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Nicole Barreto Nascimento 12/01/2018 16:44
    Hiking no vulcão Nevado de Toluca

    Hiking no vulcão Nevado de Toluca

    Subida caminhando ao vulcão que está inativo e é tido como a quarta montanha mais alta do México com 4680 metros acima do nível do mar

    Alta Montanha Hiking Montanhismo

    Às seis e dez da manhã do dia seis de Novembro de 2016 a van da agência de guias de montanha estava parando na frente do hostel para me levar para o nevado de Toluca. Eu estava mais preocupada com o fato de estar há seis meses sem subir nenhuma montanha do que com a altitude.

    O Nevado de Toluca é um vulcão inativo e é tido como a quarta montanha mais alta do México com 4680 metros acima do nível do mar.

    Seguimos na van e chegamos na entrada do parque nacional Nevado de Toluca por volta das 9:00. Após a entrada do parque ainda há uma estrada bem acidentada de aproxmadamente 15 km a qual você pode seguir de carro até a entrada da trilha. Na entrada da trilha o altímetro já marcava 4100 metros de altitude porém eu estava bem.

    Começamos a trilha às 10:20 caminhando devagar para que eu me adaptasse, me sentia um pouco cansada mas o pouco tempo que parávamos para tirar uma foto ou outra eram suficientes para que eu me recuperasse por mais alguns metros.

    Logo após os primeiros vinte minutos de caminhada já foi possível ter a visão das duas crateras, a Laguna del Sol à direita e Laguna de La Luna à esquerda. É realmente emocionante este momento e o coração acelerou não pela altitude.

    O trekking não é difícil mas nos últimos metros de caminhada colocamos o capacete por segurança pois existem muitas pedras soltas que podem cair.

    Chegamos ao cume às 12:30pm e foi impossível não chorar. A visão é muito linda, realmente encantadora e a sensação de superação é indescritível.

    Ficamos alguns minutos no cume e descemos para o interior da cratera Laguna del Sol. O solo é bastante arenoso e íngreme mas é possível descer em segurança afundando os pés na areia fofa e deixando o corpo surfar de leve, foi até divertido.

    O sentimento dentro da cratera é de tirar o fôlego, imaginar aquilo tudo explodindo, fervendo e agora tão calmo e florido.

    Não pudemos nos demorar muito lá pois uma tempestade dava sinais de estar chegando, Daniel, o guia, me disse que isto é comum por volta das 14:00, por isso é importante começar a subir ainda de manhã.

    Começamos a caminhar em direção a rota de saída e foi aí que comecei a sentir realmente os efeitos da altitude. Uma dor de cabeça que foi aumentando rapidamente até que comecei a sentir minha visão turva e o raciocínio mais difícil, me senti cambaleando e a dor cada vez mais forte. Só conseguia dizer para mim mesma "este não é o seu limite, apenas continue caminhando" repetia isso continuamente dentro de mim até que chegando próximo à entrada da trilha a mente foi clareando, a visão voltando ao normal e a dor de cabeça ligeiramente melhorando. Foi sorte ja estarmos próximos a saída pois essa sintomatologia é característica de edema cerebral por altitude e neste caso a melhor solução é retornar o quanto antes à altitude padrão.

    Retornamos à Cidade do México, me hidratei, tomei um analgésico e fui descansar para a aventura do dia seguinte, o Vulcão Iztaccihuatl. Essa eu conto no próximo relato.

    Gratidão por lerem

    1 Comentários
    Ana Retore 12/01/2018 17:52

    Que legal Nicole! Sempre tive curiosidade de conhecer um vulcão, parabéns pelo relato!

    Nicole Barreto Nascimento

    Nicole Barreto Nascimento

    Rio de Janeiro - RJ

    Rox
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    www.nicolebarretonascimento.wordpress.com