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Rex Andarilho 14/02/2017 04:37
    Cicloviagem Campos do Jordão - Paraty

    Cicloviagem Campos do Jordão - Paraty

    Rex e Jean em um pedal desafiador pela Serra da Mantiqueira e Serra da Bocaina. O roteiro de 6 dias teve 281 km e passou por SP, MG e RJ.

    Cicloviagem Cachoeira

    Relato da Cicloviagem Campos do Jordão - Paraty
    Por Jean Carlo Steffen e Rex Andarilho

    Rex e Jean em um pedal desafiador pela Serra da Mantiqueira e Serra da Bocaina. O roteiro de 6 dias teve 281 km e passou por SP, MG e RJ.

    Nos encontramos no Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo, no dia 26 de dezembro de 2016. Bicicletas com bastante bagagem, bem pesadas, e muita expectativa pra nossa aventura. Colocamos as bikes no ônibus e ao meio-dia partimos em direção a Campos do Jordão.

    Chegamos na rodoviária às 15h00, seguimos até a Pousada Don Raton (que fica relativamente próximo ao Portal da cidade) e lá fizemos os últimos ajustes e preparativos para começar a cicloviagem. A pousada é um local tranquilo, com pessoas simpáticas e boas acomodações. O preço foi R$ 75,00 por pessoa, com reserva antecipada.

    E lá vamos nós!
    27.dez.2016 | Dia 01 | De Campos do Jordão (SP) a Delfim Moreira (MG)

    Saímos da pousada por volta das 09h00 e seguimos por vias asfaltadas até o Parque Estadual de Campos do Jordão (também chamado de Horto Florestal). Foram 19 km até a portaria do Parque, onde chegamos pouco antes do meio-dia. Após pedalar por estradas de terra durante aproximadamente 1 hora, chegamos ao Bosque Vermelho, um local agradável, com um riacho suave e muitas árvores com líquens vermelhos em seus troncos. Paramos pra conhecer e registrar.

    Seguindo por estradas de terra (com pedras) ainda dentro do Parque, pedalamos com certa dificuldade, empurrando a bike em algumas subidas mais difíceis. Por volta das 15h00, saindo do perímetro do Parque, chegamos na divisa dos estados SP-MG e das cidades Campos do Jordão e Wenceslau Braz. Paramos pra comemorar (hee!) e tirar fotos. Depois disso entramos no Bairro do Charco e seguimos por terra também até chegar na Rodovia Juscelino Kubitscheck de Oliveira (BR-459), por volta das 17h30.

    Na BR-459 subimos (e que subida!) cerca de 12 km no asfalto, pedalando um pouco, empurrando outro pouco, na direção de Serra Bonita. Já era final do dia, com o céu escurecendo, quando finalmente encontramos a placa indicando o caminho de terra para Delfim Moreira, nosso destino planejado para o dia. Depois de um tempo de pedal, apareceu uma outra Rodovia, a BR-360, que atravessava nosso caminho. Ficamos totalmente perdidos, pois não tinha continuação da estrada de terra do outro lado da Rodovia, já estava escuro e sem nenhuma viva alma por ali para pedirmos ajuda, apenas uns poucos veículos que passavam em grande velocidade. Depois de alguns minutos pensando o que fazer (e agora, vamos pegar asfalto de novo? Mas pra qual lado? Isso não estava em nenhuma das informações que pegamos...), duas pessoas de moto saíram da estrada para entrar no caminho por onde viemos. Acenamos, gritamos, eles pararam meio desconfiados, mas pararam, e então perguntamos. Essa ajuda foi a nossa salvação! Na verdade a estradinha continuava sim, logo depois do asfalto, mas havia uma pequena descida curva que não nos permitia enxergar de onde estávamos, ainda mais com aquele breu todo. Atravessamos a pista, continuamos a pedalar até finalmenteee chegar na cidade. Nos hospedamos no Oca Hostel por volta das 21h30.

    Percorremos 74,36 km em cerca de 14h, com paradas para lanche, fotos e filmagens.

    Esse trajeto contou com muitas subidas que exigiram bastante da parte física. Cuidamos bem de nossa hidratação e alimentação, pois foram muitas subidas mesmo, algumas em trechos de “Rock Garden”, como dizem nossos amigos do Mountain Bike, o que dificultou bastante a pedalada. Apesar disso, chegamos felizes, “inteiros” e animados. Fomos matar a fome numa pizzaria e depois: hostel, banho e repouso!

    Parada estratégica
    28.dez.2016 | Dia 02 | Descanso em Delfim Moreira (MG)

    Devido ao grande esforço do dia anterior, com muitas horas de pedal, decidimos parar pra descansar os músculos e seguir viagem no dia seguinte. Foi ótimo também para organizar mochilas, fazer ajustes nas bicicletas, lavar roupas, aproveitar um pouco a cidade e bater papo com o pessoal do Oca Hostel. Ficamos sabendo das opções de aventura que oferecem, como montanhas, cachoeiras, lugares históricos da região, ruínas e construções antigas, vivência em fazenda, etc. É um ótimo lugar para iniciar atividades de turismo e aventura.

    Agradecemos ao Cristiano, Sílvia e Vanderson por toda hospitalidade e carinho, pequenas coisas que nos fizeram sentir em casa. Sempre dispostos, atenciosos e bem humorados, parecendo velhos amigos de infância quando se encontram. Em nossa hospedagem lá, cada diária ficou R$ 50,00 por pessoa.

    Para fazer o roteiro desta cicloviagem, utilizamos como referência um relato encontrado na internet. A princípio seguiríamos o mesmo caminho que os outros viajantes fizeram, mas conversando com o pessoal em Delfim Moreira, achamos melhor alterar a rota que iria até Passa Quatro (MG) e optamos por seguir diretamente para Silveiras (SP), passando por Piquete e Cruzeiro. Seriam muito mais subidas em mais um dia de pedal longo. Com essa decisão, também não atrasaríamos a tentativa de acampar no Pico da Macela na virada de ano novo.

    O Ataque
    29.dez.2016 | Dia 03 | De Delfim Moreira (MG) a Silveiras (SP)

    Saímos da pousada às 08h00 em direção a Piquete (SP). O dia estava com sol muito forte, porém as subidas que pegamos em estrada de asfalto foram bem mais tranquilas do que no primeiro dia. Por volta das 10h15 paramos numa banca com deliciosas frutas e uma bica de água fresca e cristalina. Depois de recarregar as energias, seguimos por mais alguns metros e encontramos o acesso ao Pico do Ataque, que fica na divisa dos estados e é um dos pontos mais altos da região. Após subir 200m por estradinha de terra, avistamos uma grata paisagem de cima de uma rampa de vôo livre. Sensacional!

    Depois de apreciar a vista, retomamos o pedal. Passamos por uma placa indicando que estávamos na Região da Estrada Real – Circuito Terras Altas da Mantiqueira. Chegamos em Piquete às 13h00, mas continuamos pedalando. Seguimos até Cruzeiro (SP), chegamos lá após mais duas horas de pedalada. Nossa intenção era almoçar na cidade, mas por conta da dificuldade em encontrar um bom local (agradável, aparentemente seguro e com bom preço), acabamos seguindo pela rodovia mesmo e paramos pra lanchar embaixo de uma ponte (o sol estava de rachar).

    Percorremos um longo trecho bem plano, sempre com o Pico dos Marins à nossa esquerda “vigiando” o caminho. Seguimos em direção à Dutra, mas não entramos nela. Passamos sob a ponte e acessamos a estrada para Silveiras. Chegamos no portal da cidade por volta das 18h30. Seguimos mais adiante e nos hospedamos na Pousada Estrada Real, onde a Dona Tereza e seus familiares nos receberam muito bem. Pudemos utilizar a cozinha para fazer o jantar, ganhamos um mapa da região (muito útil) e compartilhamos uma agradável conversa sobre viver bem, com qualidade, liberdade, plenitude, aproveitar a simplicidade de uma vida tranquila. Gratidão! O valor da diária aqui foi de R$ 40,00.

    Neste dia percorremos 79,92 km (154,28 km acumulados) em cerca de 10h de pedal.

    “Sobe pra cima”, escorrega pra baixo!
    30.dez.2016 | Dia 04 | De Silveiras (SP) a Campos Novos de Cunha (SP)

    Saímos de Silveiras às 08h00. Trecho de serra muito bonito, rodovia com muitas, mas muuuuitas subidas (quase impossível de pedalar), sol forte, alguns ciclistas realizando treinos com Speed e Mountain Bike. Passamos pelo bairro Bom Jesus, depois o bairro dos Macacos e seguimos em direção à Cachoeira do Paraitinga por estrada de bloquetes. Parada rápida na cachoeira, depois seguimos pela ponte de madeira e uma estrada de terra árida com areia e pedras soltas, muito escorregadia, mal conseguíamos nos equilibrar pra empurrar a bike. Subidas e mais subidas de perder o fôlego, patinando na areia e pedras, pedalando ou empurrando a bike com grande esforço, às vezes subindo um pouco e escorregando pra baixo um pouco. Foi difícil!

    Chegamos a Campos Novos de Cunha às 18h30 e nos hospedamos na Pousada Cabocla. O Gilson, um grande entusiasta do ciclismo, nos recebeu com a camisa amarela do L’etape Brasil by Tour de France e relembrou como toda a cidade recebeu o evento e ajudou na organização. Ele também contou histórias da região, da época de seu bisavô, sobre a Estrada Real, das rotas de comércio ilegal de pedras preciosas para fugir da taxação da coroa portuguesa, sobre a Revolução Constitucionalista de 32, do abandono da cidade no pós-guerra, coisas que nenhum livro de história seria capaz de descrever da forma como ele vivenciou e contou. A diária nessa pousada foi R$ 40,00.

    O rolê desse dia foi muito difícil e bem cansativo. Percorremos 39 km (193,27 km acumulados) em cerca de 10h de pedal.

    Adeus ano velho...
    31.dez.2016 | Dia 05 | De Campos Novos de Cunha (SP) a Cunha (SP)

    E no último dia do ano, saímos de Campos Novos de Cunha as 08h00, com a intenção de chegar até a Pedra da Macela, localizada 27 km depois de Cunha. Por informações do Gilson, seria possível chegar a Cunha por estrada de terra, mas moradores próximos do local indicado pra entrar, informaram que não era mais possível pois deveríamos passar por pequenas estradas dentro de propriedades rurais, talvez não fosse viável. Esses moradores disseram ainda que esse caminho ia para o lado contrário do que desejávamos.

    Decidimos então, ir pela rodovia mesmo, sem acostamento (de novo) com muito sobe e desce com muito sol, muitas paradas, tudo muito! :P Cansamos bem rápido por conta do calor. Este foi o trecho no qual nosso consumo de água chegou ao máximo, com quase 6 litros de hidratação cada um (levamos água e isotônico).

    Ao chegar em Cunha por volta das 14h30m, resolvemos deixar a Macela para o dia seguinte e pernoitar na cidade mesmo. Procuramos pousadas, perguntamos sobre vagas e valores, a maioria estava lotada por causa do ano novo ou com preço além de nossas possibilidades. Paramos no posto de informações turísticas e indicaram a Pousada do Sossego, da Dona Cida, mas ao chegar lá descobrimos que estava sem vaga. Ficamos um tempo ali do outro lado da rua olhando o mapa e pensando no que faríamos, talvez almoçar, ou reabastecer e seguir viagem, acampar no caminho, ou algo assim. Foi quando Dona Cida reapareceu e disse que vagou uma reserva, que nos possibilitou hospedagem. Guardamos as bikes e as bagagens, fomos ao mercado, lavamos roupa e fomos descansar. Antes da meia-noite (e dos fogos) já estávamos dormindo. Pagamos R$ 50,00 cada um na hospedagem.

    O total pedalado nesse dia foi 32 km (224,17 km acumulados) em cerca de 7h de viagem.

    “Acorrentados”
    01.jan.2017 | Dia 06 | De Cunha (SP) a Paraty (RJ)

    Começamos a pedalar às 08h00, no asfalto sentido Paraty, em direção a Pedra da Macela. Subida, subida, subida! No caminho, por volta das 12h00, a corrente da bike do Jean caiu para o lado interno da roda, ficando presa entre os raios e a catraca, ficou muito presa mesmo! Após várias tentativas frustrantes que fizemos pra soltar a corrente, um grupo de mountain bikers apareceu (assim, do nada), disseram que estavam fazendo um pedal-treino desde Ouro Fino (MG), e já haviam pedalado quase 700 km numa travessia até Paraty. Eles pararam para ajudar, sabiam exatamente o jeito de resolver, e com mais mãos e mais força, e também muito esforço e paciência, conseguimos puxar a corrente. Até arrumar tudo, gastamos quase 1h30 nisso.

    Por volta das 14h00 descansamos um pouco numa cachoeira ao lado da estrada, depois entramos na estrada de terra, caminho de acesso à Pedra da Macela com o objetivo de acampar na base, ou talvez no cume. Antes da metade desse caminho, (re)avaliamos a situação, ficamos preocupados se seria realmente possível acampar, entrar com as bikes na “porteira” ou deixá-las em algum local seguro para subir e também por conta do horário apertado (gastamos um tempo com a corrente danada), decidimos voltar dali e continuar a viagem para Paraty mesmo. Assim diminuiria o risco de ter que pedalar de noite naquela região (alguns relatos eram bem assustadores em relação à possível violência local, com assaltos e coisas do tipo) e nem ter que acampar na beira da estrada.

    Pedalamos em mais subidas e algumas descidas, típicas de região de serra, até chegarmos na divisa dos estados São Paulo - Rio de Janeiro, por volta das 16h45. Ufa! “Daqui pra frente só tem descida”, nos informou um casal que passava de carro. E realmente era verdade, desce, desce, desce, novamente com bloquetes na estrada, e um visual incrível. Ao final dessa estrada, um grande congestionamento, tanto para subir quanto pra descer. Eram muitas pessoas em seus veículos, nas pistas estreitas com muitos buracos e pedra soltas. Nós ficamos ali também “presos” ao fluxo, sem condições de passar entre os carros.

    Tempos depois, chegamos na Ciclovia da Estrada Real, que leva até entrada da cidade de Paraty. Chegamos na rodoviária às 16h00 e não havia passagem para São Paulo. Tinha apenas para o dia 03. Pensamos em pedalar mais no dia seguinte, para alguma outra cidade, mas decidimos ficar ali mesmo e esperar. Tivemos dificuldade em encontrar pousada com vagas, e depois de rodar bastante, encontramos uma pousada “clandestina”, feita na casa de moradores.

    O total pedalado nesse último dia de cicloviagem foi 56,9 km (281,07 km acumulado) em cerca de 08h de pedal. E assim terminou nossa super aventura! (Na verdade, faltava ainda chegar em casa de novo, hehe.)

    Compramos as duas últimas passagens que haviam para o dia 03. Na verdade, o Rex comprou a última, pois quando o Jean foi comprar, alguém comprou antes dele pela internet. Mas como quase um milagre (ou universo conspirando a favor) a moça do guichê o chamou de volta quando já estávamos pensando no que fazer, e disse que alguém havia cancelado outra. Sendo assim, cada um comprou para um horário diferente de retorno. Mas tudo bem, nossa volta estava assegurada.

    No dia 03, Rex foi no ônibus das 8h30 mas teve que esperar TODOS os passageiros embarcarem para saber se haveria espaço para a bike no bagageiro, conforme a vontade do motorista. Aquela velha conversa de não querer colocar bicicleta no bagageiro e tal, cada um diz uma coisa diferente e no final fica a cargo do motorista mesmo dizer se ele leva ou não a bike. Mas enfim, tudo certo. O próximo ônibus saiu às 11h30 e Jean teve que desmontar a bicicleta pra poder embarcar. Retirou a roda dianteira, soltou o guidão, prendeu essas partes contra o quadro com “aranhas” e utilizou sua lona de camping para embalar a bike. O motorista disse que se não tivesse embalada com papelão ou plástico bolha, ele não levaria, além disso, informou que estava sendo “legal” porque só pode levar bicicleta no ônibus se tiver com a nota fiscal. Veja só. Mesmo assim, “tudo certo”, e com a bike embalada a viagem seguiu.

    Foi uma super cicloviagem! Conhecemos novos caminhos, lugares bacanas e pessoas generosas. Os desafios e imprevistos da viagem só tornaram a aventura mais interessante e memorável, com muitos aprendizados, alegrias e reflexões. Somos muito gratos à Deus, ao Universo e a todas as pessoas que estiveram em nossos caminhos, compartilhando coisas, momentos e boas energias conosco. Gratidão!

    Resumo técnico da Cicloviagem Campos do Jordão - Paraty
    Ponto de partida: Campos do Jordão (SP)
    Ponto de chegada: Paraty (RJ)
    Principais locais do trajeto: Campos do Jordão – Delfim Moreira – Silveiras – Campos Novo de Cunha – Cunha – Paraty
    Tempos:
    :: 26/12/2016 - Chegada em Campos do Jordão
    :: de 27/12/2016 a 01/01/2017 - Cicloviagem de 6 dias
    :: de 01 a 03/01/2017 – Espera e retorno para São Paulo
    Distância total percorrida: 281,07 km

    Bicicletas bem pesadas. A cada manhã nós saímos com aproximadamente 4 litros de água e/ou isotônico cada um. Não pegamos chuva. Estivemos sob sol intenso a maior parte do trajeto. Tivemos apenas um pneu furado, um parafuso que soltou (do bagageiro) e a corrente que entrou na catraca.

    Pedalamos por estradas de asfalto, caminhos de terra batida, terra com pedras soltas e poeira, descidas, subidas, planos, com e sem acostamento. Levamos equipamento para acampar (barraca, saco de dormir, isolante térmico, fogareiro, etc.) mas nem usamos quase nada. Levamos também alimentos, ficando sempre com duas refeições nos alforges para qualquer emergência ou mudança de rota/logística. E nas cidades sempre comprávamos mais, e reabastecíamos os líquidos também.

    Veja aqui o VÍDEO da cicloviagem. Veja também TODAS AS FOTOS dessa super aventura.

    Valeu, abraços, até a próxima.
    Rex e Jean

    Rex Andarilho
    Rex Andarilho

    Publicado em 14/02/2017 04:37

    Realizada de 27/12/2016 até 01/01/2017

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    2 Comentários
    Fabio Fliess 15/02/2017 09:32

    Graaaande Rex!!!! Show de relato meu amigo... Parabéns!

    Rex Andarilho 16/02/2017 05:57

    Valeeeuuu, meu caro Fabio! Hee! Legal q gostou ;-)

    Rex Andarilho

    Rex Andarilho

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