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Peter Tofte 27/06/2019 11:25
    Um trekking espetacular: a travessia dos cânions

    Um trekking espetacular: a travessia dos cânions

    Trilha maravilhosa de 3 dias entre os cânions Laranjeiras e Funil em SC com o grande amigo Edver Carraro.

    Trekking Acampamento

    Penhascos que sobem abruptamente 1.300 metros acima do nível do mar, em grandes escarpas de basalto, formando a borda de um planalto, recortado por cânions magníficos, coroado por campos (coxilhas) ondulantes entremeados por bosques de araucárias e córregos, fazem desta travessia uma das mais belas do País. Pessoalmente acredito que supere em beleza a Peterê e o Paty. Mas esta travessia imperdível é muito menos divulgada e transitada. Mas, para ser feliz, depende muito do tempo. Pode ser uma provação com chuva, frio e viração ou uma delícia com tempo ensolarado.

    Edver Carraro, grande amigo que reside no RS, me convidou para esta trilha que ele já percorreu 3 vezes, a serra catarinense na região dos cânions (Aparados da Serra). Sempre desejei fazer esta caminhada mas não tinha noção do quanto era bela. Foram 5 dias na região, abençoados por um tempo excelente.

    RELATO

    Cheguei sábado pela manhã em Porto Alegre onde Edver e Daí, sua esposa, vieram me buscar. Daí estava com uma barriga de 6 meses, esperando uma gauchinha, a Maria Luiza.

    Subimos a serra gaúcha e fui levado para um tour pelo Vale dos Vinhedos e o Caminho de Pedra, onde almoçamos. Lindas paisagens, tarde ensolarada e boa comida italiana.

    Fiquei hospedado no apartamento caprichado deles em Veranópolis, a famosa Terra da Longevidade.

    Domingo eu e Edver acordamos as 3 da madrugada. Teríamos uma jornada de 330 km de Veranópolis até Bom Jardim da Serra. Pegamos a estrada no escuro. O farol do carro iluminou uma raposa cruzando o caminho. Com frequência sentíamos o cheiro do zorrilho (gambá – Conepatus chinga) que poucos minutos antes cruzara a estrada. Catinga forte, característica. E isto é apenas o cheiro normal dele, não é o jato fedorento que usa quando se sente ameaçado. Se pegar num coitado, pode jogar a roupa fora. Edver contou que acharam um zorrilho na casa de máquinas de uma pequena hidroelétrica onde ele fazia manutenção. Tentaram tirá-lo mas ele largou o cheiro e ninguém conseguiu entrar naquela sala durante o restante do dia.

    Ficamos conjecturando sobre o que faríamos se um zorrilho entrasse debaixo de nossas tarpas durante a noite, buscando abrigo. No besteirol que se seguiu demos muita risada, matutando se deveríamos nos defender na mesma moeda.

    Estradas excelentes em Santa Catarina, ao contrário do RS. A medida que nos aproximávamos do destino, os campos de altitude se alternavam com bosques de araucária. O cenário lindo criava expectativa sobre o que estava por vir. Depois de rápida parada em São Joaquim, terra da maçã, seguimos para Bom Jardim da Serra, onde chegamos por volta de 9 horas, com o termômetro indicando 13 º C (pegamos 10 a 11 º C na estrada).

    Procuramos o Wellington, da Tribo da Serra Ecoturismo. Estacionamos o carro e ele levou-nos numa Defender 110 até a fazenda onde iniciamos nossa jornada. O cara é nota 10. Ele faria nosso resgate 3 dias depois. Ele tirou nossas fotos no início da trilha e nos despedimos, por volta de 10 horas.

    Uma pequena subida por um bosque e ligeira descida nos deixava no platô onde estava o cânion Laranjeiras. Caminhada de apenas 30 minutos. Vista magnífica. Podíamos ver ao Norte o Morro da Igreja onde ficam os radares do Sindacta e a parte regulamentada do PN São Joaquim, que por trapalhadas burocráticas estava fechada para o público já faz um bom tempo. Ali também era parte do Parque, mas uma área não regulamentada, o que permitia fazermos algumas atividades, entre elas o trekking e o camping selvagem.

    Encontramos uns turistas e tiramos fotos. O dia ensolarado estava muito agradável. Após 20 minutos partimos atravessando um charco no sentido sudeste.

    Cânion Laranjeiras

    Alegres por estar num lugar tão bonito.

    Estes altos platôs da Serra Geral de Santa Catarina, onde na sua borda oeste ficam os cânions, tem um terreno muito rochoso. Basta cavar 10 a 30 cm para achar uma laje de pedra. Esta camada de pedra impede o escoamento da água, criando muitos charcos. Eles não estavam muito alagados porque completava duas semanas de sol, sem chuva (muita sorte!). Quando está bem molhado enfiamos o pé na jaca, a água com lama chega até o joelho ou coxa. O Edver e seus amigos tiveram uma experiência bem difícil em 2016 porque fizeram a travessia após chuvas (vide o relato “A fria travessia do Cânion Laranjeiras ao Cânion do Funil”). Eu e Edver estávamos com botas de caminhada e não com botas 7 léguas de borracha, que muita gente prefere usar neste ambiente. Embora protejam mais, são muito incômodas.

    Encontramos o seu Assis a cavalo, o senhor que toma conta destas terras. Estava buscando gado. Conversamos um pouco e seguimos.

    No topo de um morrete comemos uns sanduíches com uma vista sensacional. Os salames artesanais produzidos no sul não podem faltar na mochila!

    Vista para o Norte. No ponto mais alto ao fundo ficam as torres do Sindacta (Morro da Igreja).

    Vista para baixo e para o leste. Ao fundo o litoral.

    Descemos para um pequeno vale e entramos num bosque, primeiro nativo e depois uma floresta de pinheiros. Na mata nativa a trilha era tênue e recorremos ao Wikiloc. No reflorestamento a passagem era mais fácil e o caminho óbvio, bastava subir.

    Saímos num platô mais elevado em relação ao ponto onde lanchamos. Seguimos pela borda porque a tendência é ter menos charco nestes pontos (é uma regra quase geral nesta travessia), além de ter uma vista espetacular.

    Mais adiante uma descida para um platô amplo, com um pequeno riacho que nascia na encosta oposta aquela que subimos. Rumamos para lá porque logo o sol baixaria e queríamos acampar em um local com água. Achamos um terreno plano convidativo numa curva do riacho.

    Platô amplo.

    Edver armou sua tarp Hexagon da Zpacks, feito com DCF (Dyneema Composite Fabric). Seu abrigo pesava apenas 110 gramas!! Mas era um projeto minimalista, como podem observar na foto. A minha, de cor verde, pesa cerca de 800 gramas, mas tem área coberta maior. Entretanto no quesito resistência ao vento a dele dava de 10 a zero. O formato hexagonal bate até mesmo nas tendas autoportantes.

    Cada um de nos carregava um saco de bivaque, que deve ser usado conjuntamente com as tarps, porque um vento forte pode jogar chuva de açoite por baixo da área coberta.

    Eu e Edver procuramos fazer trekking light ou ultralight. A mochila dele estava com 8,2 kg no início da trilha, um peso excelente para 3 dias, considerando que estava com roupas e saco de dormir para frio.

    Visual bonito do acampamento.

    Banho gelado um pouco antes do sol desaparecer por detrás do morro. A temperatura rapidamente caiu. Jantamos no escuro. Ao lado do acampamento havia uma floresta de pinus. Lembramos de um vídeo recente que mostrava uma suçuarana andando tranquilamente num reflorestamento de pinheiros em Lagoa Vermelha/RS, a apenas 100 km de Veranópolis. Edver comentou que nos dois, enroladinhos nos nossos bivaques, eramos tacos mexicanos que a onça parda poderia escolher a gosto.

    Dormimos cedo já que estávamos desde 3 da manhã acordados. Subiu uma lua cheia linda iluminando os campos ao redor. Dava gosto olhar.

    Antes das sete estávamos de pé. Durante a noite a mínima foi 8º C, mas dormimos sem frio. Uma travessia com mochila light ou ultralight não significa que tenhamos que passar frio.

    Após o café e arrumação da mochila partimos quase as 10 horas. Devido ao frio e a demora para secar o tecido dos abrigos atrasamos a partida. Estes campos de altitude são muito úmidos. A quantidade de musgo e barbas-de-velho nas árvores mostram que as matas aqui são nebulares, retiram muito da água que necessitam das nuvens úmidas.

    A caminhada começou com a travessia de um charco. Pisei num buraco escondido e minha perna afundou até o joelho. A outra perna, que pisava solo firme, flexionou violentamente. Quando tirei o pé do buraco e retomei a caminhada o joelho da perna oposta protestou, dolorido pela flexão brusca. Lição: usar os bastões de trekking para sondar o terreno em que vai pisar.

    Devemos caminhar sobre pequenos tufos de capim para evitar afundar na lama. O solo é tão úmido que em vários pontos existe apenas uma grossa camada de musgo. Em alguns lugares, ao pisar afundamos até o meio da canela no musgo. Parece até a turfa que há na Patagônia, perto de Ushuaia.

    Rumamos em diagonal para a borda. Sempre um pouco afastados do precipício porque ele é vertical ou negativo. Não há árvores ou pequenas plataformas que possam segurar uma queda. São pelo menos 200 a 300 metros de queda livre.

    Subimos um morro e avistamos o platô seguinte, acertadamente chamado de Aeroporto, porque é tão extenso e plano no topo que parece uma pista de pouso. Em cima há uma enorme antena com anemômetros para registrar a velocidade do vento.

    No caminho beiramos um cânion conhecido com Ronda.

    Na subida para o Aeroporto vimos uma montanha isolada com uma gruta parecendo uma janela.

    A cerca é para evitar a queda de gado no precipício. No centro da foto a gruta parecendo uma janela.

    No topo do “Aeroporto” avistamos o cânion do Funil, nosso destino no dia. Teríamos de contorná-lo indo para leste, para acampar do outro lado. Bem no horizonte ao Sul, noutro tabuleiro, avistamos as famigeradas torres eólicas que tanta polêmica criaram.

    Visão do Aeroporto para o Norte

    Vista linda!

    Descemos o Aeroporto atravessando uma pequena mata (outra vez com a ajuda do Wikiloc) e pouco depois passamos perto de um pequeno estábulo e viramos então para a esquerda, após passarmos por uma porteira. No trajeto devemos passar por várias cercas, divisões do pasto. Ao tentar cruzar uma delas, a mochila desequilibrou o Edver, jogando-o para trás. Apesar das risadas ainda consegui registrar em tempo aquela jaca caída na câmara do celular.

    Chegamos a um córrego perto do mirante do Funil, quase no extremo do cânion, por volta de 15:30. Não achamos terreno plano e resolvemos subir para o mirante. Vista espetacular. A pedra do Funil tem este nome porque parece um funil invertido, As torres de rocha em primeiro plano recebiam a luz do sol direta e os precipícios, platôs e montanhas em segundo plano estavam azulados pois já estavam na sombra. Fazia falta uma câmara com grande angular.

    A vista mais espetacular. A pedra do Funil é a menor, parecendo um funil invertido.

    No mirante há vários pontos de ancoragem para a prática de rapel. Ali perto o Edver achou um excelente lugar para acampar, um gramado plano entre os arbustos. Restos de fogueiras indicaram que este local foi elegido por muitos campistas. Desci para tomar um banho no córrego, que estava morro abaixo, enquanto Edver armava sua tarp. Água gelada, cheguei a ficar com dor de cabeça porque a lavei também, mergulhando o corpo inteiro no córrego.

    Enquanto estava no banho reparei que o tempo mudava rapidamente. Nuvens encobriam o sol. A viração estava chegando. O vento traz a umidade do mar e ao encontrar o obstáculo do planalto sobe para 1.300 metros, esfria e forma nuvens, uma densa cerração.

    Voltei para o acampamento e foi a vez do Edver ir para o banho enquanto armava minha tarp. Novamente jantamos no escuro, desta vez envoltos por uma neblina. Como não tínhamos muita água economizamos o máximo no cozimento. Por exemplo, a água em excesso da preparação do macarrão eu usei para fazer uma sopa, em vez de escoá-la para o chão.

    O córrego não estava perto e me ofereci para descer até o curso d'água para lavar as panelas e buscar mais água. Edver me alertou para não fazer isto. Com aquela cerração era capaz de não acertar o caminho de volta para o acampamento. Não tinha como contestar ele. Usamos o resto de água para lavar as panelas economicamente.

    Penduramos a comida e o lixo o melhor que pudemos nos arbustos, afastados das tarps. Aquela região era conhecida pelas numerosas famílias de quatis gulosos que gostam de fazer visitas noturnas.

    A lua cheia se levantou e os arredores, com a cerração iluminada, ficaram bonitos e com ar místico ou fantasmagórico (o adjetivo depende das crenças de cada um).

    Na hora de dormir, por volta de 8 da noite, entrou um vento forte. Minha tarp de silnylon sacolejou. O único defeito deste excelente material é que ele absorve água e dilata. Assim é necessário retesar os cordoletes para voltar a esticar o tecido. Enquanto não fazia isto, a tarp, com os sacolejos, derrubava gotas de água da condensação no bivaque e no meu rosto. Edver, com o DCF não teve este problema.

    Por volta de 1 hora da madrugada o céu limpou. A neblina foi embora. A temperatura durante a noite caiu para 10º C, um pouco maior que ontem.

    Amanheceu ventando. Levantamos antes das seis, ainda escuro. Após o café da manhã botamos as coisas na mochila, sem esperar secar as tarp (como disse, há muita umidade e condensação). Tínhamos muito o que andar e iríamos ainda neste dia para Urubici.

    Fomos outra vez para a beira do mirante do Funil e tiramos fotos, ambos encapuzados devido ao forte vento frio. Estimamos a velocidade em torno de 60 a 80 km/h. As pás das turbinas eólicas ao sul não giravam. Elas travam automaticamente acima de certa velocidade limite para evitar danos as naceles.

    Seguimos pela borda dos cânions até chegarmos a um pequeno estábulo duas ou três horas depois, onde aproveitamos para lanchar na sombra do vento. Três bonitos cavalos pastavam na proximidade. Edver mostrou-me a base de um antigo teleférico que trazia a carga dos tropeiros na década de 20 do século passado, do vale bem abaixo até o topo, onde ela era baldeada para outros burros de carga. Esta serra (planalto) foi um obstáculo geográfico bem difícil para a colonização da serra catarinense porque era alta e escarpada. Um exemplo é a famosa estrada da Serra do Rio do Rastro (outra maravilha da região).

    Base do teleférico de carga.

    Depois do lanche seguimos por terreno relativamente plano até a SC - 390 ao invés do mirante da estrada do Rio do Rastro. Mudamos o roteiro original (a pretensão era ir andando até o mirante) porque recentemente ocorreu um incidente: um fazendeiro ficou furioso com a entrada de trekkers em sua fazenda e criou uma situação muito ruim. Teríamos que passar por esta fazenda, assim, por questão de apenas duas horas, não chegamos a pé no mirante, para evitar esta propriedade.

    Depois que saímos do cânion Laranjeiras, no 1º dia, não avistamos mais ninguém até chegarmos na estrada, no 3º dia. Isto é impossível ocorrer na Peterê ou no Paty.

    Alcançamos a SC e telefonamos para Wellington, que pouco depois chegou e voltamos para Bom Jardim da Serra. Pegamos o carro do Edver e descemos a Serra do Rio do Rastro, uma experiência que vale a pena.

    No mirante muitos quatis "assaltavam" os turistas. Imagina isto no bivaque!

    Em seguida uma churrascaria de beira de estrada para matar a fome de leão de quase 3 dias de caminhada. De lá fomos para Urubici onde reservamos um chalé para um descanso. Na manhã seguinte faríamos o cânion do Espraiado (ficaria muito puxado ir no mesmo dia), objetivo de outro relato.

    Deixo aqui registrada minha indignação com a pretensão de construir torres eólicas dentro da área do PN São Joaquim. Só aqui no Brasil têm a audácia de propor uma coisa destas num cenário tão lindo. As torres eólicas, além de serem elementos estranhos numa paisagem que deveria ser a mais natural possível, exigem constante manutenção e estradas para acessar as bases das torres. Em outros países sérios não se admite isto em locais preservados, de notória beleza natural. Inclusive por prejudicar o turismo.

    Os donos das terras estão interessadíssimos porque as companhias energéticas pagam um aluguel pelo uso das terras de quase dois mil reais mensais por torre eólica. O proprietário de uma grande fazenda teria 150 turbinas em suas terras e ganharia R$ 3 milhões e meio por ano. Apenas o ICM-Bio e a indignação pública de ambientalistas está conseguindo barrar até agora esta construção. Em junho de 2016 o ambientalista Osvaldo Luiz Balbinot se suicidou atirando-se no cânion do Funil, em protesto contra a instalação das eólicas.

    A serra catarinense tem outros locais adequados para a geração de energia eólica. Não precisa ser perto das bordas dos cânions.

    RECOMENDAÇÕES:

    Melhor época: de junho a setembro. No inverno chove menos e há menos possibilidade de viração (neblina).

    Como são terras particulares é necessário pagar uma taxa para entrar (estão na área do parque mas não foram desapropriadas). Pagamos R$ 10 cada na Fazenda Santa Cândida (começo da trilha) e R$ 50 na terra do dono da fazenda do Funil (na verdade não pagamos esta última porque ele não apareceu para cobrar no local combinado).

    Escolha dias de semana. Nos finais de semana pode encher de gente, especialmente no cânion do Funil. E, infelizmente, parte desse pessoal é sem noção, fazendo barulho e sujeira.

    Vá auto suficiente. Não há refúgios.

    Normalmente não há trilhas mas a navegação é fácil. Campos abertos permitem visualizar ao longe os morros e pontos de referência.

    Há sinal de celular em vários locais nas bordas dos cânions. Eu consegui falar com familiares e enviar fotos.

    Recomendamos o Wellington e a Meriê, da Tribo da Serra Ecoturismo em Bom Jardim da Serra, para levar ao início da trilha e para o resgate.

    Tive a grande sorte de contar com o amigo Edver para a logística, o planejamento da trilha e como companhia, garantindo que tudo daria certo. Fica aqui meu agradecimento a Edver Carraro e sua esposa Daiane Salvetti, pessoas especiais, por toda a hospitalidade e carinho. Espero que a Maria Luiza seja futuramente uma grande exploradora como o pai, acompanhando ele nestas aventuras.

    Peter Tofte
    Peter Tofte

    Publicado em 27/06/2019 11:25

    Realizada de 16/06/2019 até 18/06/2019

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    7 Comentários
    Alberto Farber 27/06/2019 16:15

    Essa é minha terra ! - Já acampei no Canion Laranjeiras 2 vezes, uma chegando por Bom Jardim da Serra, por uma fazenda, e outra por meio de uma trilha (Trilha de 3 Barras - Orleans) onde se faz uma caminha de 9km com 1100m de altimetria e tem uma vista diferente do Canion. A travessia ainda não fiz. Existe outra, Travessia do Campo dos Padres, partindo de Urubici e chegando na Serra do Rio do Rastro. Enfim, essa região tem diversas opções de trekkings. Você descreveu muito bem a região! Parabens!

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    Peter Tofte 28/06/2019 10:13

    Obrigado Alberto! Realmente a sua terra é a Santa e bela Catarina, como bem disse meu companheiro de trekking, o Edver Carraro.

    Peter Tofte 28/06/2019 10:14

    Beto, vimos o começo (ou final) da Travessia do Campo dos Padres, no Espraiado. Tá na lista de desejos!

    Renan Cavichi 01/07/2019 08:39

    Lindo demais essa região! Grande registro!

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    Daiana Antonio da Silva 04/10/2020 21:12

    Grande Peter, muito obrigada por compartilhar. Adorei o relato! Comecei a planejar um trekking solo em meados de novembro pelo sul e seu relato me animou ainda mais. Até fiz minha inscrição no aventurebox depois que o li. Grande abraço!

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    Peter Tofte 05/10/2020 07:46

    Valeu Daiana. A região dos cânions é muito bonita. Final de outubro devo voltar lá. Boa trilha para vc!

    Louise Pedroso 04/01/2021 17:50

    Muito bom o relato. Esses cânions são espetaculares. Espero um dia poder uma travessia dessas.

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    Peter Tofte

    Peter Tofte

    Salvador, Bahia

    Rox
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    Carioca, baiano de criação, gosto de atividades ao ar livre, montanhismo e mergulho. A Chapada Diamantina, a Patagônia e o mar da Bahia são os meus destinos mais frequentes.

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