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Renan Cavichi 09/11/2014 21:06 com 1 participante
    Longboard Surf Trip | Chicama - Peru

    Longboard Surf Trip | Chicama - Peru

    Primeira surf trip internacional, onde aprendi um pouco mais sobre o universo do surf e um outro lado da cultura peruana

    Surfe

    Quando comecei a aprender a surfar não tinha ideia que iria gostar tanto e do universo que existe em torno da cultura do surf. Nessa viagem conheci uma pequena parte do litoral peruano.

    A viagem começou com um convite do amigo Eduardo Chaves, que surfa há muitos anos e tinha visitado o norte do Peru no ano anterior. Dessa vez o destino principal era a praia de Chicama, uma das ondas mais longas do mundo.

    Eu estava completando um ano de surf, aproveitando uma janela entre os trabalhos e a vantagem temporária de poder trabalhar nos projetos de qualquer computador com internet, decidi embarcar nessa trip e encarar as ondas peruanas.

    Saímos de Caraguatatuba no dia 21 de maio e pegamos o avião para Lima em Guarulhos. Logo no começo percebi alguns dos desafios de ser um longboarder: embalar duas pranchas de mais de 2 metros, caminhar com um trambolho gigante pelo aeroporto, vans, táxis e etc. Não é nada fácil, mas é um tesão! rsrs :D

    Mesmo com duas pranchas não paguei nada pelo despacho no avião. Chegando em Lima, pegamos um táxi extra grande para caber o long e fomos para o bairro de Miraflores. No caminho até Miraflores percebemos o contraste social entre os bairros mais próximo do aeroporto e as redondezas de Miraflores com prédios de luxo, casinos e shoppings. Como precisava comprar uma roupa de borracha, passamos uma noite em um Hostel (simples, preço bom e bem localizado, recomendo!) perto do Shopping Lacomar, um lugar bem agradável com muitas opções de equipamentos e alimentação, além uma vista muito bonita da orla de Lima.

    No dia seguinte seguimos de taxi para Caballeros, onde ficamos hospedados na pousada do surfista profissional Ernesto Nunes, gente fina, super alto astral que nos recebeu muito bem e nos ajudou com os contatos de transporte, dicas de alimentção, praias da região e lugares para comprar equipamentos de surf. Não poderia deixar de citar a querida Lidia Solís, que cuida da casa e de todos com muito carinho.

    Em Caballeros fizemos o primeiro surf da trip, mas o mar não estava em seus melhores dias, mexido, ondas gordas e pesadas com uma nevoa cobrindo toda região. Aproveitamos para conhecer os picos famosos nas redondezas de Punta Hermosa como: Señoritas, Pico Alto, La Isla e San Bartolo.

    Na pousada fizemos amizade com outro brasileiro de Curitiba, Leandro, que estava fazendo sua surf trip sozinho e que acabou virando parceiro na barca!

    No terceiro dia, depois de mais alguns ceviches e cusqueñas, alugamos um carro pela bagatela de U$ 30,00! Dez doletas por cabeça, pegamos as pranchas e fomos conhecer a praia de Puerto Viejo.

    Aíííí simmmm! Águas azuis e cristalinas, com uma esquerdinha de meio metro abrindo... coisa linda! os parceiros de pranchinha, claro, esperavam um mar maior, mas pro meu gosto estava perfeito! Fizemos um surf, pegamos a estrada de volta para Caballeros e nos preparamos para seguir viagem no dia seguinte.

    Compramos as passagens de ônibus pela Excluciva, com poltronas muito confortáveis de 180º, para encarar as 10h de viagem saindo de Lima a noite para Trujillo, rumo ao norte do Peru.

    Chegamos os três em Trujillo pela manhã, alugamos um táxi e seguimos mais algumas horas até Chicama. Chegamos!

    Pensa no paraíso! :D

    Chicama é um lugar mágico, uma mistura de ondas perfeitas, deserto, dunas imensas e uma vila simples.

    De frente com as ondas, uma única rua de hotéis e pousadas recebem surfistas do mundo todo, enquanto a cidadizinha pacata se esconde no mapa, cerca de 600km ao norte de Lima.

    No primeiro final de tarde, depois de toda ansiedade de cair na água e surfar as ondas perfeitas de mais de um minuto, bate uma emoção muito forte! Me lembro de pegar a última onda, vendo as dunas de um lado e o sol se pondo na imensidão do pacífico, sair do mar, sentar na areia, sentir todo aquela energia boa suspensa no ar e agradescer o dia que resolvi aprender a surfar. Me lembro também de querer muito agradescer ao mar, como se tivesse recebido um presente... não consigo explicar essa sensação.

    Os botes contratados para levar de volta ao pico depois de uma onda (cerca de U$ 20,00 a sessão) ajudam bastante, fazer todo percurso de volta andando pelas pedras ou remando contra correnteza é bastante demorado e cansativo, mesmo em uma trip economica vale muito a pena gastar um pouco mais e aproveitar as ondas.

    Prometi que aquela seria só a primeira vez que estaria naquele cantinho do globo! Espero voltar muitas vezes, com um surf mais evoluido a cada ano!

    Chicama meus amigos, se você surfa, precisa sentir a energia desse lugar! Vá!

    Aloha!

    Renan Cavichi
    Renan Cavichi

    Publicado em 09/11/2014 21:06

    Realizada de 21/05/2014 até 30/05/2014

    1 Participante

    Eduardo Chaves

    Visualizações

    8472

    4 Comentários
    Mario Nery 09/01/2015 19:47

    Cara me tira uma duvida como funciona o despacho das pranchas no aeroporto?? Tem alguma taxa fixa e tals?

    Renan Cavichi 11/01/2015 15:33

    Então, depende da companhia aérea, no caso da TAM não pagamos nada na ida, me parece que tem direito a um case de prancha. Basicamente é só despachar com a bagagem. Na volta, pela Aerosur, tinhamos um limite de bagagem em que a prancha estava inclusa, obviamente isso excede o peso e tivemos de pagar uns U$ 70,00.

    Juliana Yuri Saviolli 29/06/2015 15:13

    Adorei!! quero publicar a nossa segunda! :P

    Renan Cavichi 29/06/2015 15:21

    Demorou Ju, essa segunda pra Chicama vai ter que ser no capricho! ;)

    Renan Cavichi

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    Caraguatatuba - SP

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    Apaixonado por atividades outdoor e aventuras. Explorar as belezas naturais do nosso mundo na companhia dos amigos é uma das minhas maiores felicidades.

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