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Ronaldo Morgado Segundo 18/10/2019 18:02
    Cachoeira do Arco Iris - Pelotas

    Cachoeira do Arco Iris - Pelotas

    Volta a Cachoeira do Arco Iris depois de 26 anos

    Cachoeira Longa Distância Trekking

    Em 1992 participei de uma atividade escoteira nesta cachoeira. Era uma Distrital Sênior(mais tarde relatarei a atividade), onde todos os grupos que fazem parte de um Distrito, em 1992 era Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Chui e São José do Norte, onde são feitas atividades de competição entre as patrulhas dos grupos escoteiros.

    Fiquei 26 anos sem retornar a esta cachoeira, não sei explicar o porque, já que é relativamente próxima da minha cidade. Mesmo assim é complicado chegar até lá. São muitas encruzilhadas sem identificações que podem fazer com que se perca com facilidade.

    Pegamos o ônibus para Pelotas as 7 da manhã e quando chegamos em Pelotas, descobrimos da pior maneira que o site da linha de ônibus tinha os horários errados! Tivemos que esperar mais de uma hora até o próximo ônibus. O tempo não estava muito bom, e é com o tipo de iluminação que a Rosana não gosta de fotografar. Bom para mim, que ao contrário dela, prefiro os dias nublados por não ter sombras nas fotos.

    Decidimos que iríamos até a Casa Gruppelli, que engloba um restaurante, um museu, uma pousada e um bolicho(aqueles bares de beira de estrada). Posso dizer que o pão recheado com salame é simplesmente maravilhoso! Almoçamos por lá e conseguimos carona até a Cacheira do Arco Iris, que é muito longe do Gruppelli e não passa ônibus por lá. Diga-se de passagem, o Gruppelli também é o ponto final e de partida do ônibus que liga a colônia com Pelotas.

    Antes de saírmos, passamos pelo museu do Gruppelli e observamos alguns objetos encontrados por lá.

    Depois que saímos do Gruppelli, ao chegarmos na cachoeira, nos encontramos com alguns fotógrafos do Rio Grande que também estavam por lá. Batemos um papo e fomos fazer nossas fotos. Eu tinha acabado de comprar um filtro para a minha Nikon e estava louco para colocá-lo a prova. Eu não tenho um estilo definido de fotografia, mas natureza não é um dos meus preferidos. Mesmo assim, neste dia fiz muitas fotos, principalmente de cogumelos menores do que uma unha! Nas fotos parecem grandes, mas eram minúsculos. Depois de fotografarmos, já no ônibus de volta, é que nos demos conta de que deveríamos ter colocado, pelo menos em uma foto, nosso dedo para mostrar isso. Eu participo de concursos fotográficos, e uma das fotos destes cogumelos é uma das mais premiadas.

    Esta é a foto escolhida para os concursos e já acumula 52 prêmios internacionais:

    Nos afastamos dos fotógrafos da nossa cidade e seguimos com nossas caminhadas pela mata, por trilhas que passavam por baixo de predras, caminhos quase fechados pela natureza, e por último relembrei o trajeto que levava até a parte superior da cachoeira. Estava isolado devido ao risco de cair na corredeira e...bom, sabem o resultado! Pedi para a dona do local se eu poderia subir, pois já havia estado lá e feito rapel na cachoeira. A dona permitiu, por minha própria conta e risco. Tentei subir, mas a trilha já estava a muito fechada e também escorregadia. Enquanto eu fazia minhas travessuras, a Rosana fazia as fotos dela. Quando fotografamos juntos, a palavra juntos é meio estendida, porque estamos juntos no mesmo lugar, mas raramente juntos literalmente. Num dos momentos em que estávamos juntos, fomos fotografados por uma colega.

    Esta foto foi feita após eu descer a trilha até o topo da cachoeira e ter colocado a câmera no tripé para fotografar a cachoeira com o meu tanto esperado filtro ND. Mas antes disso, tem que tirar a clássica foto de quem segura o paredão!!!!

    No caminho para a cachoeira, com minha lente de 300mm, consegui fotografar um pássaro muito bonito. Não conheço pássaros, mas me parece que este é da família dos faisões. Aí deixo para os entendidos.

    Fui fotografar a cachoeira, preparei todo o equipamento, e o tão esperado filtro fez o seu trabalho! Consegui um "veu de noiva"!!! Dei a volta, pulando de pedra em pedra, e fotografei do outro lado e consegui novamente! Bom...não é exatamente o mesmo das fotos que vejo nos concursos, mas é o que a natureza da minha região me permite!

    Desci a corredeira e cheguei ao antigo moinho. A roda já não existe mais, mas toda a estrutura de sustentação dela está lá, intácta, assim como o desvio da corredeira para que desse mais força para rodar o moinho. Acredito que ele tinha duas funções, moagem e geração de energia.

    Bom...este local trás lembranças, porque desci essa corredeira toda escorregando com a minha Zenith 12XP na mão, rezando para que ela não molhasse ou estragasse o negativo. Cheguei ao fim da corredeira, numa parede de pedra, com a minha câmera inteira e tirei uma foto do local(que colocarei no registro da atividade escoteira). Guardei minha antiga câmera e não a usei mais! Mas neste dia, eu tinha que posar para a foto no local onde caí, pela primeira e única vez, em uma corredeira!

    Voltamos para o Gruppelli a pé, nos ensinaram uma rota que não tinha como nos perdermos e que tinha 7,5Km do local onde estávamos, era só seguir o rio, que se chama Arroio Quilombo. Chegamos rapidamente, em torno de uma hora de caminhada, porque era só descida de ladeira, a tempo de comermos alguma coisa no Gruppelli, comprarmos salame e pão para trazermos e pegarmos o ônibus para Pelotas, e depois para Rio Grande.
    Sempre Alerta!

    4 Comentários
    Jhon Amaral 31/10/2019 12:48

    Lindas fotos, parabéns !

    Ronaldo Morgado Segundo 31/10/2019 16:39

    Obrigado Jhon

    Samuel Oscar 07/11/2019 20:29

    Lindo Relato, lindas fotos... Vida Longa

    Ronaldo Morgado Segundo 07/11/2019 21:16

    Muito obrigado Samuel!!!

    Ronaldo Morgado Segundo

    Ronaldo Morgado Segundo

    Rio Grande

    Rox
    209

    Formado em eletrônica, informática e história, escoteiro desde 1979, grande entusiasta de aventuras e fotógrafo.

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