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Material mínimo:
- 1 corda de 60;
- 10 costuras, sendo pelo menos 6 longas;
- Todas as fitas que você tiver.
Opcional, mas recomendado:
- 1 jogo de camalots até o #3;
- Lanterna;
- Luvas para a parte dos cabos de aço.
No dia 16 de agosto de 2022, eu e o Andrezão estacionamos o carro no paraíso das plantas e partimos rumo ao Dedo. Para acessar a trilha, basta descer a rodovia pelo lado direito e entrar logo após a santinha. Após cerca de 1 hora de caminhada, chega-se na base dos cabos de aço.
O primeiro cabo de aço fica cerca de 6 metros de altura, em uma parede bem lisa e que está constantemente molhada. Subimos pela fenda ao lado direito da parede até a altura da primeira proteção. De lá, seguimos por uma aresta que leva da lateral da rocha até o primeiro grampo. A partir desse ponto, artificializamos a subida, usando uma costura de 80 cm como estribo.
Após o trecho de cabos há uma bifurcação onde deve-se seguir para a direita. Seguindo-se reto, chega-se a via Teixeira.
As duas primeiras enfiadas são bem curtas, com lances fáceis e boas agarras. A ancoragem e a segurança da p2 é feita em cima de uma árvore caída, que inclusíve ajuda a iniciar a terceira enfiada.
A terceira enfiada é conhecida como "Variante Maria Cebola" e é o crux da via. Começa bem protegida mas só até a quarta proteção. Entre a quarta e a quinta proteção fixa o Andrezão, que tava na ponta da corda, ainda protegeu com 3 peças móveis e uma fita de 1,50m em um bloco entalado na fenda. Apesar da graudação da via ser oficalmente 3º IV, em livre, eu consideraria essa cordada como quinto grau. Mas é lógico que eu dei uma roubadinha e fiz alguns lances em A0.
A quarta enfiada é uma chaminé gigante e com poucas proteções. Dá pra montar uma proteção com uma fita em um bloco de pedra bem óbvio que está entalado no meio da chaminé e antes do primeiro grampo. A p4 fica em um platô de onde se vê o abismo do Dedo. Eu, particularmente, evito olhar.
A quinta enfiada também é uma chaminé, porém bem curta. A p5 fica em um platô em uma posição bem confortável para o seg.
A sexta enfiada começa bem exposta e a primeira proteção fixa fica em um lugar que não tem nada a ver com a linha da via, justamente quando a última coisa que você quer é aumentar o atrito na corda. Nós preferimos proteger antes usando uma fita em um bloco de pedra. Siga por uma pequena chaminé pela esquerda até chegar ao platô da escada.
O rapel é feito pela via Teixeira, pela lado oposto da montanha. Após descer do cume pela escada, siga a direita dela pela fenda até a parada dupla de onde se inicia o rapel. Nesse trecho é possível ver alguns dos grampos originais da conquista dessa montanha, 110 anos atrás!
O primeiro rapel é em diagonal e deve-se seguir à direita. Os demais rapeis são triviais e o resto da descida alterna entre trilha e lances de cabo de aço.
Minha impressão:
- Aproximação: difícil;
- Escalada: tranquila;
- Rapel: primeiro chato, demais triviais.
Parabéns pela escalada 🧗♂️