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Peter Tofte 28/02/2023 12:10
    Velejada rumo ao paraíso

    Velejada rumo ao paraíso

    Quatro dias na linda baía de Camamu, península de Maraú, sul da Bahia, indo e voltando de veleiro.

    Vela

    Um casal de amigos convidou-nos, eu e Lucia, para passarmos o carnaval em Camamu, indo e voltando de veleiro.

    Já não sou chegado à confusão do carnaval. Com a idade a gente quer tranquilidade, conforto e mordomia. Aceitamos de primeira o convite.

    A baia de Camamu é linda. Na sua ponta sul fica Barra Grande, na península de Maraú. Pela semelhança e beleza costumo compará-la a Polinésia.

    A distância entre Salvador e a baía de Camamu é de 70 milhas náuticas (130 km).

    A viagem seria no veleiro Papa Léguas, um Farr 42, campeão em diversas regatas na sua classe, inclusive na REFENO (regata Recife-Fernando de Noronha). É um barco feito para competição com cabine espartana, mas muito veloz e muito bem equipado.

    Partimos sábado 9 da manhã do Iate Clube da Bahia. Na barra da baía içamos velas. Começou assim uma velejada deliciosa. Estávamos em 10 a bordo. Um NE ou E empurrava o barco. Cerveja e boa música. Apesar do mar relativamente calmo uma das passageiras precisou do balde...

    Tripulação masculina (Esquerda p/ direita: Marcos MD, eu, Gennart e Marcão)

    Tripulação feminina (da esquerda para direita, Cleia, Valentina, Mirla, Lucia e Maria). Ao fundo o Iate Clube.

    E o grande mestre Carlinhos. Natural de Valença/BA, 61 anos. Disputado a tapa para ser timoneiro e trimmer nas regatas do Nordeste.

    Saindo da barra da BTS. Ao fundo o farol da Barra.

    Mais ou menos no través da baía de Garapuava (Ilha de Tinharé) o Marcos pegou uma bela cavala que estimamos em 10 kg. Jantar garantido.

    Na entrada da baía de Camamu é preciso cuidado devido aos recifes perto da ilha de Kieppe.

    A ilha de Kieppe no horizonte a boreste. Pertence ao grupo Odebrecht. Observe como temos que passar distantes dela.

    Mas o GPS indicava claramente o canal de entrada. O piloto automático do veleiro facilitava demais a vida. Ninguém precisava ficar no timão. A roda de leme girava sozinha seguindo a direção que colocávamos no automático (set point). Apenas ajustávamos a vela.

    Ponta de Mutá a bombordo.

    Entramos com um pôr-do-sol lindo, após 8 horas de navegação. Fomos um pouco além de Barra Grande, para um local chamado de Campinho, mais dentro da baía, mais abrigado.

    Ponta da Ilha Grande, já dentro da baía de Camamu.

    Atracamos no píer do Sítio Sabiá, onde fica o Chez Petit, pousada e restaurante onde ficaríamos hospedados até quarta de cinzas. Lugar bonito.

    Prontamente Marcão conseguiu alguém para preparar a cavala. Comemos um sashimi delicioso, seguido por postas fritas e o caldo da cabeça do peixe. Serviu muito bem 10 pessoas!

    O sashimi de um peixe recém pescado é delicioso. Vc ainda sente o aroma do mar no peixe.

    O dia seguinte, domingo, fomos com o veleiro até a ilhota do Goió onde tem um bar restaurante bem conhecido. Lotado devido ao feriadão. O veleiro encalhou 3 vezes pois tem um calado grande (3 m.).

    Manobrando o Papa Léguas pertinho da ilha do Goió.

    Voltamos quase no final da tarde.

    Papa Léguas ancorado pertinho do pier.

    Segunda foi um dia chuvoso. Ficamos mais apreciando a pousada. A tarde o tempo melhorou.

    Gente bonita e feliz.

    Maré alta cobrindo a praia na frente da pousada. Tomamos um banho de mar ao pé da escada.

    Pôr-do-sol bonito.

    Terça pela manhã fizemos um rápido passeio a pé num manguezal próximo.

    Pessoas desinformadas pensam que o manguezal é fonte de sujeira e doenças. Ele na verdade é importantíssimo no ecosistema. Berçario de seres marinhos e estabilizador da linha costeira.

    Depois fomos com uma lancha fretada para Barra Grande, para almoçar numa barraca, pertinho da Ponta de Mutá. A ponta é linda com vegetação roçando o mar.

    Ponta de Mutá.

    Maré grande, maré de lua nova, As ondas batiam nas cadeiras dos bares.

    Crepúsculo em Barra Grande.

    Voltando de lancha de Barra Grande para nossa pousada em Campinho.

    A volta, na quarta, foi com tripulação reduzida. Parte decidiu voltar para Salvador de carro ou de avião. Éramos apenas 5 no barco.

    Zarpamos no escuro, 4:30 da madrugada.

    Amanhecendo.

    Marcos (outra vez ele!) pegou um atum de 6 kg no través de Morro de São Paulo.

    Um pirajá (rajadas de vento que acompanham uma nuvem de chuva) fez boa parte da velejada ser com emoção, com velocidade de pico de 10 a 12 nós.

    Como ele iria viajar pela noite nos presenteou com o peixe capturado.

    Fizemos o trajeto de volta em cerca de 9 horas.

    Marcos olhando o horizonte. Salvador ainda não aparecia na proa.

    Carnaval excelente em companhia agradável e divertida!

    Agradeço a Marcos e Mirla pelo convite e ao trio Marcos, Marcão e Maurício (coproprietários do Papa Léguas) pela oportunidade oferecida de navegar neste lindo veleiro.

    Peter Tofte
    Peter Tofte

    Publicado em 28/02/2023 12:10

    Realizada de 18/02/2023 até 22/02/2023

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    1 Comentários
    Getulio Vogetta 18/10/2023 10:56

    Como se diz: baita regalo!

    Peter Tofte

    Peter Tofte

    Salvador, Bahia

    Rox
    4200

    Carioca, baiano de criação, gosto de atividades ao ar livre, montanhismo e mergulho. A Chapada Diamantina, a Patagônia e o mar da Bahia são os meus destinos mais frequentes.

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