Volta da Serra do Itaqueri

A Região Turística da Serra do Itaqueri é uma das mais belas no Estado de São Paulo, onde encontramos uma oferta turística ampla: turismo cultural, de saúde, rural, de natureza, de eventos, de aventura e gastronômico.

São 13 municípios que estão unidos pelo desenvolvimento do turismo regional: Águas de São Pedro, Analândia, Brotas, Charqueada, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Limeira, Piracicaba, Rio Claro, Santa Maria da Serra, São Pedro e Torrinha.
(Fonte: portal da Serra do Itaqueri).

A idéia inicial era uma pedalada solo com média 170km e 3.000m de altimetria.
Para isso seria necessário, praticamente um dia todo pedalando e um bom planejamento, tanto de roteiro quanto de abastecimento de água e alimentação.
E assim foi...
Saí de Araras às 5h da manhã sentido Rio Claro. Trajeto esse quase que todo em estradas de terra. Optei por chegar em Rio Claro através do caminho do Horto Florestal, pois passando por dentro da floresta meu trajeto por dentro da cidade seria encurtado, evitando assim o trânsito matinal nas ruas.

Atravessei o horto e segui para o caminho que leva a Ipeúna, esse todo por terra também. Caminho com alguns trechos em areia muito duros, aliás o areião foi companhia constante em toda a volta.
Uma paisagem bem bucólica nesse trecho, inclusive com uma linda cachoeira já quase chegando em Ipeúna.

Em Ipeúna, uma breve parada para se alimentar e reabastecer a água, pois adiante, vinha a subida da serra.

Optei em subir pelo caminho do Cantagalo. Que no início tem uma paisagem muito bonita e a vista cada vez mais próxima da serra, que se mostrava não ser fácil.

A subida do Cantagalo foi muito dura, aliás, a parte mais dura do percurso.
Uma subida muito íngreme com pedras soltas e areia em diversos pontos em que empurrar a bicicleta foi constante.
Uma subida interminável, mas que ao longo do seu trajeto ia me trazendo uma vista cada vez mais linda na medida em que ia subindo.

Terminado o temido Cantagalo, já no alto da serra vieram alguns sobe e desce que passei com mais facilidade.
Nesse ponto, comecei a ficar sem água. Por sorte nessa área de eucaliptos, estava acontecendo a extração para celulose e os funcionários da empresa, tinham uma base de apoio, onde pude reabastecer minha água e seguir até o morro do fogão e cruzeiro do facão.

Onde tive uma estranha surpresa, pois montaram uma tenda onde agora funciona um bar...
Passada a estranheza, fiz um lanche e pude contemplar a vista lá de cima, que cá entre nós dá ficar o dia todo ali só observando.

Aproveitei o "bar" e cobrei meu pedágio, enchendo novamente minhas garrafas de água e segui sentido a cachoeira do saltão, já na beira da rodovia.

Como estava ventando muito e o tempo querendo virar, optei em seguir pelo asfalto até Itaqueri da Serra e dali para Itirapina.
Em Itirapina parei para reabastecer e fazer mais um lanche.
Segui por terra, ou melhor areia até a rodovia Washington Luiz, onde percorri um pedaço para acessar o caminho para Corumbataí, esse por terra e já na parte final e anoitecendo, uma descida bem íngreme até a chegada da cidade.
Novamente enchi minhas garrafas e segui sentido Ajapi, via Ferraz.

Quase chegando em ajapi, um buraco cortou minha câmara de ar, me obrigado a empurrar um pouco a bicicleta até encontrar um ponto seguro para fazer o reparo.
Isso já era por volta de 19h e a chuva chegou...
Junto com ela o frio, mas eu ainda tinha 25km até chegar em Araras pela mata negra.
Foi quando liguei para casa e tranquilizar todos, pois estava excedendo muito o tempo previsto da volta.
E minha companheira Fernanda decidiu vir me resgatar junto com o meu filho Jorge, no primeiro momento cheguei a recusar, pois estava ótimo e aquele trecho é bum caminho que faço com certa frequência.
Mas por conta da chuva, o horário e o frio que fazia, entendi que era melhor aceitar a carona e não correr o risco.
E assim foi, resgatado e aquecido retornei em segurança pra casa juntos aos meus queridos.
Estava em êxtase, que dia, que lugares e que aventura.
Voltarei em breve, talvez subindo a serra pela estrada do querosene em Charqueada e fazendo um acampamento no alto da serra.
Ah, e bike... Uma Gravel que a cada dia que passa me deixa mais apaixonado por esse estilo, que aliás virou um estilo de vida.