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Peter Tofte 07/01/2019 18:59
    Um mergulho nos Cascos

    Um mergulho nos Cascos

    Três horas submersos num dos melhores points de Salvador. László, Lusquinhos e eu começamos o ano com a nadadeira direita!

    Mergulho

    László ao saber que Lusquinhos estava vindo de Barreiras (interior da Bahia) para Salvador, o convidou para um mergulho nos Cascos.

    Apesar do nome, não se trata de um naufrágio, mas sim de uma formação de rochas semelhantes a uma cordilheira submarina, com uma boa extensão. Algumas pedras submersas parecem cascos de navio, daí o nome. Está mais perto de Cacha Pregos (ponta Sul da Ilha de Itaparica) do que de Salvador. É um mergulho raso, 20 metros, mas a beleza do lugar vale a viagem.

    As operadoras de mergulho de Salvador raramente vem para este ponto devido a distância de Salvador.

    Chegamos no ponto indicado no GPS com aproximadamente uma hora de navegação.

    Caimos na água. Muita vida marinha. Cardumes de enxadas, salemas, barrigudinhas, xaréus e cocorocas brancas (Haemulon parra). Entre as pedras, avistamos dentões arriscos. Alguns peixes-pedras (Scorpaena brasiliensis) bem mimetizados lembravam a regra de sempre manter uma distância do fundo e das pedras, sem tocá-los. A dor causada pelo veneno deste peixe é muito forte e dizem que nem a morfina consegue aliviar.

    Um badejo pintado.

    Não vimos lagostas e cavaquinhas, sinal de que, provavelmente, os pescadores de Itaparica estavam super explorando este local.

    Muito coral sol impregnado nas rochas, espécie invasora que chegou presa na estrutura das plataformas de petróleo. Agora está bem disseminado neste local.

    O coral sol é o que tem formato tubular.

    Visibilidade horizontal excelente, em torno dos 15 a 20 metros. Apesar disto prendemos a carretilha no cabo da ancora, porque as pedras formam um labririnto que torna difícil a orientação. Se não encontrássemos a âncora poderíamos emergir longe da lancha. Se aí aparecesse uma correnteza, bau bau barco.

    A cordilheira é extensa. Usamos três carretilhas soltando cerca de 500 metros de cabo e, mesmo assim, não percorremos toda a formação. Ficamos cerca de 3 horas submersos. A descompressão durou apenas 8 minutos, isto porque os rebreathers otimizam a mistura gasosa respirada reduzindo a necessidade de paradas descompressivas.

    László utilizou um Megallodon, Lusquinhos, um XCCR e eu, um O2ptima. Atualmente somos os três únicos na Bahia mergulhando com circuito fechado (rebreathers).

    Mergulho lindo, começando muito bem 2019!

    As imagens, como sempre, do grande mestre László Mócsari.

    László, num selfie

    Peter Tofte
    Peter Tofte

    Publicado em 07/01/2019 18:59

    Realizada em 05/01/2019

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    1 Comentários
    Priscila Nascimento 17/01/2019 14:43

    Muito bom Peter

    Peter Tofte

    Peter Tofte

    Salvador, Bahia

    Rox
    3913

    Carioca, baiano de criação, gosto de atividades ao ar livre, montanhismo e mergulho. A Chapada Diamantina, a Patagônia e o mar da Bahia são os meus destinos mais frequentes.

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