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Tiago Borges 20/02/2017 15:16
    Serra Fina com Meu Pai

    Serra Fina com Meu Pai

    Uma das travessias mais famosas do Brasil realizada com meu pai

    Trekking Montanhismo Acampamento

    Fizemos essa travessia no feriado de corpus christi, nos dias 4,5,6 e 7 de junho de 2015. Já fazia muito tempo que eu queria fazer ela, mas sempre acontecia alguma coisa que atrapalhava. Dessa vez nada deu errado e quem me acompanhou foi meu pai.

    Saímos de Taubaté as 00:55h da quinta-feira com destino a Passa Quatro, onde chegamos por volta das 03:00h e ficamos esperando a Gisely do blog “A Montanhista”, o Rafael do blog “Seu Mochilão”, o keisuke do blog “Outdoor” e um grupo de amigos deles, haviamos combinado de rachar o transporte de ida e depois na volta.

    Chegamos por volta das 05:00h e o pessoal já começou a se preparar para iniciar a subida. Como essa seria nossa primeira vez na Serra Fina, preferimos ficar esperando o sol nascer para não perder nenhum detalhe da travessia. O pessoal subiu e nós ficamos esperando até as 07:00h para iniciar.

    Essa travessia tem poucos pontos de água, então você terá que carregar água suficiente para beber durante o dia, fazer a comida e beber um pouco mais no dia seguinte até chegar no próximo ponto d’agua. Se você não estiver com a mochila carregada, no primeiro dia as duas únicas opções são o rio em frente a toca do lobo ou uma queda d’agua antes da subida do Quartzito(que é uma baita descida na lateral direita da trilha). Como eu estava carregando a barraca e a grande maioria da comida, meu pai carregou a mochila com quase 4 litros de água e eu com 2 litros de água e peguei mais 1 litro para fazer um isotônico.

    Bom, passando a toca do lobo, basta atravessar o rio a direita e ai meu amigo, é para o alto e avante mesmo, a partir desse momento se prepare para subir por horas e horas até o alto do Capim Amarelo. Logo nos primeiros minutos de subida a vista já fica incrível, para todos os lados existem belas paisagens a serem apreciadas.

    Chegando ao topo do Quartzito já é possível avistar toda a crista do Capim Amarelo até o seu cume, acho que essa é a foto mais famosa da Serra Fina, o estreito caminho por toda a crista da serra.

    O Cume do Quartzito esta a 2.020m de altitude e dele partimos para o cume do Capim Amarelo que esta a 2.491m de altitude. Nesse trecho não tem como se perder, basta seguir a trilha pela crista e próximo ao cume, começa um trecho bem ingrime, com bastante barro e bastante escalaminhada, alguns trechos contando inclusive com cordas para apoio na subida(não confio muito nessas cordas, mas estão lá para quem quiser usar). Durante essa subida é possível observar de longe o Pico do Marins e o Pico do Itaguaré onde fizemos a travessia em abril.

    O tempo estava todo aberto, lindo de se ver, quando chegamos no cume do Capim Amarelo, adivinhem só? Subiu um monte de neblina, não conseguimos ver nada lá de cima.

    A montanha estava abarrotada de gente, chegamos no cume por volta das 14:00h e não havia mais nenhum lugar para acampar por ali. Ficamos um tempo descansando e trocando ideia com o pessoal que já estava lá sentado e decidimos partir em direção ao Maracanã que fica mais ou menos a 2h de caminhada dali. A saída do Capim Amarelo é o único ponto do primeiro dia que pode gerar duvida de navegação, existem algumas trilhas seguindo reto que não levam a lugar nenhum, você precisa pegar a trilha pela direita. A descida é por uma trilha com bastante árvores e bambus, você ainda vai ouvir falar muito desses bambus que agarram em tudo e dificultam a locomoção em diversos pontos da trilha.

    No vale entre o Capim Amarelo e o Maracanã existe um ponto de acampamento que o pessoal chama de avançado, fica no meio de um bambuzal, quando passamos por ali já haviam muitas pessoas acampadas, passamos e iniciamos a ultima subida(eu disse que subida era a palavra que ia se repetir toda hora) até o maracanã. Desse acampamento até o maracanã leva no máximo mais 20 minutos. Bom como eu disse a montanha estava muito cheia, então se você perceber que muita gente já passou na sua frente sentido Maracanã, considere dormir no acampamento avançado no meio do bambuzal mesmo. Nós conseguimos um lugar no Maracanã bem inclinado, era deitar e escorregar até a porta da barraca rsrs

    Lá no Maracanã encontramos a Thais Cavicchioli Dias, que já fez a trilha do Pico do Corcovado em Ubatuba/SP conosco e na foto abaixo da para ter uma noção de como estava cheio o acampamento.

    Como não tínhamos dormido muito bem no ônibus sentido Passa Quatro e já iniciamos a trilha, estávamos com muito sono, então montamos a barraca, fizemos comida e já entramos para dormir, seria uma noite fria e não muito confortável naquela posição inclinada.

    No dia seguinte acordamos um pouco mais tarde do que estamos acostumados durante as trilhas. Preparamos uma sopa, desmontamos tudo e saímos por volta das 08:15h em direção a Pedra da Mina.

    Uma dica aqui, existe um ponto chamado Dourado logo depois do acampamento do Maracanã com água, cerca ai de 20 minutos de caminhada, o caminho para chegar nesse ponto é passar o acampamento em direção a Pedra da Mina, em determinado ponto a trilha irá se dividir em uma que sobe a Serra e uma que desce, pegando essa que desce você vai encontrar água, só não sei se tem água o ano inteiro. Esse ponto esta inclusive no mapa que fica lá no começo da trilha.

    Voltando do Dourado e pegando a trilha da direita subindo, começa a jornada de sobe e desce novamente. Mesmo saindo um pouco tarde, o tempo estava frio e a neblina ainda cobria todo o vale, formando belas paisagens.

    A caminhada do segundo dia é cansativa também devido ao grande sobe e desce, porém, é bem mais leve que o primeiro dia. Achei o segundo dia bem parecido com a travessia Marins x Itaguaré com aquele monte de sobe e desce próximo a pedra redonda. Com relação a navegação é bem tranquilo, preste atenção nos totens e não tem erro, você vai seguir sempre pela crista da serra, existem algumas trilhas algumas vezes até melhor do que as que vão em direção a crista, porém, estão descendo, não caia na cilada de seguir por ela, pegamos uma por engano e andamos um pouquinho errado.

    Durante o caminho, olhando para traz da para entender porque o primeiro dia é tão pesado.

    Após quase 4 horas de caminhada, nossa água já estava acabando e chegamos no Rio Vermelho. Nesse ponto você já consegue ver a Pedra da Mina e algumas pessoas nos falaram para não pegar dessa água porque ela era ruim, esse ponto fica fora da trilha, ao lado direito, você vai ver a cachoeira vermelha enquanto estiver descendo em direção ao vale onde ela esta, então não tem erro para achar. Esse não é o ultimo ponto de água, passando a entrada para esse rio e seguindo a trilha normal, cerca de 25 minutos a trilha vai cortar o rio, então você pode pegar água nesse lugar também.

    Nós preferirmos ir na cachoeira vermelha e fazer almoço, como iriamos colocar clorin e ferver a água, estávamos tranquilo.

    Enquanto a comida ficava pronta, sai para bater umas fotos, dali é possível avistar a subida do Capim Amarelo e atras dela o Marins e o Itaguaré, uma linda visão.

    Almoço feito, bem alimentados, partimos mais ou menos as 14:30h em direção a Pedra da Mina. Independente de você pegar água nesse ponto fora da trilha ou no outro ponto mais para frente que corta a trilha, não precisa carregar muito a mochila, na descida da Pedra da Mina, no Vale do Ruah tem água novamente, então se você for acampar na Pedra da Mina leve água para a subida e para a comida, se for acampar no Vale do Ruah leve água apenas para mais 3 horas de caminhada.

    A subida para a Pedra da Mina não é tão inclinada, é uma subida mais longa e cheia de falsos cumes, olhando de baixo parece que chegou mas ainda não era o cume, mas é uma subida sem erro, siga os totens e toca pra cima.

    Quando estávamos quase no cume da Pedra da Mina, adivinhem o que aconteceu de novo? neblina, muita neblina e ventos gelados. Chegamos no cume pouco depois das 16:00h já com visibilidade reduzida e quando olhamos em volta não havia espaço para a barraca, deixamos as mochilas e começamos a procurar um lugar para acampar e achamos a uns 50 metros de onde fica o livro um ponto um pouquinho abaixo onde cabia exatamente nossa barraca, corremos para garantir o lugar e montamos a barraca sobre o capim, ficou muito confortável, pensei até que essa seria nossa melhor noite de sono. Como o tempo estava todo fechado, não deu para ver o por do sol e então decidimos ficar dentro da barraca. Mais ou menos umas 19:00h começamos a ouvir uma galera que estava acampada próximo da gente gritar que o céu abriu. Saímos da barraca e o céu abria e fechava a todo momento, porém, quando ele abria, o céu estrelado estava animal. Minhas fotos ficaram muito zoadas rsrsrs

    O Vento estava muito forte, o frio demais, estava balançando tudo o tripé da câmera e congelando minhas mãos(com a luva eu não conseguia mexer na câmera), resolvemos voltar para a barraca e dormir e mesmo depois a galera gritando que a lua apareceu, não deu coragem de sair do quentinho.

    Quando deu 02:00h eu acordei com meu pé congelando, muito, mas muito frio, o vento balançando toda a barraca e um pessoal que estava ali perto gritando que o vento quebrou a barraca deles, se decidir acampar no cume, escolha um saco de dormir que realmente aguente a temperatura do cume e uma barraca que aguente o vento rsrs

    Tentamos dormir e pela manhã nada havia mudado, estava muito frio e tudo fechado, já sabíamos que teríamos dificuldade para descer até o Vale do Ruah sem enxergar nada, o vento estava tão forte que estava difícil ficar parado.

    Desmontamos tudo e encontramos um grupo que estava vendo se descia ou não para o Ruah, logo em seguida chegou mais um grupo grande, juntamos todo mundo e começamos a descer em direção ao Vale do Ruah sem enxergar quase nada e logo no começo da descida foi “colocado em votação”, voltar e abortar a travessia pela descida do Paiolinho ou continuar a travessia naquelas condições mesmo. Bom todos optaram em continuar, para quem chegou até ali, desistir ia ser frustante.

    Conforme a altitude ia baixando, o vento forte ia diminuindo também e em 30 minutos chegamos no famoso Vale do Ruah, ele também estava com bastante neblina e pensei, “se todo mundo pediu para eu tomar cuidado ali com tempo bom, imagine com tempo ruim”. Fomos nos orientando pelo GPS e não teve erro, não erramos o caminho nenhuma vez ali.

    Achamos o Rio Verde que seria nosso último ponto de água até o fim da travessia no dia seguinte, teríamos que ter água para andar o dia inteiro, fazer comida e andar o dia seguinte até chegar em uma mina d’agua já praticamente no fim, porém, não queríamos mais carregar tanto peso, então fiz um acordo com meu pai de racionalizar água e assim pegar menos (Péssima escolha).

    Eu fiquei 1,25l de água na mochila e mais 1l que fiz um isotônico e meu pai ficou com 2,5l na mochila dele, dessa forma teríamos 3,75l de água para praticamente 2 dias e 1l de isotônico para tomar durante a subida do Pico dos Três Estados, até então estava tudo sob controle.

    Para continuar a travessia, basta seguir o rio pela trilha do lado direito dele por mais ou menos 20 minutos e ai a trilha começa a subir para a direita, é um subidinha um pouco ruim devido ao capim muito alto, nesse ponto não tem totens mas você vai encontrar umas fitas vermelhas presas em alguns galhos, só segui-las e continuar subindo. No fim dessa subida existe uma pequena clareira para descansar, depois dali será uma sequencia de sobe e desce pela crista da serra em direção ao pico Cupim de Boi, logo que você sai dessa clareira e começa a descer, fique esperto na bifurcação da trilha, existe um ponto a mais ou menos 5 minutos da clareira onde a trilha se divide em uma que desce uma que sobe a direita, você tem que seguir essa a direita.

    Depois disso não tem segredo, só seguir a trilha. A paisagem desse trecho é muito bonita, ela passa varias vezes por dentro de pequenos pedaços de mata, com muito musgo nas raízes, fica um cenário muito bonito mesmo e em alguns trechos você já vai começar a perceber o quanto o bambu atrapalha no deslocamento, principalmente se sua mochila for muito alta ou se estiver com coisas penduradas.

    A parte final desse trecho até o Cupim de Boi é literalmente na crista da serra, em trechos bem finos mesmo onde você vai subindo pelas pedras, pegamos um vento e uma neblina legal nesse ponto, tome cuidado andando nessa crista. Chegando perto do Pico, ao seu lado direito é possível avistar a represa do funil e a Serra da Bocaina, vale a pena umas fotos ali.

    Bom aproximadamente 1:40h depois de muito sobe e desce, chegamos no Cupim de Boi e como de costume, fechou o tempo, subiu uma neblina forte e muito vento. Nesse trecho temos que descer a esquerda passando por um vale onde existe um ponto grande de camping no meio do bambuzal. Paramos um pouco para ver se a neblina passava mas não adiantou, descemos as pedras com pouca visibilidade mesmo, o caminho é só de pedra, um pouco ingrime, mas basta seguir os totens e em 5 minutos já esta no vale.

    Chegando no bambuzal considere montar acampamento se muitas pessoas tiverem passado por você em direção ao Pico dos Três Estados ou se estiver muito cansado, o caminho em frente é bem cansativo.

    Nós achamos esse trecho final entre o Cupim do Boi e o Pico dos Três Estados o mais difícil do dia inteiro, existem muitos trechos de escalaminhadas e algumas bem ingrimes, não é nada muito alto, mas tome bastante cuidado nesse trecho.

    Após passar as escalaminhas, o Pico dos Três Estados estará a sua frente, será necessário descer um pouquinho até um vale e ai começar a subir. Paramos um pouco para descansar e meu pai perguntou quanto tempo eu achava que faltava até o cume, olhei para o caminho e achei que daríamos a volta pelo lado esquerdo dele, subindo pela longa crista e então chutei mais 1:30h de subida. Engano meu, quando começamos o caminho seguindo o GPS, o caminho é subindo o cume em linha reta mesmo, com muitos, muitos trechos de escalaminhada e muito, muito barro. Minha previsão de 1:30h na verdade durou 20 minutos e alcançamos o cume.

    Como já era de se esperar, o cume estava abarrotado de gente, ali pensamos em continuar sentido ao Alto Ivos, mas como estávamos cansados e queríamos tentar pegar o nascer do sol, começamos a procurar um lugar para a barraca. Estava tudo muito lotado mesmo e achamos um pequeno espaço logo ao lado da marcação de ferro que divide os três estados (primeiro pensamento era, se começar a chover a gente joga isso para longe, não queríamos um para-raio ao lado da barraca rsrs). O lugar era extremamente horrível, haviam duas pedras enormes na ponta e no meio da barraca, mas era o único, então montamos tudo ali mesmo.

    Bom com relação a água, eu bebi pouco e ainda tinha 700ml de água, nada de isotônico e meu pai tinha ai pouco mais de 2,5l de água. Pegamos 600ml de água para fazer comida, fizemos uma mistureba de sopão com o arroz liofilizado e aquela sopa Vono para engrossar o caldo, ficou muito bom, deu um belo jantar. Como estava frio e o tempo fechado, decidimos comer e ir dormir, isso por volta das 18:00h, olhamos o estoque de água e concordamos que com quase 2,7l de água estaríamos tranquilos para o dia seguinte.

    A noite foi horrível, deixei meu pai no canto da barraca e fiquei no meio, junto com as pedras, nenhuma posição ficava boa e toda hora eu batia a cabeça ou o braço na pedra, mas tudo bem, era a última noite mesmo.

    Pela manhã começamos a ouvir o pessoal falar em volta que o tempo estava aberto, o que nos animou, teríamos o nascer do sol que não tivemos nos dias anteriores. Sai da barraca e estava muito frio, peguei a câmera e fiquei ali no marco de metal para pegar o nascer do sol.

    Bom a palavra para descrever esse nascer do sol é “espetacular”, o sol começa a clarear tudo por detrás do Pico das Agulhas Negras antes de aparecer, deixando aquele céu com vários tons de cores e aquele mar de nuvens abaixo do Pico.

    E logo depois começa a aparecer por detrás das montanhas, uma visão dessa, vale sem duvida a noite mal dormida e todas as subidas e descidas da travessia.

    Batemos mais algumas fotos e ai era hora de desmontar acampamento para ir embora. Quando começo a montar minha mochila e pego minha água qual minha surpresa? Não tinha mais água, meu pai bebeu praticamente os meus 700ml de água durante a noite kkkk ficamos apenas com 2l de água para o dia inteiro.

    Como tudo desmontado era hora da última foto e ai começar a descida, na minha cabeça o último dia seria só descida, varias pessoas me falaram que era um dia chato, com muita descida, então fui preparado para descer o dia inteiro…quanta inocência rsrs

    Antes de começar a descer, consegui com a Thais que também estava acampada no cume, mais 500ml de água e fiz um isotônico para ajudar na hidratação da descida. A descida fica do lado esquerdo do pico, é uma descida um pouco técnica mas sem erros de navegação, basta seguir os totens. Durante a descida fomos encontrando gente pelo caminho que não encontrou lugar no cume dos Três Estados e foi acampando por onde deu mais para frente.

    Durante a descida também existem paisagens incríveis, paramos varias vezes para bater fotos.

    Depois de descer bastante qual foi nossa surpresa? Ainda tinha que subir bastante, para depois descer tudo de novo rsrs

    A subida do Pico do Bandeirante é andando na lateral dele pela rocha, com trilhas bem estreitas e vários pontos de escalaminhada. Depois do Pico do Bandeirante, começa uma bela descida ingrime em direção ao Pico Alto dos Ivos, entre esses dois picos existem alguns pontos de camping e um ponto grande no meio do bambuzal antes da subida do Ivos. O caminho do Bandeirante até o Ivos leva mais ou menos 1:20h e a subida do Ivos é de matar, ainda mais porque na nossa cabeça não teríamos que subir mais, o corpo não queria mais subir.

    No cume do Ivos é um belo ponto para descansar(todo mundo parava lá), desse ponto em diante a quantidade de subida grande diminui, passando o Ivos basta manter o Picu(um pico com forma peculiar de Itamonte) a sua esquerda e começar a descer. Esse caminho não tem erro, mas parece que não acaba nunca, é uma infinidade de caminhos por entre os bambus, nada parecido com os dias anteriores, é muito bambu mesmo, prende em tudo que você possa imaginar. Algumas subidas no caminho e próximo do fim a trilha é por dentro de uma mata com caminho praticamente plano. Depois do Ivos, mais ou menos 3:00h de caminhada e chegamos em uma bica d’agua e não é que chegamos lá ainda com água na mochila rs.

    Essa bica d’agua fica a direita da trilha, não tem como não ver, porém, não é o último ponto de água até o ponto de resgate, se esse ponto estiver muito cheio, continue caminhando mais uns 10 minutos até a fazenda Engenho da Serra, passe a entrada da fazenda e pegue a estrada de terra(uma estrada que parece infinita), logo na primeira curva, do lado direito existe outro ponto de água.

    Continue descendo a estrada por mais uns 15 minutos até chegar na rodovia onde é feito o resgate. Chegar no ponto de resgate é uma alegria imensa por ter concluído essa travessia linda e cansativa. Saímos do Pico dos Três Estados por volta das 08:00h e chegamos no ponto de resgate por volta das 14:00h.

    Quando chegamos no ponto de resgate tivemos um puta surpresa desagradavel, o pessoal que combinamos a ida e a volta juntos já tinha entrado na van e ido embora, isso porque o combinado era estar lá antes das 15:00h, eu nunca largaria ninguém para tras, mas fazer o que. já havia bastante gente esperando o resgate e cada vez chegava mais. Conforme fomos conversando, das 34 pessoas que estavam esperando, apenas 5 tinham outra forma de ir embora que não fosse o resgate do Edinho, justamente o cara que nos levou até o começo da trilha e que já tínhamos pago para fazer nosso resgate. Ele combinou com praticamente todos que estavam fazendo a travessia sem guia e praticamente no mesmo horário, resultado foi muita gente esperando e reclamando.

    Após quase 2:00h esperando chegou o Manoel, que estava prestando serviço para o Edinho com um Kombi e ele estava junto com o Edinho quando ele nos levou até a entrada da trilha, como já tínhamos pago o trajeto de volta, fomos conversar com o Manoel e um grupo de 6 pessoas de São Paulo também foi conversar para acertar uma viagem direto para Cruzeiro/SP ao invés de voltar para Passa Quatro/MG. Depois de algumas negociações, conseguimos fechar com o Manoel a kombi com 8 pessoas (meu pai, os caras de São Paulo e eu) para nos levar direto para Cruzeiro/SP. O Manoel foi super gente boa, recomendo a contratação dele para levar até a trilha e fazer o resgate, no caminho até Cruzeiro ele ainda parou em um restaurante na estrada para comermos alguma coisa antes de encarar o ônibus de volta para casa.

    Um grande desafio vencido e novas amizades feitas na montanha

    Tiago Borges
    Tiago Borges

    Publicado em 20/02/2017 15:16

    Realizada de 04/06/2015 até 07/06/2015

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