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Marcio Brito 08/08/2016 13:59
    Travessia Campos do Jordão x Gomeral

    Travessia Campos do Jordão x Gomeral

    Travessia de aproximadamente 20 quilômetros ligando Campos do Jordão/SP (PE Campos do Jordão) ao Gomeral (bairro de Guaratinguetá/SP).

    Planejei uma travessia a pé numa região onde, meses atrás, havia atravessado de bicicleta. Uma estrada de terra que liga Campos do Jordão à Guaratinguetá. O plano consistia em ir de ônibus de São Paulo até Campos do Jordão, depois pegar um ônibus até a região do Parque Estadual de Campos do Jordão e de lá seguir a pé até uma vila de Guaratinguetá, chamada Gomeral, onde pegaríamos um ônibus até a rodoviária de Guaratinguetá e de lá para São Paulo. O cronograma era iniciar a caminhada, no máximo até as 10:00 horas; chegar no Mirante do Pau Arcado, no máximo às 11:00 horas; chegar próximo ao ponto mais alto, no máximo às 12:00 horas; a partir daí a inclinação do terreno já teria acabado e poderíamos chegar a Pousada Santa Maria da Serra, no máximo às 13:00 horas; começaríamos a descer e teríamos que chegar na Bifurcação 4 até às 14:00 horas. Sairíamos da estrada para visitar a Cachoeira do Onça e depois até às 15:40 teríamos que chegar até a pousada da Dona Ana (no final da travessia) para termos uma margem de tempo de sobra para não perdemos o último ônibus do dia que saía aproximadamente às 16:00 horas.

    Para esta aventura convidei alguns amigos e tive as ilustres companhias da Juliana, do Jay e do Luiz.

    Saímos da Rodoviária do Tietê às 06:00 horas e chegamos às 09:00 horas em Campos do Jordão. Tomamos um café na rodoviária, atravessamos a rua, pegamos o ônibus para o Horto Florestal e descemos a menos de 1 km da entrada principal do Parque Estadual de Campos do Jordão.

    Após fazermos alguns alongamentos iniciamos a caminhada. De trecho em trecho encontrávamos placas da Rota Pedestre (Rota Franciscana) e do Caminho de Aparecida. Passamos por uma minúscula vila do Parque e iniciamos a subida. Durante toda a subida tivemos a companhia das araucárias, da vegetação baixa e do silêncio da região. Raramente um veículo passava por nós e quando passava, levantava uma grande nuvem de poeira a qual não demorava de baixar. A temperatura estava bastante elevada – o que tornou a caminhada um pouco desgastante, porém mantemos sempre um bom ritmo de caminhada e o bom humor.

    Uma hora depois estávamos no Mirante do Pau Arcado. De lá é possível avistar boa parte da parte urbana de Campos do Jordão e da cidade vizinha – São Bento do Sapucaí e pudemos observar o contorno do Complexo do Baú.

    Continuamos a caminhada, eu sempre comparando o trajeto in loco com o do mapa, verificando altitude e horário, até que chegamos a uma sombra no fim da subida principal e fizemos uma pausa para um lanche reforçado. Voltamos a caminhar com o Sol castigando nossas cabeças até que chegamos ao acesso ao Mirante São José dos Alpes, porém não fomos até ele, pois teríamos que caminhar por mais de 1 km fora do nosso percurso e estávamos com o cronograma apertado (em breve voltarei de carro a esse ponto só para ir a esse mirante e pretendo levar a Juliana, o Jay e o Luiz – meus parceiros dessa trip). Chegamos ao ponto mais alto e caminhamos em meio à paisagem deslumbrante da Mantiqueira. De um lado esquerdo da estrada o Parque Estadual de Campos do Jordão e do lado direito a imensidão da Fazenda Lavrinhas.

    Chegamos a bifurcação 3 – exatamente na divisa de municípios de Campos do Jordão e Guaratinguetá e paramos para mais um descanso. Mal sentamos e uma picape Chevrolet Chevy 500 veio da bifurcação e logo gritei: “carona!”. A Juliana complementou: “cabe 4?”. O motorista – o Sr. Jaime, prontamente atendeu a nossa prece. Ele, mais 4 jovens, faziam manutenção da rede de alta tensão da região e passariam na Pousada Santa Maria da Serra para almoçar e seguiriam para Pindamonhangaba e passariam exatamente pelo percurso que faríamos a pé. Subimos na picape e em poucos minutos chegamos à pousada. Como estávamos com o cronograma vencido decidimos esperar a equipe da picape almoçar, para continuarmos o trajeto de carona até a bifurcação 4, onde eles continuariam a viagem e nós seguiríamos para a Cachoeira do Onça. Enquanto isso, tomamos uma cerveja e ficamos a descansar no saguão da pousada. Essa carona “veio a calhar”. Pudemos recuperar o tempo do plano inicial e irmos até a cachoeira.

    Subimos novamente na picape (eu, o Jay, o Luiz e um jovem da manutenção), a Juliana foi no banco da cabine com o Sr. Jaime e seguimos na estrada, já no Gomeral. Os outros dois rapazes da manutenção foram de moto (pois haviam deixado-a na pousada pela manhã).

    Passamos por uma casa, praticamente toda de vidro e logo iniciamos a descida ladeados por montanhas (entre elas a Pedra Grande e a Pedra do Macaco) e com o amplo visual de Guaratinguetá, Aparecida, Roseira e a cadeia montanhosa de Cunha. A estrada é extremamente sinuosa e toda coberta com pedregulhos do tamanho de uma bola de basquete, trecho este que era vencido sem problemas pela picape (teríamos muita dificuldade em caminhar nesse trecho). A viagem foi bastante divertida – off road no Gomeral...

    Finalmente chegamos a bifurcação 4, descemos do carro, despedimos dos nossos caroneiros e seguimos para a Cachoeira do Onça.

    Após esperarmos um rebanho passar apressadamente, descemos por uma estrada particular por uns 500 metros e atravessamos por uma campina, tendo que passar por uma cerca de arame farpado e entramos numa trilha com mata fechada, mas com traçado bem demarcado. Depois de uma descida de uns 100 metros, chegamos a parte de baixo da Cachoeira do Onça e nos refrescamos parcialmente nas gélidas águas da piscina natural ao pé da cachoeira. Por causa do horário da saída do ônibus, ficamos apenas por uns 15 minutos para descansar, fotografar, contemplar e se molhar. Num futuro bem próximo retornarei a essa cachoeira para ficar o dia todo!

    De volta a estrada, continuamos na caminhada por aproximadamente 2 quilômetros até chegarmos à Pousada da Dona Ana. Fomos recebidos pela dona da pousada e logo depois o ônibus chegou. Eu e a Juliana pernoitamos no Gomeral. O Jay e o Luiz seguiram de ônibus pra Guaratinguetá e de lá para São Paulo. A noite de lua cheia no Gomeral estava fantástica, horas depois de termos jantado uma truta ao molho de alcaparras e champignon, acompanhada com batatas souté, arroz e feijão. Nos dia seguinte, pela manhã, depois de tomarmos o nosso café da manhã com bolinhos de queijos dos deuses, voltamos para casa.

    Vídeo com momentos da travessia produzido pelo Jay: https://www.youtube.com/watch?v=NWW-uyHRu00

    Até a próxima!!!

    Marcio Brito
    Marcio Brito

    Published on 08/08/2016 13:59

    Performed on 10/11/2014

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    1 Comments
    Marco Justino 05/06/2018 18:32

    Muito legal esse teu trail ...fiz esse mesma rota ontem sabado 04-05-18 de carro 4x4 no sentido contrario: partindo de Guaratinguetá subindo a serra, parando na trutaria BELA VITA para almoço e apreciar a vista esplendorosa , subindo...subindo passamos na pousada seguimos bifurcação do mirante são Jose dos Alpes, não visitei o mirante por conta do horario já avançado e segui o caminho de terra até o asfalto para Campos do Jordão.....maravilhoso passeio não?

    Marcio Brito

    Marcio Brito

    São Paulo

    Rox
    20

    Sou tranquilo, se chorar desidrato!

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    www.marciobritotrilhas.blogspot.com.br