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Andanças pelo Chile 3 - O caminho dos mortos
Três dias de trilha/estrada no PN Laguna de Laja, onde ocorreu a tragédia de Antuco.
Trekking Montanhismo AcampamentoA logística deste Parque Nacional é um pouco mais complicada. Do terminal rural de Los Angeles se toma um microônibus até a localidade de El Abanico. De lá são 12 km a pé ou de carona até a portaria Los Pangues do parque, porque não há transporte público.
Pegamos o ônibus de 07:30 em Los Angeles. Tivemos sorte porque na cidadezinha de Antuco (vinte minutos antes de nossa parada) entraram dois guarda-parques e saltaram também em Abanico. A pick-up da Conaf que esperava por eles ofereceu carona para os dois únicos mochileiros, eu e Lúcia.
Saltamos na guarderia Los Pangues onde apresentamos os tickets de entrada comprados no site pasesparques.com do Chile. O guarda Cristian os examinou e perguntou por nosso roteiro. Quando dissemos que faríamos o circuito em volta do vulcão (3 dias) ele me pareceu surpreso, mas nos deu informações. Avisou que na volta deveríamos avisar na saída que regressamos bem.
Começamos a caminhar subindo a ladeira da estrada de rípio. Mas não andamos muito. Uma pick-up parou e um casal ofereceu carona. O motorista saltou para ajudar a colocar as mochilas na caçamba. Me perguntou de onde vinha. Respondi que vinha de Pucón. De onde em Pucón? El Cañi (ver relato). Ele disse que nos viram acampados lá no refúgio Aserrador. Coincidência legal! Entramos no carro e conversamos com Horácio e Ruth, casal aposentado muito simpático, que estava viajando pelo Chile.
Eles nos deixaram ao lado do início do Sendero Sierra Veluda. Antes de começar a andar comemos um sanduíche num mirante.
Vista do mirante.
Após o rápido lanche atravessamos a estrada e começamos a subida. Trilha bem marcada neste trecho. O começo era bem empinado, tal como avisava o guia "Trekking por Chile" da Compass Editora. A vegetação já era mais arbustiva, de ciprestes da cordilheira, com pouca sombra. Sorte estarmos cedo e o dia meio nublado.
No topo, alcançamos um platô, depois de 45 min a uma hora desde o início. Havia uma bifurcação. À direita o sendero Los Zorros levava para uma meseta.
Bifurcação. Sierra Velluda ao fundo.
Deixei a mochila com Lucia, que preferiu ficar ali descansando, e fui rapidamente para lá. Com 10 minutos cheguei num mirante onde a trilha em seguida descia. Tirei fotos e resolvi voltar. Não queria descer para depois subir novamente. O guia da Lonely Planet (Trekking in the Patagonian Andes) diz que a meseta é um bom ponto de acampamento. Mas nosso destino do 1º dia era o Anfiteatro, ao pé da Sierra Velluda.
Voltei e reiniciamos a jornada prosseguindo pelo platô com pequenas subidas que nos levaram a um grande escorial após meia hora.
Escorial. Ao fundo o Anfiteatro na Serra Velluda.
O rio de escória vulcanica petrificada parecia ser de uma erupção mais recente porque as rochas eram mais negras, grandes e fragmentadas. Em vários trechos era necessário andar sobre as pedras e não havia trilha marcada. Apenas o desgaste de algumas pedras e pequenos bambus secos (quila) espetados nas fendas indicavam o melhor caminho. Não havia nenhuma sinalização do parque. Após 50 minutos andando saímos deste rio de escória vulcânica. O tipo de rocha é um destruidor de calçados, muito dura e áspera. Notei que meu velho companheiro, o tênis Brooks Cascadia 16 (excelente) sofreu bastante. Mas a vista para leste era espetacular, o vulcão Antuco (2.979 m) em todo seu esplendor. De lá veio este mar de lava.
Olhei o celular e percebi que a única trilha do circuito ao redor do vulcão Antuco que achei no Wikiloc ou tinha os pontos muito distantes um do outro (o cara selecionou marcar pontos com um intervalo de tempo muito grande) ou então era uma trilha fake em que ele marcou com pontos obtidos no Google Earth. Imprestável! Mas ainda tinha um mapa papel e lá fui confiante....
Deixando o escorial, aliviados, passamos a andar numa extensa praia de areia vulcânica, agora terreno fácil, sempre em direção sul. Rumamos para o paredão da Sierra Velluda no fundo do Anfiteatro, onde víamos cascatas caindo com água do degelo.
Chegando perto do paredão notamos que o maior riacho (que vinha de uma cascata a esquerda) tinha água amarelada, que só servia para lavar louça. Ao descer da montanha ela devia passar por uma encosta de terra e carreava minerais. Mas havia mais duas cascatas descendo por rocha, uma delas alta e bem bonita, cuja água devia ser límpida. Procurei um lugar onde podia cruzar o rio sem tirar o tênis e levei só os recipientes da água numa pequena mochila de ataque.
Descobri um ponto excelente com uma cacimba onde mais tarde poderíamos tomar banho. Enchi os recipientes e voltamos para escolher um ponto para acampar na encosta leste do Anfiteatro onde haviam alguns recessos, reentrâncias com coigues e vegetação (lado esquerdo de quem desce para o fundo do Anfiteatro) .
Encontramos um bom lugar com troncos caídos (ótimo para sentar) e montamos a tenda. Depois da arrumação falei para Lucia que iria investigar o caminho do dia seguinte, rumo ao portezuelo (paso) Sierra Velluda que fica entre esta serra e a encosta do vulcão Antuco.
A tenda está ao fundo, na sombra.
Peguei a mochila de ataque com água, lanche, anorak e agasalho e disse que voltaria no máximo em 3 horas.
Queria adiantar o lado do dia seguinte pois notei que não havia sinalização. Deveríamos ter passado por uma bifurcação a esquerda logo antes de entrar no Anfiteatro (caminho para o paso) mas não vi trilha e não havia sinalização.
Creio que a Conaf propositalmente não quis sinalizar este caminho Anfiteatro - Portezuelo Sierra Veluda - Los Barros para não estimular os trekkers inexperientes a fazerem o circuito depois da tragédia de Antuco (que ocorreu mais a leste). De fato ser pego por um viento blanco aqui não deve ser brincadeira.
Que trecho de navegação chato! Sabia a direção geral a seguir, o paso era visível a leste. Mas e a trilha? O escorial não deixa marcas muito visíveis de passagem. Decidi ir mais para o lado da encosta da Sierra Velluda, onde o mar de lava perdia força (mecânica dos fluidos). Ali realmente era mais fácil. Com cerca de uma hora achei um córrego de água, o que me aliviou porque já passei por escoriais com pouca ou nenhuma água. No alto verão este trekking não é muito aconselhável devido ao calor. Imagino aquele solo de rocha vulcânica negra tomando sol todo o dia. Vira um forno.
Bebi e reabasteci. Notei uma mureta de pedra erguida por alguém casca grossa que montou barraca ali, perto d'água.
No caminho vi um condor solitário nos céus. Andei mais um pouco e, como completou hora e meia, decidi voltar.
No regresso descobri um caminho melhor do que eu usei na ida.
Parecia um jardim zen japonês. Já perto do acampamento.
Ao chegar chamei Lucia para irmos tomar banho. Fomos até a cacimba para o banho de água gelada. Precisamos nos apressar. O sol estava prestes a se por, se escondendo atrás da encosta oeste do Anfiteatro.
Nossa banheira privativa.
Por do sol. Estavamos sozinhos no Anfiteatro.
Fizemos o jantar. Esta noite foi a mais fria de todo o período acampados no Chile. Fez 1ºC dentro da tenda. Tive que usar tudo que possuia, inclusive o anorak respirável, para dormir bem.
...........
Trilhas tênues, wikiloc inútil e mapa ruim.
Dia seguinte partimos 10 horas.
Na área sombreada do paredão há duas quedas d'água bonitas.
Zoom.
Seguimos pelo caminho que "desbravei" na tarde anterior.
Pedra sobre pedra.
No córrego paramos para reabastecer de água e comer um chocolate. Continuamos rumo leste tendo o riozinho a nossa esquerda.
Num determinado ponto uma aresta da Sierra Velluda caia em direção ao rio não permitindo nossa passagem pela margem (não havia margem). Notei que uma trilha subia íngreme esta aresta. Provavelmente desceria do outro lado e prosseguiria pelas margens do rio.
Subida cansativa por caminho bem inclinado, muito ruim, em zig-zag, com pedras soltas. Lá em cima notei que estava erodida a continuação. Um trecho com apenas areia a 45-50º. Percorri com cuidado porque numa má pisada eu desceria escorregando um metro na areia solta e eventualmente podia cair lá embaixo. Ao passar por este trecho notei que a descida era pior que a subida. Então avistei no outro lado do rio um platô fácil de terra vulcânica com uma tênue trilha marcada. Era ali a continuação! Perdemos tempo (uma hora de subida). O problema é que o mapa da Andes Profundo, Sierra Velluda - Volcán Antuco mostrava o caminho sempre no lado direito do rio (margem esquerda verdadeira) sem travessia de rio neste trecho.
Descemos tudo de volta, pelo caminho que subimos com sacrifício. Enquanto Lucia lanchava algo na beira do rio eu descobri um ponto para atravessa-lo pelas pedras sem molhar os tênis e fui explorar o outro lado. Depois de meia hora vi que poderíamos voltar para outra margem por uma travessia fácil num meandro do rio (o mapa sempre indicava o caminho na margem esquerda verdadeira). Chamei Lucia. Enquanto ela atravessava segui um pouco mais adiante. Ao me alcançar, atravessamos para a margem esquerda verdadeira seguindo o mapa. Mas a trilha continuava ruim e o rio agora estava seco (onde o mapa indicava rio perene!). Estiagem prolongada neste verão.
Chegamos no pé da subida para o paso. Neste processo todo de tentativa e erro perdemos duas horas. Fiquei preocupado porque ainda teríamos de subir o paso e havia uma bela descida do outro lado.
Durante a ascensão vi o quanto o mapa estava errado. O melhor caminho era atravessar o rio uma única vez e continuar direto na margem direita verdadeira até o início da subida ao paso, sem precisar voltar para a outra margem. Menor distância e terreno bem melhor.
O ascenso foi cansativo. O portezuelo fica a 2.062 metros, o ponto mais alto do circuito. Uma ventaca fria e um totem não deixavam dúvida que ali era o paso, quando chegamos nele.
Lucia chegando.
A descida.
Vista para a sierra Velluda, durante a descida. O cume norte (3.125 m) é uma escalada técnica.
O descenso foi tranquilo mas demorado, boa parte por areia vulcânica. Apressava Lúcia porque queria chegar a Los Barros (nosso destino) ainda dia claro. Faltavam cerca de três horas para escurecer. Nada de sinalização. A trilha tênue dificilmente seria avistada no escuro.
Perto do final da descida algumas cabeças de gado da raça angus. Que faziam ali com tão pouca vegetação?
Baixamos ao fundo do vale. Teríamos mais 3 km para percorrer até Los Barros. O mapa indicava riachos e cruzes de riachos. Mas estava tudo seco. Eu só não dizia que era terreno lunar porque ali e acolá haviam tufos de vegetação.
Chegamos pouco antes das 20 horas, cerca de meia hora antes do escurecer. Los Barros é uma vereda numa encosta do vulcão, arborizada com coigues, onde passa um riacho de águas cristalinas. Lindo lugar para acampar. Finalmente algo não árido neste dia.
Mais que depressa armamos a tenda e peguei água para o jantar. Comemos já escurecendo. Sorte que nossa comida bastava esquentar. Pelo tarde da hora infelizmente não houve banho.
Durante o trajeto de hoje nenhuma marcação da Conaf! Realmente estou desacostumado com trilhas não sinalizadas, após percorrer tantas outras trilhas nos PN do Chile, muito bem demarcadas. Apenas, volta e meia, algumas pircas (totens), mal feitas (apenas uma única pedra sobre a outra).
Noite agradável, bem menos fria.
........
O caminho dos mortos.
O dia amanheceu lindo e o sol bateu cedo na tenda, coisa gostosa! A direção leste estava desimpedida, ao contrário do Anfiteatro.
Córrego do acampamento.
Café relaxado. Tenda desarmada, coisas na mochila e partimos. Atravessamos o córrego e fomos em diração a estrada de rípio, vale abaixo.
Esta estrada liga a portaria los Pangues, lá embaixo, onde começamos, até o centro de ski e depois percorre mais 23 km até o refúgio Los Barros (2,5 km de onde acampamos). Era um refúgio militar mas foi tranferido para particulares (creio que após a tragédia).
Alcançamos a estrada. Dava para ver o refúgio Los Barros, construção grande, de 3 andares.
Bem ao fundo, a direita, o refúgio Los Barros.
Na verdade, observei depois, poderíamos ter seguido uma linha reta desde o acampamento sem atravessar o córrego. Coisas da primeira vêz!
Aquela estrada, no sentido contrário ao nosso, ia para um paso fronteiriço com a Argentina, onde havia Carabineiros e Aduana. No caminho ficava o refugio los Barros.
Começamos a caminhar ao lado da estrada. Todos os motoristas acenavam para nós. Um caminho monótono no início. Nada de avistar Laguna del Laja. Viámos apenas um vale largo, espraiado, com um dos rios que alimentava a laguna. Apenas após uns 5 km, no topo de uma ladeira, visão do lago.
O vento forte por vezes jogava areia na nossa cara, nas rajadas.
A laguna foi formada pelo represamento do rio pela lava, após uma erupção vulcânica.
Laguna del Laja.
As 13 horas decidimos parar e lanchar ao ver uma pedra ao lado da estrada, boa para sentar. Na maior parte do caminho o terreno era apenas de areia vulcânica. Aí chegou um ciclista com a bike carregada. Estava fazendo uma cicloviagem. Parou cansado ao nosso lado, após subir uma ladeira, com forte vento contrário.
Resolveu descansar e lanchar conosco. Era Robert, um chileno, voltando após uma cicloviagem de 7 dias pela Argentina. Muito simpático o rapaz.
Após uma agradável conversa de meia hora, partimos todos. Ele rapidamente desapareceu da nossa vista.
Volta e meia um carro parava e perguntava se queríamos carona. Eu queria completar o circuito a pé e recusavamos a oferta, agradecidos. Os chilenos são muito amáveis e gentis. Em outros lugares, mais de um vez seguimos de carona oferecida, sem levantarmos o polegar.
Prosseguimos pela estrada, agora com a bela Laguna del Laja a nossa direita.
Caminho cansativo com forte vento contra.
Quando chegamos num ponto onde a Laguna estreitava, a Punta Los Gringos, avistamos as primeiras das 45 lápides. Cada uma representava o exato lugar onde foi encontrado morto um soldado, na tragédia de Antuco.
Eram 5 lápides colocadas pelo exército chileno com os nomes dos militares que ali morreram. Todas com a data de 18 de maio de 2005.
Dali em diante, praticamente a cada 200 a 500 metros, havia mais uma ou duas lápides/cruzes em um ou outro lado da estrada, Algumas ao lado de grandes pedras, mostrando que o recruta havia procurado um pouco de abrigo.
Neste dia de maio de 2005 um regimento em treinamento foi ordenado marchar do refúgio Los Barros até outra instalação militar junto ao centro de ski, 23 km adiante, pelo caminho que percorríamos. Dois regimentos tinham feito o mesmo percurso no dia anterior debaixo de mal tempo. Mas o tempo neste dia havia piorado muito, com neve. Mesmo assim o oficial determinou a marcha. Deu a ordem mas não foi junto!
A neve fofa e alta já dificultava a marcha. Eles não tinham snowshoes. Quem já andou em neve fofa e funda sabe a dificuldade. Então, na altura da Punta Los Gringos, entrou um forte viento blanco (whiteout) que reduziu drasticamente a visibilidade e a temperatura. Eles não estavam com vestimentas adequadas,
Começaram a cair. Os demais, não podendo ajudar, prosseguiam. Interessante notar que continuaram a andar e morreram em pontos diferentes, demonstrando que tinham diferentes resistências a hipotermia (todos usavam o mesmo uniforme inadequado para as condições) ou adotaram estratégias diferentes para lidar com a situação.
Caiu tanta neve que o último corpo foi encontrado apenas 3 semanas depois. Um corpo foi encontrado debaixo de 4 metros de neve. Os legistas afirmaram que morreram de hipotermia entre 2 a 3 horas depois que tombaram, temperatura estimada (chilling factor) - 30º C.
Todos jovens, na faixa dos 18 anos, conscritos, apenas a 45 dias no exército. Como no Brasil, voluntários oriundos da classe baixa, buscando uma carreira militar para melhorar de vida.
Assim seguimos, observando as cruzes melancólicas ao longo do caminho. Algumas com a bandeira do Chile e/ou decoradas com flores, dizeres, bonecos, etc... Algumas lápides abandonadas. Mesmo na morte os mortos são diferentes. Alguns esquecidos, outros ainda lembrados.
Cada lápide dizia "...muertos en el cumplimiento del deber". Citação infeliz. Que dever? Cumprindo uma ordem estúpida?
Os oficiais responsáveis foram expulsos do exército e presos. O exército chileno mudou sua doutrina de "obediência" para "obediência reflexiva" onde um comandado poderia refletir sobre uma ordem e se recusar a obedecê-la.
Chegamos cansados no Memorial em homenagem a eles, apenas 3,5 km do centro de ski. Incrível, alguns conseguiram chegar até ali, havia cruzes e lápides até aquele ponto.
Depois de recusar 4 caronas, disse para Lúcia que a quinta aceitaríamos! Estavamos cansados e aquela estrada estava triste e monótona.
No memorial estava uma família prestando homenagem a um dos mortos. Soube depois que era um conhecido deles. Um casal com os dois filhos. Paramos lá para fotografar e descansar. O pai (Osvaldo) se dirigiu a nos e ofereceu carona. Disse que tinha nos visto pela manhã ao ir para a Argentina, em sentido contrário.
Aceitamos. Era uma pickup cabine dupla com lugar para 5 pessoas, Disse para Lúcia ir dentro. Iria na caçamba coberta, com janela. Um dos filhos, o Carlos, se ofereceu para ir atrás de modo a eu ir sentado na frente. Me recusei, onde se viu colocar o filho de quem me ofereceu carona num lugar desconfortável. O pai quis insistir mas recusei outra vez. E assim fomos. Me senti o próprio preso na gaiola de um camburão da polícia kkkkkk.
Tinha que me segurar para não me bater nas paredes com os buracos da estrada. E tomar cuidado com os anzóis pois havia equipamento de pesca na caçamba.
Ao chegar no centro de ski, para onde pedimos a carona, ele perguntou o que queríamos lá. Lúcia respondeu que iríamos procurar um restaurante e uma cabaña para dormir. O Osvaldo disse que não havia nada aberto fora da temporada de ski. Realmente não víamos nada aberto. Ele se ofereceu para levar-nos até a cidadezinha de Antuco e assim fomos.
Parada rápida na portaria Los pangues para avisarmos aos guarda parques que regressavamos bem do circuito.
Última vista para o vulcão, desde o "camburão".
Em Antuco o Osvaldo ainda se deu ao trabalho de procurar uma cabaña para gente. Ligou para uma e conseguimos! Várias estavam fechadas por ser fora da temporada.
Após deixarmos as coisas na cabaña (40.000 pesos) fomos almojantar.
Dia seguinte, as 8:30 pegamos o bus para Los Angeles e dali fomos para Chillan, nossa proxima parada para outro trekking.
Lúcia esperando o busão em Antuco, bem guardada.
Pelo terreno dificil, trilhas tênues não sinalizadas e distâncias esta foi nossa trilha mais difícil no Chile.
