Encontrei meu amigo Marcelo Lemos (xará) as 7h perto de sua residência e se deslocamos até a serra que liga os municípios de Petrópolis e Teresópolis pela BR 495. Nosso objetivo era conquistar a Pedra do Carneiro. Começamos a caminha as 8h20, e não tínhamos ideia que encontraríamos alguns trechos da trilha bastante fechados. Assim que iniciamos a trilha, já se deparamos com a vegetação bastante fechada difilcultando a localização certa da trilha para dar início a ascensão.

A entrada da trilha fica a poucos metros da placa de limite de municípios, km 12 da BR 495.

Eu e xará ficamos cerca de quinze minutos procurando a marcação da trilha, foi um mini perrengue. Após localizar a marcação, começamos nossa ascensão por uma mata fechada e bem fresca. Durante uma conversa nesse momento comentamos, que alívio achar a trilha marcada, tomara que esteja assim até o cume. A situação ficaria mais complexa que imaginávamos. Passamos por essa mata fechada e sem muitas díficuldades, chegamos em um mirante onde era possível admirar a Pedra do Cantagalo e o Vale do Cuiabá.

Pedra do Cantagalo

Admiramos a paisagem durante alguns minutos e continuamos nossa caminhada. Começamos a descer o vale que dava até a base da montanha e foi aí que começou os enroscos nas samambaias. Quem pratica o montanhismo conhece bem essa espécie de samambaia. Como não estávamos com facão. Nossa única escolha foi ter uma direção no Wikloc e adentrar as sabambaias para achar a marcação da trilha novamente. Ali ficamos cerca de uma hora mais ou menos quebrando galhos e samambais com os braços. Como eu estava de luvas, optei em ir na frente. Foi muito cansativo passar por esse trecho, perdemos muita energia e ainda tinha a outra metada da ascensão.

Foto tirada pela lente de Marcelo Lemos da estrada Petrópolis X Teresópolis BR - 495

Foto tirada um pouco antes da conquista

Depois de conquistar o trecho mais complexo da caminhada, começamos um toca pra cima bem ingríme. Com algumas partes mais técnicas, já que estava bastante úmido e escorregadio. Chegamos no cume as 11h. Fizemos um lanche e tiramos algumas fotos. O desafio foi intenso. Mas a sensação de conquista é renovadora e gratificante. Do cume é possível visualisar algumas montanhas que já conquistei nessa região da serra e em outras. Destaque para Pilatos que foi outro desafio em meados de 2021. Ficamos cerca de quarenta minutos no cume e começamos nossa descida.

Pilatos no canto superior esquerdo e Papudo mais alto ao fundo.

Mamute no canto superior esquerdo (meta para 2024) Alcobaça e Mãe D'água ao centro da imagem

Foto do cume

11h40 Começamos nossa descida, pegamos o sol de 12h castigando. Estava com muita sede e pouca água, foi necessário racionar para a volta. Chegamos na estrada 13h15 morrendo de sede, mas para nossa alegria já tinhamos avistado uma fonte de água antes da caminhada um pouco depois de onde paramos o carro. Foi quase 1,5 de água para matar a sede e se refrescar.

Bendita fonte

Pedra do Carneiro fotografada na volta para o carro

A primeira montanha conquistada nesse ano de 2024, fora de temporada com muita aventura e desafios que só o montanhismo proporciona. Eu sempre digo montanhismo é para poucos, tem que entender e respeitar a montanha.