Travessia Petrópolis x Teresópolis
A mais clássica, a mais bonita, sem dúvida.
Depois de alguns anos sonhando com essa travessia, vi a possibilidade de finalmente realiza-la.
Travessia Petropolis x Teresopolis que, para muitos é considerada a mais bonita do país e eu concordo.
Férias programada, agora era encontar um grupo que estivesse fazendo a travessia na mesma data.
Encontrei um rapaz do Rio, estava com evento aberto para o feriado do dia 21/04, 3 dias de travessia. Passagem comprada e tudo acertado. Até que duas semanas antes da data o guia informa que ao comprar os ingressos os mesmos estavam esgotados para a data solicitada, solução era alterar o dia e concluir a travessia na segunda, como era dia útil, o grupo foi reduzido a 7 pessoas, não tão ruim para mim que só tive o trabalho de conseguir hospedagem em Petrópolis e trocar a passagem de volta para São Paulo, em troca, pegamos a travessia vázia, sem trânsito de pessoas.
Fomos os primeiros a chegar no parque na manhã de sábado, junto com um casal e um grupo de corredores de montanha e começamos o primeiro dia de travessia.
Após experiências anteriores e vários perrengues você aprendi a organizar a cargueira e levar só o necessário, acredito que subi com cerca de 10kg na cargueira(incluindo a água), bem leve o que ajudou muito na subida, principalmente por causa da bronquite que eu sabia que já iria ter dificuldades por isso.
O primeiro dia é só subida e logo no começo se percebe que não será facil.
Um pouco depois do início da caminhada se chega na entrada da trilha que dá acesso a cachoeira Véu da Noiva, nos dividimos em dois grupos, um foi até a cachoeira e o outro ficou olhando as mochilas, depois invertemos. A cachoeira é linda e tem um ar um pouco místico. Só acho que ela poderia estar no final da trilha, animaria tomar um banho e não no começo de uma manhã gelada rsrs. Após algumas fotos voltamos para a travessia e prosseguimos.
Algumas paradas para respirar, lanche e reposição de água no Ajax e continuamos até chegar na Isabeloca. Subida cansativa mas, não difícil, tem até degraus na terra e alguns trechos de escadas de madeiras, aqui você já começa a se sentir deslumbrado, a paisagem é linda e as pausas para respirar são só uma desculpa para apreciar a vista rsrs.
Avistamos o Castelo do Açu por volta das 14:00, montamos barraca e os mais corajosos foram tomar banho gelado(estava entre eles rsrs). Fomos ver o pôr-do-sol na cruz do Açu, jantar e dormir para ver o nascer do sol no dia seguin
Acordei passando mal e preferi ficar na barraca(minha tristeza, não consegui acompanhar nenhum nascer do sol)
Economizar energia, levantar acampamento e partir para o segundo de travessia.
A ansiedade era de chegar logo no Elevador, parte da travessia que dá um friozinho na barriga, principalmente por ter que equilibrar o peso da cargueira junto com a subida íngreme, são degraus que não acabam.
O segundo dia é mais equilibrado, com subidas, descidas e trechos retos. O desafio final é a chegada na Pedra do Sino, a passagem pelo temível Cavalinho, para mim foi tranquila, subi e passei sem corda com a ajuda dos meninos, a dificuldade que senti foi antes de chegar nele e depois, trechos de escalada que com a cargueira são complicados e para piorar, o mal estar da manhã piorou ao longo dia, chegamos ao Sino no início do por-do-sol, o pessoal seguiu para o cume para assistir o mesmo e eu preossegui até o acampamento para montar a barraca antes de anoitecer, vi o por-do-sol no caminho.
No Sino fiz o melhor investimento da vida rsrs, comprei um banho quente, me sentindo um pouco melhor preferi não jantar e ir logo dormir, descansar para o último dia de travessia.
O guarda no Sino informou que eu não era a primeira pessoa que chegava passando mal naquele final de semana e que o problema poderia estar relacionado a água do Açu, por via das dúvidas, joguei toda a água amarelada que tinha de lá e troquei pela água limpinha do Sino rsrsrs.
O terceiro dia não tem dificuldade e também, nem paisagem rsrs. Acordamos em meio a uma forte neblina e uma garoa gelada, desmontamos acampamento e seguimos por um trecho curto em meio a vegetação de montanha antes de pegar a descida em mata fechada até Teresópolis.
Ao chegar na portaria nos despedimos, segui para o centro atrás de um hotel para um banho antes da partida do ônibus para São Paulo.
Tivemos muita sorte com o tempo, os três dias de travessia foram de céu limpo e paisagens deslumbrantes, até o terceiro dia que amanheceu encoberto o sol apareceu depois. Não fez muito frio.
A galera foi show de bola, agradeço a paciência e companheirismo dos meninos.
Volto ano que vem, dessa vez para ir até os Portais de Hércules.
Para chegar no parque: De São Paulo x Petrópolis, só tem uma linha que sai da rodoviária do Tietê as 23:00(viação Salutaris), da rodoviária de Petrópolis tem um ônibus que vai até o Terminal Corrêas, de lá sai outro ônibus sentido Pinheiral/Bonfim, só pedir para o motorista parar no ponto de entrada para o Parnaso, não dá nenhum 1km até a portaria.
Aproximadamente: R$250,00 gasto com transporte(São PauloxPetrópolis-TeresópolisxSão Paulo)
Fiquei no camping Ecotur em Petrópolis, ao lado da portaria, infelizmente ele foi vendido para o Ibama, será a nova Sede do parque. (Se precisar de dicas para se hospedar por lá, posso passar inbox.)
Ingressos: Devem ser adquiridos com antecedência no site do Parnaso, principalmente para feriados, lá é só montar o pacote de acordo com seu bolso ou grau de aventura.