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Peter Tofte 03/02/2020 09:32
    Voltando a caverna do mero.

    Voltando a caverna do mero.

    Mergulhando para testar equipamento e reencontrando o mero na Pedra do Cotovelo, 70 metros de profundidade.

    Mergulho

    Voltamos a Pedra do Cotovelo para testarmos outra vez o Mega Meg do László Mocsári, um rebreather duplo projetado por ele. Desta vez testaríamos numa profundidade maior, cerca de 70 metros.

    Neste local encontramos um mero enorme no último mergulho (ver o relato Senhor das Pedras aqui no Aventure Box).

    Caímos numa água azulíssima. Pouca correnteza. Condição excelente.

    Aos 30 metros entramos numa termoclina, baixando a temperatura dos 25ºC para os 22º C. László comentou depois do mergulho, a bordo, que deve ser uma corrente que vem das profundezas. Ali perto estava a beirada da plataforma continental, um abismo de centenas de metros de profundidade.

    Começamos a nadar ao longo da pedra. Localizamos e entramos na gruta do mero. Lusquinhos foi o primeiro a avistar o seu morador, o mero de cento e tantos quilos. Para nossa tristeza vimos um fio de nylon saindo de sua boca. Ele foi fisgado por um anzol. Tentaram pescá-lo desde a última vez que estivemos lá, mas ele arrebentou a linha. Saquei a tesoura para cortar a linha (assim ao menos evitaria que a linha enroscasse numa pedra) mas ele não permitiu aproximação. Lusquinhos tentou segurar na linha mas o mero começou a arrastá-lo e ele teve de soltar.

    Fizemos cerca de meia hora no fundo. Na volta ao cabo da âncora fomos cercados por um belo cardume de olhos-de-boi que nadavam em círculos. Peixes muito curiosos. Eles eram particularmente atraídos pela luz da filmadora.

    A bordo do barco, após cerca de uma hora e meia de descompressão, puxamos a âncora mas notamos que ela estava presa em algo. Não entendemos, porque havíamos visualizado-a na areia (fácil de puxar), e não presa a pedras. Lázsló desceu em apneia e viu que estava presa a outra fateixa, abandonada por pescadores. Esta fateixa por sua vez estava presa ao fundo pelo seu cabo. Assim ao puxarmos a âncora do barco, puxávamos também a fateixa.

    Me equipei novamente e caí na água. Um rápido corte no cabo que segurava a fateixa perdida fez ela se soltar da nossa âncora e pudemos regressar para Salvador.

    O vídeo destaca o teste do equipamento, mas com um minuto de filme, aproximadamente, o mero aparece.

    Peter Tofte
    Peter Tofte

    Publicado em 03/02/2020 09:32

    Realizada em 21/12/2019

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    Peter Tofte

    Peter Tofte

    Salvador, Bahia

    Rox
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    Carioca, baiano de criação, gosto de atividades ao ar livre, montanhismo e mergulho. A Chapada Diamantina, a Patagônia e o mar da Bahia são os meus destinos mais frequentes.

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