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Trilhas na Patagônia chilena

    Informações e recomendações para quem quer conhecer e percorrer trilhas na bela Patagônia chilena.

    Peter Tofte
    13/07/2024 18:48

    TRILHAS NO CHILE

    O Chile é um País adorável para fazer trilhas. As belezas naturais, especialmente da Patagônia, são incríveis. Aliado a sensação de segurança. E imagine fazer trilhas num país em que 30% da área total é protegida.

    Não se vê a pobreza miserável que é escancarada no Brasil. Há pobreza também, mas muito mais digna do que aqui, o que acaba se refletindo no aspecto cultural, educacional e na segurança pública. É o país com maior IDH da América Latina e Caribe.

    Já fiz diversas trilhas pela Patagônia Chilena e aqui vão algumas dicas que espero serem úteis.

    IMIGRAÇÃO

    Passaporte e RG brasileiros são aceitos. Não precisa visto ou vacina de febre amarela. Na imigração você receberá uma papelata da DGI carimbada. NÃO PERCA! Sem ele vc não consegue se hospedar em hotéis e será cobrada a papeleta a saída.

    PREÇOS

    O Chile é um país caro, mesmo para o padrão brasileiro. Pousada ou cabaña modestos começam a partir de 40.000 pesos (algo como R$ 200 em abril 2024). Muquifos podem sair por 10.000 pesos por pessoa. Onde possível vá para área selvagem acampar (free) ou camping.

    Prefiro sempre o camping selvagem.

    Valle das Águas Calientes, em Chillán. Bonito e com termas deliciosas ao lado da tenda. Tudo free.

    Nos campings controlados pela CONAF o custo é 5.000 pesos/noite por pessoa (R$ 25).

    Camping CONAF bem estruturado em Huerquehue.

    A Argentina é bem mais barata, devido a crônica crise econômica, tem taxas de câmbio muito favoráveis aos brasileiros. Se estiver com orçamento curto é a opção. Gosto do Chile pela organização e estabilidade/segurança. E, até a pouco, não se achava nada importado nas lojas de equipamento outdoor da Argentina. E greves/protestos poderiam atrapalhar sua viagem no país hermano.

    Ambos os lados da Patagônia, o chileno e o argentino, são lindos. Mas a diversidade de cenários no lado chileno da Patagônia é maior. Fiordes, águas termais, selva Valdiviana, ilhas e a maioria dos vulcões, estão do lado chileno.

    CLIMA

    Principal consideração na hora de planejar uma viagem. Se vai fazer trilha escolha o verão, nos seguintes meses:

    - Novembro a abril (avança no outono) – para áreas mais próximas de Santiago (mais ao norte) a partir da região de Bio-Bio, ou norte da região dos Lagos.

    = Dezembro a março – para áreas mais ao sul, sul da região dos Lagos e Aysén. Quanto mais ao sul mais encolhe a janela de tempo bom. Aysén eu arriscaria até início e meados de março.

    PN Huerquehue em Pucón, região de Los Lagos, em março.

    Sempre considere que pode ter sorte ou azar nestes tempos de mudança climática. Planeje a viagem com folga de tempo.

    Se for no final do verão e vai visitar várias áreas de preservação, escolha seguir no sentido sul-norte. No início do verão pode fazer o contrário.

    A vantagem de ir em meses ombro (novembro e março/abril) é ter bem menos gente (pico é entre janeiro e fevereiro), menos ou nenhum tábano (mutuca turbinada) e custo menor de hospedagem. O escorial (terreno de lava solidificada), fica muito quente entre dezembro e fevereiro. Considere isto na Travessia do Villarica, Lonquimay e Laguna del Laja.

    Escorial na Laguna del Laja. Ao fundo o vulcão Antuco.

    Mas em novembro/início de dezembro, se a trilha tiver passos de montanha altos há a possibilidade de muita neve, o que pode impedir a passagem.

    Em meses ombro fica mais fácil conseguir ônibus em locais com transporte público limitado. Em março consegui busão para ir para Cerro Castillo (Aysén) e Cochrane, que não é fácil em janeiro/fevereiro. Agora, com o asfaltamento da Carretera Austral, pode ter ficado mais fácil.

    BUROCRACIA

    Infelizmente senti um aumento da burocracia nesta última visita ao Chile (março de 2024). Em boa parte dos Parques Nacionais devemos comprar o ticket de entrada apenas pelo site pasesparques.cl. Se não puder ir na data informada perde o ticket sem direito a restituição e não pode remarcar para outra data. Isto é ruim. Mas eles, só eles, podem remarcar ou restituir se o parque fecha!

    A entrada no site pasesparques é paga uma única vez, mesmo que fique vários dias no parque. Isto não está claro no site. Dá a entender que cada dia é uma entrada.

    Antes se pagava a entrada na própria portaria do parque. O pagamento da diária do camping CONAF é sempre na portaria. Mas vários parques nacionais têm campings privados. Tenha sempre cash em pesos chilenos, pois pagamento “solo en efectivo”.

    INFORMAÇÃO

    Informação antecipada é crucial para um planejamento do trekking. A trilha que pretende fazer está habilitada (aberta)? Qual o transporte público até os parques e quais horários? Infelizmente, nos sites da CONAF, encontramos informações desencontradas, não claras e não atualizadas.

    Por exemplo, mandei mensagens para e-mail indicados no site e não recebi resposta ou o funcionário informa que não trabalha mais naquele parque. Trilhas indicadas como não habilitadas na verdade estão abertas. Única exceção, o PN Huerquehue em Pucón, o pessoal responde aos e-mail.

    Onde possível, visite a oficina da CONAF na cidade. Os funcionários são gentis e tem informações precisas. Destaque para a oficina da CONAF em Pucón.

    Recomendo o “Trekking in Patagonian Andes” da Lonely Planet. Não aborda só o Chile como também a Argentina. Agora só em sebo porque o autor, Clem Lindenmayer, morreu num trekking na Mongólia vários anos atrás. Excelente livro, mas já desatualizado (algumas trilhas descritas não existem mais). É o clássico dos clássicos! O autor foi homenageado pelo governo chileno com o nome de duas montanhas em Dientes de Navarino.

    “Trekking por Chile”, da editora Compass. Encontrei numa livraria do aeroporto de Santiago. Mesmo este tem algumas trilhas já fechadas pela CONAF, mas bem mais atual.

    Na foto de capa, Cerro Castillo, que dá nome a esta linda trilha em Aysén.

    Nas lojas de produtos outdoor tem mapas topográficos de muitos parques nacionais e trilhas. Vale a pena comprar. Nunca confie apenas no gps ou app de celular.

    Mas claro, apps de navegação são de grande valia e normalmente encontramos a trilha que se quer percorrer, com raras exceções.

    O site do Mochilão Sabático, muito detalhado e legal! Está bem atualizado. São os trilheiros brasileiros que mais conhecem a Patagônia. O Ramon Quevedo disse-me que decidiu viajar por lá depois de ler meus relatos no “Mochileiros”. O bom aluno supera o mestre. Ramon Quevedo e Paula Yamamura são excelentes trilheiros e bons amigos. Eles têm 9.200 km trilhados hoje, em diversos países.

    https://mochilaosabatico.com/

    OPÇÕES DE TRILHAS

    O Chile tem muitas opções de trilhas em parques nacionais. Todo mundo fala em TDP (Torres del Paine). De fato ele é lindo mas este parque está caro e sobre explorado. Tem coisa mais aventurosa e selvagem, para trekkers realmente mais experientes e audaciosos.

    Em TDP, por exemplo, pode-se pagar até R$ 400 para ter um lugar para acampar, denominado “VIP”. Tem lugares para montar tenda mais baratos, mas estão quase sempre já ocupados...

    Dientes de Navarino, Travessia do Villarica, Ruta de Los Condores, Cerro Castillo, Ruta de los Pioneros e outros são mais aventurosos, com bem menos gente e não tem esta exploração de TDP. TDP basicamente é pegar uma janela de bom tempo. Ruta de Los Pioneros, entre a Vila O'Higgins e Cochrane além do tempo exige boa navegação, cruze de rios, trechos sem trilhas, sem refúgios e é bem selvagem - pouco transitado. A travessia do Villarica tem bom trecho acima da linha das árvores o que é bem ruim com mal tempo. Dientes de Navarino é um dos trekkings mais austrais do mundo. Ventos uivantes e tempestades furiosas são comuns. Afinal o cabo Horn é logo ali.

    A escolha do roteiro deve sempre se basear na sua experiência, equipamentos e época do ano.

    É bom sempre ter um plano B. Se uma trilha estiver fechada, tenha uma opção. No Chile o que não faltam são razões para fechar trilhas e parques nacionais: vulcão ativo, estrada bloqueada devido as chuvas, neve nos passos de montanha, terremoto, revolta Mapuche, falta de verba da CONAF para manter um sendero e por aí vai.

    EQUIPAMENTOS

    Mesmo no verão patagônico iria com tenda 4 estações. No mesmo dia podemos ter estas 4 estações! E saco de dormir para -5 a -10ªC.

    Não vá com tenda barata. Além de poder pegar muita chuva, eventualmente neve, os ventos podem ser muito fortes. Cuidado especial se for acampar acima da linha das árvores. Procure proteções naturais para sua tenda. Tendas de um único tecido respirável são para alta montanha, não para a Patagônia onde pode chover muito!

    Leve um bom sistema de camadas e um bom anorak impermeável/respirável.

    Fogareiro a gás. O canister é facilmente comprado em lojas outdoor. Fogueiras não são permitidas nos parques nacionais e são encrenca certa.

    As lojas de equipamento outdoor de Santiago tem normalmente muita diversidade, qualidade e preços equivalentes, pouco menores ou bem menores que do Brasil. Comprei em março de 2024 uma mochila Osprey Exos 58 por mil reais a menos que uma Exos 48 aqui no Brasil.

    A Exos 58. Ao fundo, o vulcão Antuco.

    Procure o Sport Mall em Santiago, um shopping center só de equipamentos esportivos. As lojas especializadas em montanhismo são a Tatoo, a Andesgear e a Volcano. Pesquise na internet o que vale a pena comprar antes de ir.

    Tem coisas que seriam difíceis de encontrar no Brasil. Por exemplo, uma mochila de armação externa:

    COMIDA

    Os supermercados chilenos são bons. Muitos itens se prestam para levar na trilha. Purê de batata em pó, massas, sopas instantâneas, bons queijos e salames, alguns enlatados (atum e moluscos que nunca vi no Brasil, mas deliciosos). O enlatado é pesado, mas vale o peso. Destaco o vinho em embalagem tetrapak, barato, mas de boa qualidade. Normalmente levo um transferindo para um recipiente mais leve. E bebemos na primeira noite da trilha.

    E tem coisas que não acha fácil no Brasil. Alguns importados a preço bom.

    Se trouxer comida do Brasil, OBRIGATORIAMENTE declare na alfândega do aeroporto de Santiago (opte pelo canal “bens a declarar”). Caso não, e descubram, a multa é pesada. Apenas checam se a comida é industrializada. Por isto NÃO tire da embalagem original. Só depois da inspeção aduaneira.

    Tem comida liofilizada nas lojas outdoor de Santiago. Mas vem da Nova Zelandia e são mais caras que as brasileiras. Eu levei chocolates e comida liofilizada daqui. Passou sem problemas pela alfândega.

    Encontrei uma comida não liofilizada (tem líquido) deliciosa, nas mesmas lojas, custando cerca de R$ 22 cada pacote. Comprei vários e trouxe até para cá, no Brasil. Acho que vale a pena se vamos transitar por áreas de pouca ou nenhuma água, a exemplo da Serra Fina ou teremos um camping base fixo.

    HOSPEDAGEM

    Como me referi, ao falar de preços, hospedagem é cara. Prefira campings estruturados ou camping selvagem. Querendo ou precisando pernoitar numa cidade, pesquise opções e preços antes no BOOKING. Normalmente na recepção da pousada/hostel eles tem preços melhores se negociado diretamente (no mínimo fica mais barato porque eles não vão ter que pagar a comissão do BOOKING). Mas esta regra não vale para hoteis de categoria superior (preço de balcão é elevado).

    Na decisão de qual ficar pesquise antes no TRIP ADVISOR, para ver o que os hóspedes dizem daquela hospedagem.

    TRANSPORTE

    Entre as cidades o transporte de ônibus é excelente, com ônibus bem confortáveis e pontuais. Um problema é que os terminais de ônibus intermunicípios ou regionais (que chamaríamos no Brasil de interestaduais) normalmente não tem os ônibus que percorrem a zona rural. Devemos ir para outro terminal, o rural, exigindo um Uber ou taxi. Na última viagem, apenas em Talca verificamos que ambos os terminais estão juntos. Para ir para os parques nacionais normalmente é preciso pegar um ônibus rural.

    É complicado senão impossível comprar uma passagem de ônibus chileno, antecipadamente, pela internet, aqui no Brasil. Chegando em Santiago vá logo ao terminal de bus Sur e compre sua passagem.

    Tem destinos que vc pega o ônibus de noite em Santiago, dorme superconfortável no Salon Cama e acorda na cidade de destino. Caso de Santiago-Pucón, por exemplo. Economiza uma diária de hotel. Em Pucón, ao chegar cedo, dá tempo tranquilo para ir para o PN Huerquehue ou o santuário El Cañi acampar, por exemplo. Talvez até iniciar a travessia do Villarica ou a trilha Momolluco em Puelche Bajo. No PN Lonquimay vc salta do ônibus na entrada (portaria do Parque) logo antes da cidade destino.

    Lonquimay é outro parque que dá para chegar cedo, partindo de ônibus de noite, de Santiago.

    Mas lembrar que os parques nacionais, controlados pela CONAF, não funcionam nas segundas-feiras e fecham entre 17 e 18 horas.

    Para aproveitar bem o dia, ao chegar na cidade destino, tente pegar o primeiro ônibus rural para o parque nacional pela manhã bem cedo. Teve um caso em que os guarda parques mais adiante pegaram o mesmo ônibus para ir trabalhar e, ao saltarmos, eles ofereceram carona no carro da CONAF, que estava esperando. A portaria do parque ficava a 12 km de distância e não havia transporte público até lá (PN Laguna del Laja). Isto não aconteceria se tivéssemos tomado um ônibus mais tarde.

    Para a travessia do Villarica minha sugestão é procurar uma das agências que levam turistas ao topo do vulcão e pagar a passagem na van só de ida. Normalmente, se há lugar na van, eles vendem um assento. Peça para eles te deixarem no início da trilha, perto dos teleféricos.

    Os terminais rodoviários têm custódias (guarda volumes). Deixávamos lá os volumes com as roupas “de cidade”.

    Para a cidade de Chillán agora tem o trem mais rápido da América do Sul. Não é um trem bala, mas 120 km/h é uma boa velocidade.

    Os chilenos são gentis e param para oferecer carona, mesmo sem levantarmos o dedo. Mas isto é mais comum na Patagônia e em estradas rurais.

    O Chile tem duas companhias aéreas low cost, a SKY Airline e a jetSMART. Já utilizei a SKY para ir para Puerto Montt e Coihaique. Avalie a utilização se o seu tempo é curto e a viagem é longa. Mas os preços são bons se não tiver bagagem de porão. Se tiver aí a coisa não fica barata. Isto é um problema porque nós trekkers temos bastões de caminhada, facas e, por vezes varetas de barracas, além da dimensão da mochila poder exceder o permitido para bagagem de cabine. Botijão de gás nem pensar.

    Estas limitações de bagagem tornam a viagem de ônibus mais vantajosa, normalmente.

    Na região de Aysén, ao sul de Puerto Montt, no começo da Carretera Austral, tem muita travessia de balsa. Vale mais pegar um avião para Coihaique, se o tempo é curto.

    Em Aysén há ônibus, vans rurais e ferries com preço subsidiado. Procure se informar.

    De Puerto Montt para Punta Arenas há um serviço de ferry/passageiros da Navimag que tem um trajeto lindo pelos fiordes chilenos. Não é barato mas dizem valer muito a pena. Está na minha lista de desejos.

    As cidades maiores tem Uber que, como no Brasil, são mais baratos que taxis. Avalie se vale a pena comprar um chip de telefone de operadora chilena para não ficar dependendo de Wi-Fi de hotel/restaurante para chamar um Uber.

    ASPECTOS CULTURAIS

    Os chilenos são mais conservadores e formais que os brasileiros. Assim cuidado com brincadeiras que entre nós seriam tranquilas. Ainda há resquícios de uma cultura machista, mas isto melhorou muito nos últimos anos. Normalmente são bem educados e gentis com os estrangeiros. Muitos visitaram o Brasil e gostam dos brasileiros.

    O aspecto conservador também se refere a vestimenta, inclusive das mulheres.

    SAÚDE

    O maior cuidado na Patagônia é com a hipotermia, mesmo no verão. Vá bem agasalhado e com bom sistema de dormir.

    Mal de altitude dificilmente ocorre, a não ser que planeje subir o vulcão Lanin sem aclimatação, por exemplo

    Especial cuidado com o Hantavirus, transmitido por ratos (o vírus pode estar presente na urina e fezes destes roedores). Evite refúgios abandonados e, especialmente, empoeirados.

    Não há exigência de vacinas para entrar no Chile.

    Eu e minha companheira fizemos um Assist Card, coisa que não me preocupava quando era mais jovem,

    SEGURANÇA PÚBLICA

    Para quem sai do Brasil, o Chile é um paraíso. Apenas no centro de Santiago, de noite, deserto, não é recomendável andar. Nas cidades da Patagônia é muito tranquilo. E as trilhas são muito seguras neste aspecto. Já vi muita mulher sozinha fazendo trilhas na Patagônia.

    DOCUMENTOS

    A carteira de identidade é válida no lugar do passaporte. Mas sempre mantenha contigo a papeleta entregue pela imigração (PDI – Polícia de Investigaciones) no aeroporto. Vão cobrar ela nos hotéis e na saída do país.

    DINHEIRO

    Sempre tenha um pouco de cash para campings e transporte público. Mas cartão de crédito e débito são bem aceitos em hotéis, restaurantes e lojas. Usei bastante o cartão da Wize. Tem um câmbio mais vantajoso que aquele usado pelos bancos do Brasil (se for levar dólares em espécie).

    Não faça câmbio no aeroporto de Santiago. Taxa ruim. No centro de Santiago tem melhores taxas. Na Estação Central há uma casa de câmbio.

    2 Comentários
    Raffael 17/07/2024 14:55

    Ótimas recomendações, obrigado por compartilhar. Abraço

    1
    Camila Moura 17/09/2024 06:49

    Que legal, obrigada por todas as informações! Meu sonho ir conhecer a Patagônia.

    1
    Peter Tofte

    Peter Tofte

    Salvador, Bahia

    Rox
    4100

    Carioca, baiano de criação, gosto de atividades ao ar livre, montanhismo e mergulho. A Chapada Diamantina, a Patagônia e o mar da Bahia são os meus destinos mais frequentes.

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