de aprender um pouco sobre o sal, almoçamos por ali mesmo.
    Já de barrigão cheio, era hora de ir pro maior de deserto de sal do mundo: o Salar de Uyuni!
    Emoção grande ao chegar naquele lugar em que eu sonhava conhecer há anos! Um tremendo desertão branco. Assim que pisamos naquele sal, a primeira parada foi no monumento do Rally Dakar e a praça das bandeiras.
    Depois de algumas fotos no monumento do Rally Dakar (que passava ali na Bolívia mas que hoje, infelizmente, não mais) fui até a praça das bandeiras achar a bandeira do Brasil. Aproveitei que estava ali e fui também no restaurante de Sal.
    Depois um tempinho, voltamos para o carro e enfrentar a imensidão branca de sal. Paramos no meio do nada para fazer umas fotos e vídeos bem divertidos, em perspectiva. Foi bem legal.
    Voltamos para o carro e desta vez fomos até a "ilha de cactus", a Isla Incahuasi. Nela, há diversos cactus que demoram anos e anos para crescer. Há uma pequena que se chega no topo da ilha. No topo, tem uma mesa de sacrifício da pra ter uma vista em 360 graus de toda imensidão do deserto.
    Comecei a descer a trilha para voltar para o carro. Chegando na recepção o guia falou pra gente ficar um tempo ali, esperando o sol abaixar e assim ir tirar fotos no pôr do sol com espelhos d'água. Enquanto aguardávamos o tempo passar, tomei uma cerveja local chamada Uyuni. Não estava muito gelada, mas eu não poderia exigir muita coisa pra quem está consumindo uma cerveja no meio do deserto né?
    Assim que o sol começou a descer, voltamos para o carro e tomamos vinho vendo o pôr do sol. Foi bem legal.
    Dali, fomos caçar um local para tirar fotos espelhadas, mas começou a ventar muito e não ficou muito bom. Então, voltamos para a estrada até chegar no nosso local de pernoite.

    Dia 02
    Continuando o segundo dia no Salar de Uyuni, saímos de Santigo de Agencha (um povoado no meio do deserto de sal) e fomos até o vilarejo mais proxima que era San Juan. No caminho, vimos várias plantações de quinoa. Chegando em San Juan, o nosso guia nos falou um pouco das propriedades e benefícios desta planta.
    Depois desta pequena aula sobre a quinoa, voltamos pro carro e paramos nos trilhos que levam até a Antofagasta. Ali o guia fala um pouco mais sobre a guerra do pacífico onde a Bolívia e o Chile entraram em confronto, o que resultou na perda de território de Antofagasta (que tem um porto para o oceano pacífico) e de Calama. Esses territórios passaram a pertencer o Chile. Esta aula de história veio acompanhada com uma bela vista do vulcão Ollangue.
    De volta ao carro, paramos em um mirante próprio para o vulcão. Este vulcão fica bem na fronteira entre os dois países. Ou seja, já estávamos muito próximos do chile.
    Depois de ir no banheiro e tirar algumas fotos, voltamos para o carro e paramos nas lagunas. Este, pra mim, era o ponto alto deste dia de passeio.
    A Laguna Canãpa você conseguer um monte de flamingos de muito pertinho. Já na laguana Hedionda eu nem tenho muitas palavras para descrever a beleza daquele lugar. A laguna Honda é rapidinho. Só para, tira um foto e segue o caminho.
    Depois de conhecer esse lugar maravilhoso, voltamos para a estrada e esta piorou consideravelmente. Estávamos entrando em lugares cada vez mais inóspitos. Nisto, vimos um zorro, uma raposa. Foi muito legal. Um pouco mais a frente, vimos uma chichila: tipo um coelho do deserto da Bolívia.
    Depois de um tempinho em estradas que, creio eu, só 4x4 conseguem passar com facilidade, chegamos na árvore de pedra. Uma formação rochosa que ficou parecendo uma árvore graças a ação do tempo e da chuva. É bem bonita e diferente, mas ali venta bastante!
    Agora, era hora de entrar no Parque Nacional e ir conhecer a última laguna do dia, a Laguna Colorada. Nossa! É uma lagoa bem diferente. Bem vermelha e bem bonita. Da pra tirar umas fotos bem diferentes ali.
    Conhecidos todos os atrativos do dia, fomos em direção ao nosso hostel. O nome do hostel era Hostel Marcelo. Meu nome! Gostei.

    Dia 03
    Acordamos bem cedo, tomamos nosso café da manhã e entramos no carro. Pegamos a estrada no meio da noite e não dava pra ver quase nada.
    Nossa primeira parada foi nos Geisers "Sol de la Mañana". Ali recebemos algumas orientações do guia como pra ter cuidado já que, se cair nos buracos quem os Geisers, já era!
    Conhecemos o lugar e vimos o nascer do sol ali mesmo. Foi bem legal. Fomos os primeiros a chegar e com o tempo, foram chegando mais carros de outras agências. Deu nossa hora de partir então fomos para as Termas de Polques.
    As termas de Polques foi um desafio pra mim. Primeiro que estava um frio desgraçado, então para tirar a roupa e colocar a sunga foi algo bem difícil. E segundo que, ao colocar o pé na água, estava achando ela extremamente quente! Resumindo: do lado de fora um frio danado, e na água muuuuito quente! Conforme o sol ia subindo e esquentando, tanto o frio ia diminuindo como a água ia ficando mais aceitável / suportável. Depois de um tempinho, tomei coragem e entrei na água. Nem filmei e nem tirei muita foto ali. Apenas curti o momento. Sabia que a viagem da minha vida estava se aproximando do fim. Era um momento de relaxar e curtir, e assim o fiz.
    Depois de curtir bastante, voltamos para o carro até chegar no mirante do deserto "Salvador Dali". Ganha esse nome porque lembra uma de uma das grandes obras deste artista, embora ele nunca tenha pisado nesta terra.
    Mais uma vez na estrada e chegamos no nosso último atrativo desta grande viagem pela Bolívia e pelo Salar de Uyuni: a Laguna Blanca e a Laguna Verde. Elas ficam de frente para o vulcão Licancabur e o Juriques. Tudo bem na fronteira entre o Chile e a Bolívia.
    Depois de tirar algumas fotos, nos despedimos do guia e fomos até a fronteira. Demos a saída na Bolívia e então eu entrei em uma van (que eu já tinha pago na agência antes de reservar o passeio) que me levaria até a cidade de San Pedro do Atacama, já no Chile.
    Entrei na van e chegamos na fronteira com o Chile. Joguei a folha de coca fora e algumas frutas que tinha comigo e então dei entrada no Chile.
    Já em território Chileno, foi uma descida absurda até chegar em San Pedro do Atacama. Assim você consegue ter uma noção de como a Bolívia é alta! Quando cheguei no Atacama, vi que a minha garrafa de água estava toda contorcida por causa da mudança de pressão e altitude.
    Agora, era hora de conhecer o Atacama !!!


    O projeto:
    Fica registrado aqui o meu mochilão onde o propósito era conhecer algumas cidades da Bolívia e finalizar no Chile. A ideia seria sair de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, cruzar a fronteira da Bolívia, chegando em Puerto Quijarro. Já dentro da Bolívia, a ideia era seguir para Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba, Torotoro, La Paz, Isla del Sol, Sucre, Potosí e, para finalizar, mas não menos importante, descer até a cidade de Uyuni para cruzar o maior deserto de sal do mundo: o deserto de Uyuni. Atravessando este, a viagem terminaria no deserto do Atacama em San Pedro de Atacama, já no Chile. Como o projeto desta viagem surgiu do sonho de conhecer os desertos do Uyuni e do Atacama, chamei este projeto de "Los Desiertos".

    20/02/2023 - Corumbá (MS/BRA) e Puerto Quijaro (BOL)
    21/02/2023 - Santa Cruz de la Sierra
    22/02/2023 - Cochabamba
    23/02/2023 - Torotoro
    24/02/2023 - Deslocamento de Torotoro x Cochabamba x La Paz
    25/02/2023 - La Paz
    26/02/2023 - La Paz - Estrada da Morte
    27/02/2023 - La Paz - Chacaltaya e Valle de la Luna
    28/02/2023 - Copacabana
    01/03/2023 - Isla del Sol
    02/03/2023 - Deslocamento da Isla del sol x Copacabana x La Paz x Sucre
    03/03/2023 - Sucre
    04/03/2023 - Deslocamento de Sucre x Potosí
    05/03/2023 - Potosí
    06/03/2023 - Deslocamento de Potosí x Uyuni
    07/03/2023 - Salar de Uyuni - Dia 1
    08/03/2023 - Salar de Uyuni - Dia 2
    09/03/2023 - Salar de Uyuni - Dia 3 - Chegada no Deserto do Atacama (CHL) e um Passeio por San Pedro do Atacama
    10/03/2023 - Deserto do Atacama - Valle de la Luna
    11/03/2023 - Deserto do Atacama - Pukara de Quitor e Catarpe
    12/03/2023 - Deserto do Atacama - Piedras Rojas e Lagunas Altiplanicas
    13/03/2023 - Deserto do Atacama - Ruta dos Salares
    14/03/2023 - Volta pra casa

    Marcelo A Ferreira
    Marcelo A Ferreira

    Publicado en 18/05/2024 14:08

    Realizado desde 07/03/2023 al 09/03/2023

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    Marcelo A Ferreira

    Marcelo A Ferreira

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    Economista, aventureiro, funcionário público. @mar_celoferreira

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    Mínimo Impacto
    Manifiesto
    Rox

    Bruno Negreiros, Renan Cavichi y otras 450 personas apoyan el manifiesto.