Caraíva - Praia do Espelho - Bahia

Este é meu primeiro relato e peço permissão para me apresentar.

Meu nome é Suelen Nishimuta e atualmente tenho 32 anos.

Dentre algumas paixões na vida, tenho as viagens e aventuras. Mas antes dela, vem o Método DeRose, que explica um pouco quais são as minhas bases e o que trarei em meus relatos. Trata-se de uma escola filosófica com técnicas e conceitos que ensejam um estilo de vida saudável e com bons relacionamentos.

Porque estou dizendo isto? Porque além de lindas paisagens e locais desafiadores, irão ver algumas técnicas corporais e muitos amigos que faço por onde ando...

Ps: Levo todos pra vida! rs...

Bem... vamos ao que interessa!

Caraíva fica ao Sul de Porto Seguro (aeroporto mais próximo) e para chegar lá é preciso pegar a balsa de Porto Seguro até Arraial D'Ájuda e um ônibus. São aproximadamente 3 horas de viagem de ônibus (antigo). Sim! Aqueles que não utilizam ar condicionado e têm as janelas empoeiradas, mas que trazem o vento e as paisagens da Bahia.

E, claro, sempre uma ótima oportunidade para fazer novas amizades ou estreitar as que já fez pelo caminho! Sorte a nossa!

Da esquerda para a direita temos a Ri, o Édis, eu, Túlio e a moça de costas é a Larissa.

Ri eu conheci em um Couchsurfing, o Édis no (melhor) Hostel em Trancoso, o Túlio no Casamento da prima dele e minha amiga querida (Monique) e a Larissa, aí neste ônibus.

Chegamos à Caraíva já no final da tarde, contribuimos com uma taxa ambiental para a preservação da aldeia indígena da região e também com o barqueiro.

Lá nos hospedamos num hostel.Um péssimo negócio custo x benefício, mas que proporcionou uma das estórias mais lindas da vida! Em um determinado momento farei um parênteses para contar.

Quem conhece Caraíva sabe que é muito difícil deixá-la, principalmente em noites de banho de lua cheia, boa companhia, comidinha gostosas e forró pé de serra que conquista até os roqueiros mais convictos! rs... Então dois dias depois e algumas amizades a mais, convenci uma argentina e dois catalãos a me acompanhar!

Saímos às 6 horas da manhã, pagamos o barco para nos atravessar (e nem precisava, pois a maré estava baixa!) e andamos por volta de uma hora na faixa de areia e o sol escaldante até que avistamos um rio e algumas caiçaras lavando roupas. Continuamos.

Andamos mais 20 minutos e encontramos um quiosque, que não estava em funcionamento. Uma pena, pois estava ansiosa por um côco gelado. Bem... ali eu já estava usando o meu "portunhol" para explicar aos companheiros da trilha o que significa perrengue e o motivo pelo qual ele torna toda trilha especial... rs...

Leve bastante água e protetor solar!

Mais alguns minutos e constatamos que a faixa de areia já não existiria em alguns quilômetros e que teríamos que subir as falésias.

Decidimos tomar um banho de mar para comemorar! o/

Levou um pouco mais de 50 minutos para subirmos e descermos as falésias e logo chegarmos na Praia do Espelho.

Praia lindíssima, com água de cor azul e com muitos corais.

Vale cada minuto da travessia.

Lembre-se de levar dinheiro, pois há quiosques para tomar um açaí ou almoçar.

E para voltar para Caraíva ou voltar à Arraial D'Ájuda, é preciso pegar o ônibus dos trabalhadores no fim da tarde na estrada (peça informações aos caiçaras!) e pedir para descer no Condomínio. Lá fica o ponto de ônibus que passam as linhas para Caraíva e Arraial.

E, se você acha que esqueci da estória, ledo engano!

Mochilar/Trilhar é conhecer pessoas e o que as trouxeram naquele lugar. É se emocionar. É deixar todas as crenças e preconceitos em casa e sair de coração aberto!

Nesta viagem, conheci Edu e Palomito.

Quando Palomito tinha seus 10 anos, Edu, seu tio, veio ao Brasil e ao retornar levou um côco verde e colocou na geladeira. Quando o côco estava bem gelado, serviu ao Palomito e contou-lhe todas as histórias sobre um país maravilhoso que tinha descoberto. E que no Brasil, as pessoas iam às praias e tomavam água de côco gelada, quase como um ritual.

Maravilhado, Palomito pediu-lhe para que o levasse para conhecer o Brasil, a Bahia. Foi então que todos os anos o pedido de aniversário se mantinha. Palomito, como ainda era menor de idade, não poderia vir ao Brasil.

Após a maioridade (já com 20 anos!), continuou insistindo nos pedidos de aniversário. E esta viagem, era justamente a viagem em que Palomito estava conhecendo o Brasil e, pela primeira vez, bebeu a sua primeira água de côco à beira mar. <3