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Rodrigo Maia Nogueira 11/08/2020 12:39
    Vale do Pati

    Vale do Pati

    10 dias para não pensar em nada, sem contato com o mundo em um lugar mágico ...

    Trekking

    Saímos da vila do Capão (Caeté-Açu) em direção à subida do Bomba, no caminho obviamente paramos para tomar um caldo de cana e comer um pastel de palmito de jaca, iguaria que só se encontra no Capão ...

    Famoso pastel de palmito de jaca

    A subída não é muito longa mas levamos boa parte do dia subindo, estavamos em três, os três com foco na biologia e ecologia do lugar e então cada pedaço, cada detalhe acabava chamando a atenção.

    O campim seco dos Campos Gerais

    Chegando no topo aquele campo enorme de um capim seco, dourado com montanha de um lado, montanhado outro e montanha ao fundo ... e no meio o que parecia ser um pásis, um pequeno fragmento florestal chamado de rancho, para onde seguimos.

    Primeira parada : Rancho

    O Rancho é um verdadeiro oásis, uma pequena mata com uma área no meio onde tem uma casinha de apoio aparentemente abandonada (resa a lenda que era utilizada por caçadores como base de apoio), uma área descampada onde armamos a barraca e um poço enorme de águas escuras e geladas ... fomos os primeiros a chegar nesse dia, ainda no meio da tarde e no final do dia chegou um grupo que estava fazendo o caminho no sentdo inverso, já tinham ido até o Gavião e agora retornavam para o Capão, um grupo formado por turistas argentinos acompanhados de um guia, os turistas tiraram a roupa, pularam naquela água gelada como se estivessem pulando em uma piscina de águas quentes e ficaram um bom tempo ali ... e nós, encasacados do lado de fora nos aquecendo próximos aos fogareiros onde esquentávamos a comida.

    O Poço do Rancho

    Como não podia deixar de ser, acordamos cedo, comemos algo e resolvemos experimentar a água gelada, dai desmontamos o equipamento e seguimos em direção à Igrejinha, que seria nossa próxima parada.

    Após algumas horas de caminhada chegamos à Igrejinha, na verdade parece uma pequena vila familiar com duas ou três casas, uma vendinha, uma igreja (obvio) e uma cozinha comunitáira com alguns fogões à lenha.

    Segunda parada: Igrejinha

    Na Igrejinha não fomos os primeiros a chegar, já tinham pessoas hospedadas por lá, algumas ja a alguns dias e no tempo que passamos lá outraspessoas chegaram e saíram ... não recordo se ficamos dois ou três dias, mas usamos a Igreja como base por uns dias e exploramos as matas e cachoeiras do entorno, pena eu não recordar os nomes de nada ... quase todos os lugares a gente achou por acaso, usando mapas da região e aparelho GPS para não se perder, em raras ocasiões acompanhamos algum grupo com algum guia ...

    Uma das muitas cachoeiras ao redor da Igrejinha

    Na Igrejinha à noite todos se reuniam em uma enorme mesa que tinha na cozinha para fazer sua comida e contar seus causos, era onde encontrávamos os guias, os outros trilheiros e os moradores da Igrejinha.

    Determinadodia decidimos seguir em direção a Dona Raquel, um próximo ponto de parada com vista para o morro do Castelo, andamos por duas ou três horas e chegamospor lá, a vista no caminho é fantástica, os campos gerais ja tinham dado lugar à matas desde a Igrejinha e para chegar a Dona Raquel o caminho era de subida em trolhas contornando morros e víamos a mata lá de cima ...

    Terceira parada : Dona raquel

    Chegando em Dona Raquel aquela recepção que só se ver por lá mesmo, aquele café quentinho da Chapada Daiamantina ... fomos armar as barracas na "televisão", um localno terreno de Dona Raquel com vista privilegiada para o morro do Castelo que a própria Dona Raquel define como televisão já que lá não tem energia elétrica (em nenhum local no vale tem na verdade) e então a diversão dela, segundo ela, era todos os dias ao final da tarde sentar em um banquinho de madeira e admirar as cores dos reflexos do sol se pondo nas paredes do morro do Castelo ... e sim, é um espetáculo esse momento.

    O Morro do Castelo visto da "Televisão" de Dona Raquel

    Ficamos também alguns dias em Dona Raquel mas não conseguimos subir o Castelo por causa do tempo que acabou fechando enquanto estávamos por lá.

    Além de nós tinha um rapaz da nossa idade que estava levando o pai para fazer a trilha e à noite nos reuniamos no forno à lenha para trocar ideias ... após alguns dias nos dividimos, os dois amigos que iniciaram as trilhas comigo decidiram seguir para a Prefeitura e por fim para o Gavião antes de retornar, eu tinha uns compromissos em Salvador então me uni à dupla de pai e filho que faziam o sentido contrário, mas que não voltariam pela Igrejinha e pelo Rancho, mas sim por Guiné, onde eu também não tinha ido ...

    A subida para Guiné saindo de Dona Raquel é tranqula e fizemos quase todo o percurso (9h de caminhada) à beira do precipício vendo o vale ao nosso lado, passando por cima da Igrejinha e das matas por onde passamos antes até chegar a um local chemado Quebra-bunda onde descemos de volta para os Gerais para chegar no Bomba e descer para a vila do Capão.

    Vila do Capão (Caeté-Açú), o começo e o fim da jornada

    1 Comentarios
    Danilo Fonseca 19/09/2023 20:45

    Legal Rodrigo! Parabéns pelos registros!

    Rodrigo Maia Nogueira

    Rodrigo Maia Nogueira

    Salvador - BA

    Rox
    29

    Mergulhador Cientifico, soteropolitano e apaixonado pelo mar desde a primeira vez que experimentou "óculos-de-mergulho" com "tubinho" e "pés-de-pato" em meados da década de 1980.

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