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Trilha do Rio Moll - Parque Estadual Serra do Tabuleiro SC
Um mergulho na mata atlântica para celebrar o inverno: Trilha, acampamento selvagem e a brothagem de sempre da trupe Suricatos Hiperativos.
Trekking CampingDesde 2015, quando fizemos a épica travessia da Serra do Tabuleiro - SC pela primeira e única vez, fiquei com uma vontade muito grande de voltar lá para repetir a aventura ou ao menos poder curtir algum dos trechos desta, que para mim, foi uma das mais desafiadoras e divertidas investidas da trupe.
Sempre que a nossa turma se reunia, a Serra do Tabuleiro entrava nos assuntos, como algo para ser repetido pelos que foram, e também, como um lugar para aqueles que ainda não conhecem o lugar, irem para verem e sentirem tudo o que falamos daquela natureza linda e praticamente intocada.
Recentemente, numa conversa com meu brother Ricardo Taveres, decidimos marcar um final de semana para voltar até lá. Desta vez porém, não para fazer a travessia, e sim, fazer trecho correspondente ao primeiro dia da mesma. Subindo o belíssimo Rio Moll, que corre entre pedras, sempre coberto de sombras de um fantástico trecho de Mata Atlântica, e por fim, após um trecho que subida com alguns rasga mato no meio de um bambuzal, acampar junto ao morro das Pedras.
Saímos cedo de Floripa e com pouco menos de duas horas de estrada, já estávamos na porteira do sítio do casal Inês e Gilson.
Após um bate papo sem pressa com o Sr. Gilson, aproveitamos para comprar alguns biscoitos da produção altesanal de sua família, ajustarmos as cargueiras nas costas e então começar nosso passeio tendo por guia, o Rio Moll.
Já de início, a trilha que é sinalizada, mergulha na mata fechada, onde apenas a trilha que em alguns momentos fica bem fechada, é a única alternativa para avançar. Seguindo em frente e escutando o som das águas nas pedras, não demora muito para que a trilha encontre com o rio.
Deste momento em diante, a trilha cruza o rio aproximandamente 14 vezes ( sempre me perco nesta conta), e segue ora pela margem direita, ora pela esquerda. Durante estas muitas cruzadas de uma margem para outra, entre as pedras, ter um bastão de caminhada faz toda a diferença para apoiar-se e com mais segurança, evitar algum escorregão que pode significar um banho gelado ou até mesmo uma torção de pé ou joelho.
O clima estava nos ajudando, sol e temperatura bastante agradável. Dentro da mata, com zero vento, os únicos sons eram do rio, dos pássaros e das botas pisando na terra e galhos pelo chão.
Sem pressa alguma, e não tendo que cumprir metas de distâncias, desta vez foi possível contemplar com mais atenção os detalhes e a beleza da trilha e do rio quem ganhavam um toque especial sempre que algum raio de sol conseguia penetrar pelas árvores e descer até a superfície.
Depois de um tempo razoável andando dentro da mata, finalmente se alcança o primeiro pastinho. Um campinho aberto cercado pela mata e onde o rio corre do lado esquerdo. Ali também se encontra o apiário, e por conta deste, é prudente seguir o mais distante possível das colméias de abelhas e sem fazer barulho. Obervando estes cuidados, não há risco em passar por ali.
Assim que se passa pelo terceiro pastinho, a trilha volta a fechar e começa a ficar ingrime, indicando que estamos no pé da subida. Aqui as coisas ficam um pouco complicadas por conta de não haver mais a sinalização da trilha e com o início da presença das taquarinhas ou bambuzinhos (como preferir), a trilha perde suas características e deste momento em diante, para prosseguir, só conhecendo bem a região ou com o auxilio do GPS e do mapa de curvas de nível para poder seguir com segurança na direção que se deseja. O Sr. Gilson, durante nossa conversa, comentou que algumas vezes, já aconteceu de pessoas se perdendo na mata e tendo que chamar os bombeiros que contam sempre com a experiência do sr. Gilson para localizar os desafortunados que não encontram mais o caminho.
Depois de aproximandamente duas horas de rasga mato, morro acima, novamente encontramos a trilha que se abrindo e dando lugar a um campo de altitude e seus charcos. Como nossa intenção era apenas chegar o mais próximo do cume do Morro das Pedras, e já sendo praticamente fim de tarde, tratamos de localizar um local mais elevado e com o solo seco para montarmos acampamento curtir a vibe do pôr do sol e passar a noite.
Tão logo escureceu, um vento nordeste começou a soprar com uma intensidade que se fazia notar, e em alguns momentos, com algumas rajadas mais fortes que serviram para testar na prática se nossas habilidades de montagem e ancoragem das barracas estavam de acordo com aquilo que se espera de um bom escoteiro. kkk Acho que mais uma vez, passamos no teste.
Durante a madrugada o vento parou e o céu, estava bastante claro com a proximidade da fase da lua cheia. Por volta das 5 horas da manhã, ainda muito escuro, o vento voltou, só que desta vez, de SE e com ele uma neblina bastante densa e úmida que permaneceu por praticamente toda a manhã.
Sete da manhã, com os primeiros sinais de claridade e entre essa bruma molhada, tratamos de tomar coragem de sair das barracas, desmontar o acampamento e descer a trilha ao encontro do rio, para lá tomar um café da manhã e depois seguir de volta até o nosso ponto de partida.
Ao retornarmos no pastinho, tratamos de fazer nosso café e curtir um pouco de toda a tranquilidade, silêncio e é claro, o visual do lugar.
Com a cafeína correndo no sangue, tratamos de seguir nosso rumo e finalizar logo nossa pequena aventura de final de semana pois a previsão era que no período da tarde chovesse.
Para saber como foi a travessia da Serra do Tabuleiro, clique aqui.
O lugar:
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro ocupa cerca de 1% do território catarinense. O Parque está localizado entre os municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Ocupa uma área de aproximadamente 84 mil hectares em zona de domínio da Mata Atlântica junto com campos de altitude.
Boaaa meu amigo! Cara, vamos fazer Tucum e Camapuã 14/15 - jul! Simbora?
Fala mestre Renan! Assim tu quebra minhas pernas...kkkk... Trilha bem nos dias em que vou receber um cicloturista que me contatou no warmshowers...Deixa eu ver a minha agenda e confirmar com o carinha se ele vem mesmo nestas datas... se não vier, a chance é boa de eu colar junto nessa.
Hahaha uma hora tem que bater essas agendas! Só dar um toque se der certo que alinhamos a logística!
Que massa cara! Deu saudade desse lugar kkk Voce acabou de despertar uma vontade de fazer esse trecho de novo, nem que seja pra acampar no pastinho kkk
O Gilson e a dona Ines comentaram alguma coisa a respeito de nao autorizar mais a entrada do pessoal? Quando eu fiz a travessia eles nao estavam em casa, mas adentrei a propriedade com autorização do vizinho deles. Este falou que eles não estavam muito felizes com o pessoal que fazia a trilha devido aos lixos que deixam pelo caminho.
Sim. Quando estivemos por lá este última vez, conversamos bastante com o sr. Giilson, que nos falou de várias situações que o aborreceram sim. Coisa de gente despreparada e mal educada. Acredito que chegando com educação e respeito, conversando e informando claramente o que se pretende fazer. Não vai haver problemas de ser barrado na porteira.