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Rômulo Cabrera 21/01/2017 02:12
    Upando o joelho

    Upando o joelho

    De Suzano a Arraial do Cabo, um relato sobre minha viagem de bicicleta

    As boas práticas no jornalismo sugerem que o primeiro parágrafo de uma matéria contenha o essencial da notícia. Se fosse possível enquadrar 14 dias de viagem neste modelo, eu diria que pude pedalar por uma ilha bela, cantar com artistas mambembes nas ruas de Paraty, acampar no terreno de uma desconhecida, passar o ano novo com quatro argentinos bêbados dançando os maiores sucessos do Axé, turistar pelas ruas da Lapa e perder o cartão do banco no meio do caminho; e finalmente dormir no chão de um posto de combustíveis, não antes de batalhar por espaço contra um enxame de pernilongos e borrachudos que viram em mim uma fonte perfeita de alimento. Mesmo assim, eu não conseguiria transmitir toda a intensidade dessa recente experiência.

    Mais difícil do que pedalar de Suzano a Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, é tentar explicar o porquê da viagem de bicicleta. Olhos esbulhados, sobrancelhas frenéticas, bocas em “ó”. As reações são muitas, as perguntas também: “Por que ir pedalando?”, “A passagem está tão cara assim?”, “Está pagando promessa?”, “Sua mãe deixou, criança?”.

    Formatar uma resposta que dê conta de toda a complexidade dessa viagem iria por até mesmo a paciência de Buda em cheque. Aos curiosos, digo que estava cansado de viajar no conforto do carro e me coloquei à prova de mais essa experiência. Continuam sem entender, é claro, mas é o máximo que posso fazer em termos de resposta.

    Fato é que nem mesmo eu sei o que me levou a isso (assim como todas as outras imersões que fiz nos últimos dois anos). Quando me dei conta, já estava com uma bicicleta na garagem, pedalando para cima e para baixo, planejando rotas, datas, horários, orçando acessórios e equipamentos de viagem. Era algo tão vivo em mim, que passou de uma simples ideia para o centro das minhas atenções.

    Decidi viajar margeando o litoral. Pensei que ao nível do mar eu não teria problemas com as elevações na estrada. Pobre de mim. Eu não sabia de nada. Com relação a escolha do destino dessa viagem, acho que não é novidade para ninguém: minhas tias moram em Arraial do Cabo. Ora, nada melhor do que ser recebido em casa depois de 700 quilômetros pedalados.

    (Como o texto ficou extenso, convido vocês a continuarem a leitura pelo Medium clicando aqui)

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    Rômulo Cabrera
    Rômulo Cabrera

    Publicado em 21/01/2017 02:12

    Realizada de 26/12/2016 até 08/01/2017

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    Rômulo Cabrera

    Rômulo Cabrera

    Suzano, São Paulo

    Rox
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    Sou jornalista, mestrando, e documentarista nas horas vagas. No mais, sommelier de Tubaína e boladão no estilo

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