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Marcelo Lemos 13/01/2024 17:41
    Batian - o poderoso Masai me permite no topo do Mt. Kenya

    Batian - o poderoso Masai me permite no topo do Mt. Kenya

    Escalada para concluir meu objetivo pessoal: chegar ao topo das maiores montanhas africanas.

    Montañismo Escalada Alta Montaña

    Na mitologia da tribo Kikuyu, seu deus Ngai criou Kerenyaga (montanha brilhosa, devido ao reflexo de seus glaciares) como símbolo de seus milagres e lugar de descanso para Ele. Outras tribos, por não conterem os fonemas das letras R e G em seus dialetos, o chamavam Kenya. Isto reportado pelo primeiros exploradores europeus no século XIX. Décadas mais tarde, o nome iria ser escolhido para o país que se tornaria independente da Inglaterra em 1963.

    O segundo dia de caminhada se iniciava neste templo de divindades e eu via do primeiro acampamento a 2.950 metros de altitude aquela distante muralha que alcançava praticamente os 5.200 metros. O momento de executar a última etapa de um longo processo, de se alcançar o ponto culminante da última montanha na África com mais de 5.000 metros se aproximava, o que me causou uma extrema ansiedade (eu já havia alcançado o cume do Kilimanjaro - 5.895m e Rwenzori - 5.109m em 2011 e 2015, respectivamente).

    Mais de 2.200 metros de altitude me separavam da visão do primeiro acampamento ao ponto culminante do Mt. Kenya (à esquerda na foto, em último plano).

    Quase quatro anos antes, as condições climáticas me obrigaram a retornar a míseros onze metros da altitude máxima do Monte Kenya. Entretanto, os movimentos provocados pelo intemperismo neste extinto vulcão fizeram com que deles resultassem duas torres protuberantes. Apesar dos onze metros restantes, eu estava a cerca de 150 metros de distância da torre mais alta. Entre o cume do Nelion (5.188 metros), onde eu estava, e o do Batian (5.199 metros), havia uma insólita travessia que, estando então com muita neve, impediu o progresso ao ponto mais alto pelo bem da vida.

    De volta àquele momento presente, saí do acampamento na companhia de Zack, o guia-assistente de John, o guia principal que realizaria a escalada final no Batian comigo e com quem eu iria me encontrar somente dois dias depois. Os demais, Jimi (cozinheiro), Erik e China (carregadores), sairiam mais tarde e já estariam com o próximo acampamento organizado.

    Atingimos caminhando o limite da estrada em que era possível o acesso por veículos oficiais do parque. Deste ponto, tomamos uma trilha opcional para irmos à cachoeira Nithi. Em seguida, rumamos para o Lago Ellis. Sua visão era esplêndida. O eixo maior de seu formato grosseiramente elíptico possui cerca de oitocentos metros de extensão, tornando-o o maior lago do Monte Kenya. De um lado de sua margem acampam as pessoas que o alcançam por veículo e que não passam daquele ponto. Na margem oposta acampam os que se desafiam a pé nas maiores altitudes.

    A Cachoeira Nithi.

    O Lago Ellis. Nota-se claramente que fiz uma montagem com quatro fotos, pois a extensão do lago impediu uma visão panorâmica em única foto. Há uma pessoa na margem mais próxima do lago, à esquerda.

    Saímos em uma suave progressão de altitude na manhã seguinte rumo ao acampamento Mintos. A visão foi ficando mais ampla e se perdia na imensidão da base vulcânica. Cortamos um córrego e continuamos a ascensão em que a vegetação foi ficando cada vez mais escassa.

    Ganhando altitude. O Lago Ellis se tornava diminuto.

    Ao fundo, o chamado "Chapéu", perdido na imensidão.

    Cerca de três horas depois de termos saído do Ellis, foi a vez de avistar o Lago Michaelson. Um dos motivos para eu ter mantido a rota Chogoria para ascensão, assim como na primeira vez, foi a possibilidade da visão deste lago do alto do cânion que estava mais adiante e era chamado de “O Templo”. Só torcia para que as nuvens, que religiosamente surgiam com o aquecimento do dia, se atrasassem um pouco neste ciclo, ou que avançássemos mais rápido. Mas eu não queria “correr”. Ao contrário, queria aproveitar cada metro e o que a paisagem proporcionava. Por isso, não comentei a ninguém que duas semanas antes eu havia estado nos quase 6.100 metros do Huayna Potosi na Bolívia, com receio de que pudessem apertar o passo.

    O Lago Michaelson, situado no Vale Gorges, o cânion mais profundo do Mt. Kenya.

    Passamos direto pelo local de acampamento para irmos ao “Templo”. Seguimos por meia-hora. As nuvens preenchiam o vale mais abaixo. Finalmente e felizmente, consegui a visão que me fora negada na primeira ascensão. Que quadro fantástico! Acredito ser a pintura mais impressionante durante a subida. Ali era o local ideal para o almoço. Eu e Zack abrimos nosso lanche e o saboreamos com a esplendorosa visão aos nossos pés.

    "O Templo".

    O Lago Michaelson, 300 metros abaixo de onde eu estava.

    Foi difícil deixar o local, mas ele logo seria encoberto pelas nuvens. Em cerca de quarenta minutos, alcançamos o local de pernoite, mais afastado que o local normal de camping, que teria um grande grupo para subir no dia seguinte até o Lenana, o ponto mais alto a ser atingido apenas com caminhada. A opção foi ótima, pois somente nosso grupo acampou no local. Contávamos com a facilidade da água de um riacho próximo.

    A barraca que montavam para mim, exceto no primeiro dia e no Abrigo Austríaco.

    Eu estava descansando à tarde na barraca quando ouvi uma voz familiar se aproximando. Abri a porta da barraca. Era John. Muito bom vê-lo novamente. Por tudo o que vivi em 2019 e pela nossa comunicação desde então, confiei a ele meu retorno e em nenhum momento ele havia falhado na estratégia, logística e comunicação. Colocamos a conversa em dia, ele repassou todo o cronograma e revisou meus equipamentos para a escalada.

    O dia seguinte, o quarto, revelou um lindo pôr da lua cheia por entre as escarpas rochosas de um pico intermediário. Era possível visualizar muitas pessoas no cume do Pico Lenana, a 4.985 metros de altitude. Deixamos os 4.200 metros e, poucos minutos depois, iniciamos a maior inclinação até então.

    Consegui encaixar a Lua para que ela não rolasse montanha abaixo!

    Durante esta ascensão, cruzamos com várias pessoas realizando a descida do Lenana. Muitas delas aparentavam ser quenianos. Zack me disse que elas passaram por nossas barracas durante a madrugada iniciando a ascensão para verem o nascer do sol do Lenana, mas eu estava mergulhado no sono e não percebi o movimento.

    Uma procissão dominical no topo do Pico Lenana (4.985 metros).

    Cinco horas depois de sairmos, completamos a subida e a travessia de uma longa moraina que nos conduziu ao Abrigo Austríaco, a 4.750 metros de altitude. Não havia ninguém no local e aproveitei a estrutura para um bom descanso após o almoço. Mais tarde, circulei pelo entorno do acampamento. Na extremidade oeste, foi possível ver boa parte do Vale Teleki, que abrigava a rota Naro Moru, a mais rápida e a segunda mais usada no Monte Kenya. Avistei uma placa em homenagem a um jovem que se perdeu na montanha e nunca mais fora localizado. Depois, me aproximei de um pequeno cânion e, olhando para norte, a muralha do Nelion estava a minha frente. Foi nela que me aventurei em 27 de dezembro de 2019. Tal como naquele dia, fiquei impressionado com os desmoronamentos de rochas. Somente nos dez minutos em que fiquei ali observando, escutei três sombrios estrondos quebrando o silêncio. Desejei que o mesmo não ocorresse no Batian.

    O Vale Teleki e o Abrigo Mackinder, visto das imediações do Abrigo Austríaco.

    O Nelion. Nesta posição, ele está ocultando o Batian.

    No dia seguinte, fui ao Lenana com Zack para garantir a aclimatação. John me chamou para fazer um contorno anti-horário (olhando para o norte) ao redor dos picos maiores para finalizarmos no próximo acampamento, o Kami. Mas preferi encarar as maiores altitudes do Lenana pelo sentido horário e aproveitar o visual de seu cume que eu não havia conseguido quatro anos antes.

    Do alto do cume, alcançado cerca de uma hora e meia após deixarmos o abrigo, pude absorver cenas memoráveis em um raio de aproximadamente 40 km. Incrível como o degelo pelo aquecimento global havia provocado uma enorme retração no glaciar Lewis, o último grande representante nevado no local. Se comparar então como uma foto de 1958 que consegui na internet, aí é que as coisas ficam mais gritantes. Só sendo muito incrédulo para não se perceber os efeitos do aquecimento global.

    Vista do cume do Lenana. É possível ver o Abrigo Austríaco no centro e à direita na foto. Ao fundo, havia um extenso tapete de nuvens.

    Eu e Zack no cume do Lenana (4.985m). Fomos os únicos no local. Mas encontramos um grupo descendo do cume enquanto subíamos.

    Agora vista do cume do Lenana, a rota de subida com o Templo e parte do Lago Michaelson e o Lago Hall, este último, situado nas imediações do acampamento Mintos.

    O que restou do Glaciar Lewis.

    Iniciamos a descida e seguimos até o Kami. Instalado na barraca, observei a neve e a chuva, o que aumentou minha preocupação e ansiedade. Eu havia considerado um dia extra para imprevistos, mas só consideraria usá-lo em caso de algum incidente. Eu queria acabar com aquela ansiedade que não me deixava dormir direito.

    Os irmãos mais afastados dos picos centrais. O Sandeyo (à esquerda) e o Terere. Aparenta haver um "Dedo de Deus" entre ambos.

    O Batian, com a linha amarela que tracei para indicar aproximadamente a rota de escalada usada.

    John chegou de seu contorno oposto ao que eu havia feito. Fiquei apreensivo sobre ele falar em algum cancelamento por causa da neve, mas me tranquilizou dizendo que o tempo estaria bom no dia seguinte pela manhã. O jantar foi servido ao fim da tarde para permitir dormir cedo. Quanto à primeira parte, sem problemas. Quanto à segunda, dormir... nada!

    Às cinco da manhã, comecei a me preparar para levantar. Comi uns biscoitos e tomei café. Recebi um lanche e partimos para a base da via normal do Batian, a face nordeste, às 05:40. John queria começar a escalar com os primeiros raios solares. O dia foi clareando conforme galgávamos as infinitas rochas soltas. Quarenta minutos depois, atingimos o objetivo, sinalizado à tinta na rocha com um círculo e uma cruz no seu interior. Uma placa homenageava dois mortos em uma queda. Um grupo composto por duas espanholas e seu guia estava terminando a primeira enfiada, sendo que ainda alcançamos a saída da última espanhola. Seríamos os dois únicos grupos escalando o Batian em 05 de setembro de 2023.

    A alvorada trazia luz e calor para este dia histórico.

    Eu e John nos unimos pela corda. Mantive os tênis, pois eu havia notado em uma foto que John havia me enviado que ele escalava com tênis ou invés de sapatilha (mas minhas sapatilhas seguiram comigo na mochila). Ele afirmou que, se eu conseguisse realizar os primeiros lances da primeira enfiada, eu conseguiria realizar toda a via de uma maneira mais confortável. Para mim, a saúde dos pés é fundamental no montanhismo e o conforto é consequência deste princípio.

    John já havia subido (note a corda já esticada à direita na foto). Agora era minha vez de iniciar a epopeia.

    Então, aconteceu o que eu temia. O grupo acima estava desalojando rochas, que eram arremessadas em quem vinha abaixo. Um bloco do tamanho de uma bola de tênis passou zunindo a mísero um metro de distância. Seria um tiro que possivelmente eliminaria minhas chances.

    John saiu após realizarmos o duplo check de equipamentos, demonstrando uma incrível habilidade, conhecedor e frequentador assíduo da via. Pouco tempo depois, ele gritou para ser minha vez. Depois de dois movimentos frustrados ao buscar equilíbrio para o primeiro movimento, ajustei o tronco e consegui efetuar o “crux” da saída. E assim progredi rumo ao desafio desconhecido. O início foi consideravelmente vertical (eu diria uns 70°), mas com boas agarras, típicas de rochas vulcânicas, bem diferentes do granito a que estamos habituados no Brasil. Graças à baixa umidade das maiores altitudes, não havia nenhum rastro da neve e chuva do dia anterior.

    As enfiadas iniciais nos levaram ao chamado Anfiteatro, um local em que a inclinação diminui consideravelmente e onde é possível apenas caminhar. Deixei um litro de água escondido entre as rochas para aliviar o peso e ser resgatado no retorno.

    No Anfiteatro. O local é tão amplo que permitiu a John tirar seu capacete com segurança.

    Ao deixarmos o Anfiteatro, ultrapassamos a cordada das espanholas e iniciamos o trecho mais exigente da escalada, a Torre Firmin, que continha o crux da escalada (grau V - UIAA). Este movimento é feito na vertical, em um trecho de uns três metros de altura em uma cavidade pouco profunda semelhante a uma chaminé. Entretanto, há uma rocha saliente em seu interior e o melhor movimento que consegui foi uma desajeitada minhocada neste entalamento curvilíneo. Se realmente eu fosse um invertebrado como uma minhoca, teria sido mais fácil. Mas a limitada curvatura da coluna vertebral ao passar pela rocha saliente dificultou o movimento. Isto em um trecho vertical e exposto. Mas passei. O lance imediatamente acima também teve dificuldade próxima ao crux.

    Vencida a torre, começou o longo trecho de crista, que ficaria progressivamente mais serrilhada à medida que nos aproximávamos do cume. Abismo para um lado, precipício do outro. Tirei as últimas fotos da visão distante, pois as nuvens se aproximavam para tornar a escalada um ambiente particular em que me remeteria a uma escalada interior, em que se passam lances da vida e da conclusão do projeto pessoal que eu tanto buscava. Eu carregava meu celular, John o dele para fotos. Mas eu fiz daquele momento um mergulho a um universo fechado em que o melhor adjetivo foi o que encontrei ao ler a descrição da via em um croqui: etéreo.

    Os lagos por onde passei. O Ellis era o mais distante.

    O Lenana, em plano intermediário. Eu estava acima dele, o que indicava que já havia ultrapassado os 5.000 metros de altitude. O glaciar Lewis é visto à direita.

    Entre passagens mínimas com apoio para os pés, abraços em uma única rocha que parecia flutuar na crista, eu avançava naquele universo de pureza, em que as estatísticas afirmam que, anualmente, de 15.000 pessoas que visitam o Monte Kenya, 500 realizam escaladas. Dessas, 200 alcançam o topo do Nelion e 50, o Batian (*).

    Em um dado momento, olhei adiante. Havia cerca de cinquenta metros a serem percorridos, mas não havia muitas rochas acima, ou as nuvens encobriam o que restava. Perguntei a John se no fim do campo visual era o cume, ao que ele confirmou. Desabei a chorar. É um choro incrivelmente purificador, uma descarga de angústias e ansiedade e uma restauração para a alma.

    Avancei confiante e, poucos minutos depois, eu estava no topo do Batian às 11:50, ponto culminante do Monte Kenya, segundo ponto mais alto de toda a África. Rendi minhas homenagens, a principal delas, aos meus filhos. Pensei em muitas pessoas que estavam ou estiveram presentes em minha vida.

    Acredito que esta seja a minha foto mais importante no montanhismo.

    Ao meio-dia e meia deixamos o cume e iniciamos a descida. Em um trecho que deveria ser feito um pequeno contorno de uma fenda, o que exigiria subir um pequeno trecho, John desalojou uma pequena pedra que foi direto no osso do meu nariz. Soltei um grito, enquanto John pedia mil desculpas. Mas não havia sido culpa dele. Felizmente, meu nariz estava inteiro, sem ferimentos. Apenas ficou dolorido.

    No Anfitealtro, resgatei a garrafa d’água na hora certa, pois eu estava sedento e terminamos a descida às quatro e meia. John falou para eu adiantar a caminhada final até o Kami enquanto ele enrolava a corda e guardava equipamentos na mochila. Segui descendo e uma passada minha desalojou uns três metros de rochas soltas por efeito dominó, o que me fez surfar juntamente com elas por uns cinco metros no terreno íngreme. O ruído foi enorme e senti um cheiro devido ao atrito de tantas rochas se movimentando juntas.

    Rapéis e mais rapéis.

    John me alcançou e finalmente chegamos ao acampamento às 17:15. Fui recebido por todos do grupo e agradeci a cada um deles, destacando que o cume foi o resultado do trabalho em equipe e do esforço conjunto.

    O resquício do glaciar Gregory, o segundo que visualizei. Está com seus dias contados. Houve mais de vinte glaciares relatados ao longo da história do Mt. Kenya.

    De dentro da barraca, fiquei observando o silencioso crepúsculo, imóvel, realizado. Curiosamente, ainda que cansado, a adrenalina que circulava em meu corpo só me deixou dormir após dez da noite. Meu pensamento ainda divagou pelas outras montanhas africanas que eu havia percorrido.

    O Monte Kenya foi conquistado em 1899 pelo britânico Halford John Mackinder. Coube a ele preservar os nomes que lhes foram informados por nativos durante sua expedição. O ponto mais alto era o Batian, em virtude do nome do curandeiro à época, que também assumia os assuntos da política e religião. A figura mais poderosa da temida tribo Masai, beligerante e bebedora de sangue, que habitava a região no entorno da montanha.

    O crepúsculo agora era contemplado livre da ansiedade pré-escalada.

    Irei realizar uma descrição da rota de descida, a Burguret, em relato distinto, dada a magia de uma história conectada a esta rota. Isto merece ser detalhado, o que deixaria este relato muito extenso.

    (*) a estatística que citei, sobre o número de montanhistas na montanha, foi retirada de https://www.etripafrica.com/mount-kenya/#:~:text=The%20technical%20peaks%20of%20Nelion,Mt. (acesso em 12/01/2024). Há outros sites que citam a mesma proporção, o que aparenta um "copia e cola". Não tenho como validar estes números, mas acredito que sejam aproximações, haja visto que se tratam de valores inteiros. Entretanto, nas duas vezes em que estive na montanha (2019 e 2023), pude perceber que a razão entre escaladores e caminhantes é, visualmente, mínima.

    Marcelo Lemos
    Marcelo Lemos

    Publicado en 13/01/2024 17:41

    Realizado desde 31/08/2023 al 05/09/2023

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    10 Comentarios
    Marcelo Lima 13/01/2024 18:38

    Fotos e relato INCRÍVEIS Parabéns pela Conquista!!

    1
    Marcelo Lemos 13/01/2024 21:43

    Muito obrigado, xará. Ajuda a preservar as memórias e me transportar de volta pra lá.

    1
    Fabio Fliess 14/01/2024 19:18

    Amigaço, parabéns pela conquista, pela perseverança e pelo relato, óbvio. Imagino que as fotos, incríveis, não reflitam a total beleza do lugar. Sensacional.

    1
    Marcelo Lemos 14/01/2024 21:54

    Amigaço, obrigado, como sempre. Pois é, meu amigo. Sempre falta algo a ser mostrado e contado, sem dúvida.

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    Juliana Marques 14/01/2024 19:29

    Parabéns, Marcelo!! Como sempre, belíssimo relato. Fotos encantadoras!! Lindas demais!!

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    Marcelo Lemos 14/01/2024 21:55

    Juliana, muito obrigado pelo reconhecimento de sempre. Um grande abraço.

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    André Deberdt 20/01/2024 09:09

    Muito bom, Marcelo! Parabéns pela conquista e pelo excelente relato, como de costume! Etéreo... realmente um adjetivo que cada vez menos pessoas que praticam o montanhismo conseguem entender.

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    Marcelo Lemos 20/01/2024 16:58

    Olá André. Muito obrigado pelo sempre bem-vindo comentário. É difícil transmitir nossas emoções diante da grandeza sublime da montanha. Mas as palavras facilitam. Infelizmente, acredito que as palavras têm dado lugar cada vez maior à imagem com o advento das redes sociais, o que dificulta ainda mais a transmissão da emoção. O negócio é apenas postar a imagem, mas o sentimento pelas palavras vai sendo deixado de lado. E o significado do etéreo vai sendo perdido.

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    André Deberdt 21/01/2024 08:04

    Exatamente! Costumo adotar o termo “momento de epifania” para descrever este sentimento. O Sérgio Beck costumava dizer “aquele momento pqp!”. Hoje a preocupação com as selfies e a necessidade de alimentar o ego impedem isso.

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    Marcelo Lemos 21/01/2024 14:07

    Sem dúvida, André. Gostei do "momento de epifania". E o pior é que alguns têm se acidentado com estas selfies, principalmente em cachoeiras.

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    Marcelo Lemos

    Marcelo Lemos

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