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Rodolfo Gomes 02/04/2020 21:11
    Meia Volta em Ilha Grande/RJ

    Meia Volta em Ilha Grande/RJ

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    Montanhismo Hiking Mergulho

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    Este é o relato de meia-volta na Ilha Grande – RJ, realizada em janeiro/2020 num total de 5 dias: 3 dias de hiking e 2 dias acampados em Abraão aproveitando os passeios e as praias perto da vila.

    A trip foi constituída por minha companheira Hali e por mim.

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    A ilustração a seguir é disponilizada pela Prefeitura de Ilha Grande e descreve todas as trilhas oficiais da Ilha Grande. No nosso caso, iniciamos a trilha na costa oeste, na Praia de Araçatiba e realizamos a volta no sentido anti-horário (T8, T9, Reserva Biológica, T16, T14, T10 e T11)

    Fomos pra Angra e Ilha Grande com nada reservado, nem camping nem transporte e não tivemos problema algum.

    1º Dia – Angra dos Reis – Araçatiba – Araçatibinha

    // Saída de Angra

    Como decidimos realizar meia travessia e iniciar na Vila de Araçatiba, só havia a opção de contratar o Flexboat (barco mais rápido e mais caro que te leva para maior parte da ilha). Tiramos uma foto dos horários, mas saiu com muito reflexo. Dei uma pesquisada na internet e são essas duas empresas que operam (os horário estão nos links):

    https://www.facebook.com/aracatibajftour/

    https://www.ilhagrande.com.br/como-chegar/como-chegar-em-aracatiba/flexboat-natiga/

    Partimos de Angra dos Reis as 17:00.

    A travessia do oceano é muito bonita, recomendo sentar bem à frente do barco para aproveitar a vista.

    /// Araçatiba

    Durante a travessia do oceano, o pessoal que trabalhava no Flexboat nos indicou o Camping Bem Natural, dizendo que é um dos mais estruturados da ilha.

    Chegamos em Araçatiba e de cara já subimos as muitas escadas que te levam ao Camping Bem Natural. Ao chegar no camping-pousada umas 17:30 o responsável nos pediu uma contribuição de 40 reais pelo camping + uso da cozinha ou 70 reais para camping + uso da cozinha + café-da-manhã (whatafuckkkk?????) que porra de café da manhã é esse mano? 30 reais o trein. Pedimos para abaixar o preço, porque já tínhamos nosso equipamento de cozinha, mas o cara não deu o braço a torcer e acabamos não fazendo negócio.

    Saindo de lá, fomos em direção à próxima praia, Araçatibinha, procurar um lugar para acampar.

    /// Araçatibinha

    Chegamos lá em uns 10 minutos para menos (é bem pertinho mesmo), e a praia só tinha 3 casas. Duas de moradores e a última é uma pousada de luxo (uns 500 reais a diária, pelo que o dono me falou).

    De início já encontramos o Pedro, dono de uma das casas e responsável pelo restaurante do píer, perguntamos se havia a possibilidade de acampar na casa dele. Ele nos ofereceu 30 reais a diária para acampar no quintal da casa dele, mas nos informou que não havia estrutura quase nenhuma de apoio ao turista. Tudo bem, não havia problema para nós dois.

    Ficamos conversando a noite inteira sobre o estilo de vida que a ilha proporciona, dicas de como realizar a travessia e tudo mais.

    Já a área do píer, é bem aconchegante. Lá, ele serve almoço, janta e outras comidinhas e bebidas.

    Já escuro e com a barraca montada, finalmente mergulhamos e nos divertimos. E foi incrível pois mesmo nublado, ainda era possível enxergar o fundo do oceano pela água cristalina.

    Ainda na praia, fizemos amizade com o casal Glauber (brasileiro) e a Sina (alemã) que estavam numa pousada em Araçatiba fazia 2 dias. Eles nos chamaram para uma rodada dupla de caipirinha que tava tendo numa pizzaria ali perto. Correndo para lá porque acabava as 19:00, ficamos a noite inteira nos divertindo, conversando em inglês, espanhol, francês e português e discutindo como aquela ilha é tão mágica.

    No final, valeu a pena a estadia na casa do Pedro e não no camping. Erámos somente eu e a Hali naquele espaço, praia e lugar super aconchegante e simples. Como o tempo estava nublado e garoando, não deu para ver o céu, mas era possível ver as luzes de Angra dos Reis e dos navios cargueiros em uma distância muito longe. Foi espetacular, inesquecível.

    2º Dia – Araçatibinha – Provetá – Aventureiro – Costão do Demo – Praia Sul

    As 9:30, de café já tomado e mochila arrumada, já estávamos prontos para sair. Tinhamos como objetivo chegar na Praia do Aventureiro até o final do dia, mas antes passar um tempo na Praia de Provetá.

    ///Caminho pra Provetá

    Fizemos Araçatibinha – Provetá em 1:40 com as mochilas cargueiras num passo acelerado (já que era nossa primeira trilha da travessia). Normalmente se faz essa trilha em 2:20. Durante o caminho, encontramos a Sina e o Glauber (que conhecemos no dia anterior) indo em direção à Provetá passar o dia. Fizemos esse trajeto juntos.

    A Vila de Provetá é a segunda maior da ilha, logo, um pouco mais estruturada. Sua praia foi uma das melhores que experimentamos, pois, as ondas estavam boas para pegar uns jacarés (uns 1,5 metros de altura) e a corrente de retorno não estava forte.

    Devido à frente fria que tinha chegado na Região Sudeste durante todo Janeiro/2020, tínhamos que ficar mais espertos com o mar. Pois a costa sul da ilha (que havíamos chegado e continuaríamos nos próximos dias) era diretamente aberta ao Oceano Atlântico, isso significa que o mar seria mais agitado e as ondas muito mais altas.

    ///Caminho pra Aventureiro

    Saindo de Provetá, tomamos rumo à Praia do Aventureiro. Para chegar até lá, foi preciso atravessar um morro que a subida é bem cansativa, a pior de toda travessia. Nos dias anteriores, havia chovido muuuito e o caminho estava pura lama. Eu, no mínimo, escorreguei umas 4 vezes caindo direto no chão, já a Hali umas 6 vezes kkkkkk e numa dessas, olha o que aconteceu com a perna desse ser vivo:

    Pensando que iriamos pegar trilha fácil na ilha, nem cogitamos levar botas. Então as escorregadas era bem frequentes pois juntava barro + chuva + tênis de corrida então nossos corpos mudavam de cores todos os dias, rsrs

    Chegamos no Aventureiro as 16:00. A praia estava vazia e o mar bem mexido. Descansamos um pouco e abrimos mão de acampar naquela praia e seguir rumo à Praia Sul pelo Costão do Demo.

    Para quem não sabe, a partir desse ponto, somente é possível continuar a volta na Ilha Grande por duas opções: 1 – atravessar o Costão do Demo e seguir o proibido caminho pela Reserva Biológica da Praia do Sul, que engloba as Praias do Sul e Praia do Leste (foto a seguir) ou, 2 - tomando um barco (muito caro) desde o Aventureiro até a Praia de Parnanioca.

    O Costão do Demo é, simplesmente, uma barreira natural rochosa que separa uma praia da outra (Aventureiro da Praia do Sul) com seus poucos 500 metros. Fazendo jus ao nome, o costão realmente é o de-mô-nio. Se liga no que aconteceu:

    ///Preparação pro demo

    Em alguns relatos que li na internet sobre a volta da Ilha Grande, todos pediam extremo cuidado com o Costão do Demo ao atravessar a pé. Recomendações como “extremamente proibido em dias chuvosos”, “impossível de atravessar com a rocha molhada”, “risco de vida em dias chuvosos” era o que lia sobre o lugar. E como já disse por aqui, o Rio de Janeiro, em janeiro de 2020, enfrentou uma grande frente chuvosa com ventos fortes durante todo mês. Assim, ao chegar na Praia do Aventureiro e ver o mar mais mexido que omelete, era claro que nós tivemos somente uma opção: atravessar o Costão do Demo a pé, pois nenhum barco iria enfrentar o mar naquele estado, para nos levar até a Praia de Parnaioca.

    E, graças ao bom Thor, esse dia não choveu.

    ///1ª Tentativa de atravessar o costão

    Depois de alguns minutos descansando na Praia do Aventureiro e analisar tudo o que escrevi acima, combinamos que eu iria tentar atravessar todo o costão sozinho, sem a mochila, analisar a situação da rocha e voltar.

    Vista aérea do costão. Obs: não possuo a propriedade dessa foto

    Logo quando entrei no costão fiquei admirado, impressionado e quase mijando nas calças com a altura das ondas que batiam na rocha. Juro pelo pateta do nosso presidente que a altura das ondas, batidas no costão, deviam chegar a 30 metros. Era absurdo ver e sentir os respingos. Andando mais uns minutos bem lentamente para não cair no mar e tchau Rodolfo, cheguei num lugar onde não havia possibilidade nenhuma de atravessar. Nesse ponto a água brotava na rocha, mas havia um espaço muito pequeno para apoiar o pé, que não desejei correr o risco.

    Sentei-me lá por perto para analisar a possibilidade de atravessar andando, agachado, sem mochila, tudo quanto era situação e em nenhuma senti segurança para tentar. Imaginei-me caindo no mar e pior, imaginei a Hali caindo no mar! Então meu corpo e perna começaram a vacilar e imaginei sendo processado, preso a vida inteira responsável pela morte dela ou ela acompanhando meu funeral (que doidera). Manooo, eu viajei total nesse momento!!

    Olhava as ondas continuarem a bater no costão a uns 20 metros abaixo e os respingo subindo além de mim. Continuei a pensar em mil e uma situações onde eu ou a Hali caíamos no mar. Me emocionei ali, no meio do nada e voltei para a Praia do Aventureiro decidido em abandonar a trilha. Maior brisa da vida.

    No caminho da volta pra Hali, encontrei um trilheiro solitário chamado Daniel (eu acho que é esse o nome) que estava fazendo a volta da Ilha Grande e num ritmo tão confiante que fiquei com inveja. Ao lhe dizer que eu abandonei a ideia de contornar o costão devido aquele trecho, ele disse que não era problema e decidiu atravessar mesmo assim. Acompanhei para saber como ele iria atravessar e foi tão na boa, tão na paz que me senti motivado a atravessar e passei por aquele pedaço de rocha molhada com sucesso graças ao Daniel.

    Voltei super contente para a Hali por ter superado um dos maiores medos que tive na vida. Um orgulho de mim mesmo, ou foi estupidez?

    Ao chegar na Hali, somente disse que era de boa atravessar o Costão do Demo e não contei nada do que realmente aconteceu, para não a assustar. Contudo, só pedi para ela evitar admirar as ondas gigantes.

    Feito isso, chegamos na Praia Sul sem problema algum, num ritmo moderado, mas seguro. Quando pisei na faixa de terra, uma carga de alívio me acometeu e contei tudo o que passou comigo. A reação dela foi ter pena de mim? Não, ela riu da minha cara kkkkkkk quase joguei ela no mar de raiva kkkkkk

    Mortos de já ter passado por muita coisa nesse dia e de ter andado 18 km com 13kg nas costas, fomos até o final da Praia do Sul e decidimos acampar por lá naquele mar revolto com ondas enormes.

    3º Dia – Praia Sul – Praia Leste – Parnaioca – Dois Rios – Abraão

    ///Praia do Sul

    Com o objetivo de sair da zona proibida antes das 8:00, para não encontrar fiscais, despertamos as 4:30 bem antes do sol nascer.

    O mar querendo dar um beijo na barraca

    Nos arrumamos sem lanchar e botamos as pernas para trabalharem. Atravessamos um pequeno trecho da praia que ainda faltava e chegamos no mangue, que separa a Praia do Sul da Praia do Leste.

    Mesmo em maré alta, foi possível atravessar o mangue com a água no umbigo (tenho 1,80 m). Queríamos ter tido um pouco mais de tempo para aproveitar a água doce, mas não conseguimos.

    ///Praia do Leste

    Depois da Praia do Leste, de areia bem fofinha e branquinha, há uma trilha dentro da mata que leva à Praia de Parnaioca. Nesse trecho, existe um posto de fiscalização que é comum os fiscais chegarem as 8:00 para impedir o trânsito de pessoas. Além disso, ouvimos falar em situações que chegam até a multar quem estava na zona proibida (nosso caso). Passamos por esse posto as 7:30 e não havia ninguém, ufa!

    Nesse mesmo trecho, há um mirante muito bonito:

    ///Praia de Parnaioca

    No começo da Praia de Parnaioca há um rio que deságua no mar com águas calmas e mornas, ótimo lugar para um descanso e contemplação da floresta nativa.

    Esse foi o primeiro dia aberto que pegamos depois de muuuito tempo.

    Infelizmente essa era mais uma praia que estava inacessível ao banho de mar. Conhecemos um universitário, acampado fazia 4 dias ali, que nos contou de uma família que atracaram seu barco na Praia de Parnaioca e desceram para areia buscar mantimentos. O mar virou de um jeito que já fazia 5 dias que não conseguiam voltar com medo das ondas.

    Nessa praia há 3 campings pra lá de alternativos lotado de latinos. Um dos maiores arrependimentos que tivemos nessa viagem foi de não ter ficado por lá 1 dia a mais. A estrutura dos campings é muito boa e só de ter ficado esse tempinho lá, já me senti confortável e em casa. Por mais que o mar não estava pra peixe, só de prosear o dia inteiro com aquela galera já bastava.

    Beirando ainda as 10 horas da manhã e depois de já ter andando por 4 horas no dia, víamos que podíamos render mais e continuamos o caminho em direção à Dois Rios.

    ///Três Rios

    Imagine um caminho longo, mas incrível. Em direção à Dois Rios passamos por uma figueira-branca gigante, pontes centenárias destruídas, diversos corredores de árvores, mirantes alucinantes e muito, muitos animais!

    Ao chegar em Dois Rios, demos um pulo na praia e visitamos o antigo presídio da Ilha Grande, que virou museu. Um lugar obrigatório para visita. Chamado de Instituto Penal Cândido Mendes, esse presídio foi criado na época da monarquia e já abrigou diversas personalidades da história brasileira, como Graciliano Ramos. Lá também foi criado o Falange Vermelha, organização criminosa que depois se tornaria o Comando Vermelho, além de ter sido palco de diversas fugas de prisioneiros.

    ///Caminho para Abraão

    Saímos de Dois Rios as 16:00 e cogitamos em acampar na Praia do Caxadaço. Entretanto, nos foi falado que a faixa de areia nessa praia é muito curta. Assim, decidimos ir para a Vila de Abraão (maior comunidade da ilha, com cerca de 3000 habitantes).

    ///Vila do Abraão – Camping da Rita

    Ao chegar em Abraão, encontramos de início um camping com umas 30 barracas já instaladas por 30 reais. Procurando um lugar sossegado, depois desses dias mega cansativos, buscamos recomendação para um camping mais tranquilo. Nos recomendaram o Camping da Rita, mais afastado do centrão.

    Fomos lá e não nos arrependemos. A dona Rita mora numa casa em um terreno gigante. Tinha somente 8 barracas no local e a cozinha é toda equipada, além de ter 5 banheiros bem limpinhos pelos mesmos 30 reais.

    No camping, ao fazer amizade com uns argentinos e brasileiros, recebemos o conselho de mergulhar na Lagoa Azul. Para ir lá, na nossa situação, só de escuna e custava 70 reais o passeio que durava o dia inteiro. Pegamos indicação da empresa e os horários de saída.

    Por fim, nesse dia caminhamos 28 quilômetros. Começamos as 5:00 da manhã e terminamos as 19:00 da noite.

    4º Dia – Abraão – Lagoa Azul (escuna)

    Saímos as 10:00 do camping para pegar o barco das 10:30 rumo à Lagoa Azul. A embarcação chega lá em 1:00 de viagem, num ritmo bem lentinho, e percorre a parte norte da ilha.

    ///Escuna

    A Lagoa Azul é uma ótima enseada para prática de mergulho. É composto por uma barreira de corais lotada de peixes de todos os tipos, cores e formas. Estimo que a profundidade média é por volta dos 4 metros, lugar incrível.

    Como eu e a Hali temos experiência com mergulho, alugamos uma máscara (10 reais) e aproveitamos o mergulho por toda barreira de coral durante 1:30 na água!!! Nesse momento, morremos de vontade de ter uma câmera impermeável, seria uma maravilha! Esse recife com águas azuis ficará guardado sempre em nossa memória!

    Ah, já ia esquecendo: existe a opção de contratar o passeio com open de caipirinha por 20 reais a mais.

    No caminho de volta para Abraão, a escuna parou em mais 2 enseadas por uns 30 minutos. Durante esse trajeto, passamos perto da mansão do Castor de Andrade (bixeiro e um dos homens mais poderosos do Brasil no séc. passado, dá um google aí na história dele para quem não conhece).

    ///De volta à Abraão

    Era 20 de janeiro e sem saber, estávamos em pleno dia de São Sebastião, padroeiro da paróquia da Vila de Abraão. Para comemorar, a igreja organizou uma noite inteira de barraquinhas de comida, palco com shows caipiras, samba, pagode e MPB.

    5º Dia – Abraão – Praia de Palmas – Praia do Pouso

    Último dia na Ilha e quase sem dinheiro, combinamos de pegar mais leve nas trilhas devido ao cansaço, além do horário da balsa ser as 17:30 para Mangaratiba. Assim, saímos as 8:00 decididos a visitar as praias de Abraãozinho, Palmas e do Pouso.

    Primeira dica que te dou é a seguinte: economize o seu dia de descanso e fôlego e não vá para Abraãozinho. Te digo isso pois não há atrativos nessa praia, a trilha não é cativante e compensa investir seu tempo nas outras praias que vou te escrever.

    Depois de 40 minutos na trilha para a Praia de Abraãozinho, voltamos à bifurcação para a Praia de Palmas. Durante o caminho, fomos inspirados 2 vezes ao passar por grupos de idosos (chuto uns 70 anos) da Itália e da França com um grupo de jovens trilhando o mesmo caminho que o nosso.

    Com 1:30 de caminhada rápida, chegamos no destino. A água da Praia de Palmas é bem quentinha, pouca gente, possui 1 camping e umas 2 lanchonetes (se não me engano).

    Fazendo um lanche bem cedinho, seguimos sentido à Praia do Pouso um pouco mais lento porque a Hali sentiu as bolhas do pé gritarem. O caminho é bem rapidinho, coisa de 15 a 20 minutos já chega por lá.

    Andando calmamente na areia branca, encontramos uma obra de arte, em frente à praia, abandonada ao léu. Perplexos de tanta beleza que havia no local, não parávamos de pensar como aquilo estava abandonado. O que era? Um puta de hotel-fazenda todo de madeira com arquitetura do séc. 19 de frente à praia sem nenhum muro separando.

    Adicionei o vídeo do hotel na aba “vídeos” desse site, confere lá o time-lapse.

    Andando pela parte de fora do hotel-fazenda (pois havia uma placa proibindo a entrada) babávamos cada cantinho daquele lugar. Permanecemos muito tempo naquela praia que nos conquistou. Admirávamos os veleiros ancorados e sonhávamos, sonhávamos...

    ///Em direção à Abraão

    No caminho de volta para casa, as bolhas do pé da Hali ficaram bem piores e quase não conseguia andar. Tirei a xuxinha do meu cabelo e fizemos uma proteção improvisada que ficou melhor do que qualquer BandAid.

    Ao andar de volta para vila e pegar a balsa pro continente, admirávamos o sol indo embora e a nostalgia já tomava conta dos nossos pensamentos. Foram 5 dias repletos de alegria, emoção, cansaço e muito sal no corpo. Um momento para conhecer melhor um ao outro e, mais uma vez, dar valor às pequenas coisas que nos fazem felizes.

    ///Fotitas personales

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    Uma dica super valiosa para quem vai em direção ao Rio de transporte público, é seguir essas dicas:

    Ao tomar a balsa até Mangaratiba, pegue uma van em frente ao cais que te levará até a Rodoviária de Iguaçu por 6 reais. De lá, vai sair um circular em 5 minutos até a Rodoviária do Rio de Janeiro por 9 reais. Pronto, chegou na capital!

    Ao fazer isso, irá te economizar 1 hora de viagem e, em vez de pagar 40 reais para a Viação Costa Verde, você vai gastar somente 15 reais.

    Utilizamos o tracklog do Augusto do Trilhas e Trips:

    https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/volta-completa-de-ilha-grande-rj-1538945

    E do ExploradoresSP

    https://www.wikiloc.com/mountaineering-trails/volta-da-ilha-grande-janeiro-2018-27849690

    Para nos guiar, levamos o celular com Google Earth mesmo, nada de GPS. Todos os caminhos são bem demarcados, nada de mistério :)

    Sobre os custos na Ilha, posso te contar essas médias de preço para Jan/2020:

    . Camping: 30 – 35 reais;

    . PF: mínimo de 20 reais (não precisamos)

    . Supermercado: 50% a mais que o continente;

    . Balsa Angra x Ilha Grande ou Mangaratiba x Ilha Grande: 17 reais

    . FlexBoat Angra x Araçatiba: 50 reais (passa cartão)

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    No mais, é isso aí.

    Saudações

    Rodolfo Gomes
    Rodolfo Gomes

    Publicado em 02/04/2020 21:11

    Realizada de 20/01/2020 até 25/01/2020

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