"Não há nada impossível, há só vontades mais ou menos enérgicas" - Jules Verne

Esta é a primeira aventura de uma série de publicações sobre minha experiência em algumas trilhas, montanhas e lagos canadense que marcou o final de um grande ciclo da minha vida profissional.

No final de 2015 fui convidado para apresentar um artigo científico em Toronto sobre minha dissertação de mestrado e obviamente não poderia deixar de aproveitar todo o tempo possível das minhas "férias" para explorar as montanhas e lagos canadenses.

Nesta viagem eu estava sozinho, com pouco equipamento e com o tempo bastante apertado pois precisava me preparar para a apresentação, dessa forma optei por fazer apenas trilhas de um dia, no esquema de ataque. (Mentira esfarrapada, tava com medo dos Ursos! rsrs :b)

No dia 09 de julho peguei o voo de São Paulo para Toronto, onde fiz uma escala e segui para Vancouver na costa oeste. Depois de dois dias explorando a cidade em busca de alguns equipamentos fotográficos, chegou o dia de colocar a mochila nas costas e encarar a Grouse Mountain.

A manhã começou fechada e com garoa, cheguei a pensar que teria de cancelar os planos. Por sorte, no verão o sol se põe por volta das 22h00 na região, então umas 12h00 o tempo melhorou um pouco e pude seguir com o plano de fazer duas trilhas: Grouse Grind e Goat Mountain ambas na sequência, já que teria tempo suficiente de luz até o pôr do sol.

Saindo da estação central do metrô de Vancouver segui de ônibus até o pé da montanha, onde encontra-se um teleférico que leva até a estação de esqui. A trilha Grouse Grind, que segue montanha acima até a estação, começa do lado direito do estacionamento para quem olha de frente para a montanha.

O percurso de aproximadamente 2 km até a estação de esqui é íngrime, constante e muito bem cuidado. Durante a subida percebi que era uma trilha bastante popular na região e muitos usam para treino de condicionamento físico. Encontrei pessoas de diversas idades e tive a primeira impressão que o canadense tem uma paixão especial por montanhas.

No caminho, o Pinheiro Canadense (que eu não sei o nome, alguém sabe? Valeu Ana!) infinitamente alto toma conta da montanha, acredito que seja um dos bravos sobreviventes do inverno intenso da região.

Fiz a trilha sem pressa, parando bastante para fazer registros fotográficos e curtir aquele momento (sei! rsrs). Tive uma sensação de estar em um lugar que ao mesmo tempo tinha uma atmosfera familiar mas onde eu nunca estive antes. Acredito que durante nossa vida globalizada consumimos imagens dessa atmosfera nos filmes norte americanos.

A trilha, sempre fechada pelos pinheiros, passa por caminhos de pedras, escadas de madeira e pequenas pontes. Cheguei na estação de esqui em aproximadamente duas horas, um lugar bem agradável, organizado, com um café sensacional e vista para o mar e a cidade de Vancouver.

A Grouse Grind realmente é um ótimo treino, no meu caso um belo "esquenta" para a próxima trilha saindo da estação de esqui. Logo depois do café :) é claro!

Recomendo essa trilha para qualquer pessoal com o mínimo de condicionamento físico, para curtir uma vista de Vancouver e outras atrações comemorativas da estação, com a opção de voltar pela trilha ou pela gondola.

Até a próxima! ;)