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Depois de 4 anos subi o pico da Lapinha mais uma vez.
Na quinta, fui na gruta do baú, ali em Pedro Leopoldo, MG. Um lugar fantástico. Vale a pena ir, e se você gostar de escalar, deve ir. Mas enfim, fomos lá, Carina,as crianças e eu e encontramos a irmã de minha esposa. Papo vai papo vem , o Junio, cunhado de Carina fala que queria subir no pico da Lapinha. Eu falei: vamos sim, levo vocês lá. E daí ele falou: sábado! E ficou fechado. Dois dias depois subiria o pico.
Minha vida se entrelaça um pouco com o pico, não que ele se importe. A primeira vez que subi ele foi também a primeira vez que fiz algo sozinho e naquela época foi libertador. Vencer alguns medos faz a gente mudar de nível, mental. A segurança que passei a ter depois disso foi , no mínimo, "ensurdecedora". Profissional e nas andanças do mundo. Façam e sintam um pouco o medo da solidão.
Outras vez, já mais safo, subi lá pra chorar. Carina e eu havíamos perdido nosso filho bem perto de nascer, uma gravidez de 8 meses e tanto. Sem aviso, se foi. Foi difícil. A solidão lá em cima me ajudou a ver um mas coisas como ela são.
Foi lá também a primeira " montanha" do Lucca, aos 8 anos. É verdade que agora ele não liga muito, chegou a adolescência. Mas acho que será algo que ele levará pra vida.
E houve tantas outras vezes.
Mas nessa levei Carina e uma dia de casal. Foi divertido, tava cheio lá. Coisa que não via há bastante tempo. A casa de apoio segue do mesmo jeito. De pedra e pau a pique. E o pico também tá lá. Olhando pro vale e observando o lago e o rio serpenteando , e as montanhas.
Me pego como ele, imóvel, por breves segundos somos a mesma coisa.
Outro dia volto, quem sabe sozinho, pra gente conversar e colocar as coisas em dia.
