Olá!!!

Era para ser um passeio. Mas acredito que sou muito passional e intensa para que as coisas sejam assim em minha vida.

Então bem vindo(a) a mais uma aventura!

Tudo começou quando fui convidada a participar (a trabalho) de um seminário em Brasília. Trabalho concluído, eu teria pouquissimo tempo para me preparar para a travessia Marins x Itaguaré que iria realizar no feriado de 15 de junho (contarei em breve como foi!). Então aproveitei para ir até a Chapada dos Veadeiros para fazer sozinha a travessia das sete quedas. Não rolou. As reservas estavam indicando que só haveria vaga para setembro.

Acontece que neste mês foi aprovada a ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, abrangendo Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João D'Aliança, uma grande conquista para o meio ambiente, ecoturismo e a comunidade.

Com esta ampliação, contatei o Sr. Geraldo, figura ímpar que tem uma pousada em São João D'Aliança e juntamente com sua companheira e Dona Marlene tornam o mundo ainda melhor com suas prosas e comidinhas a lenha. Por sorte, eu já os conhecia. Ele é uma das poucas pessoas que conhece, cuida e mantém a trilha e do Canyon Bocaina de Farias.

Agora voltarei um pouquinho na história. Lembra que contei no post anterior sobre as amizades ao longo do caminho? Pois é! Desta vez foi uma amizade de Bla Bla Car. Isso mesmo! Para compartilhar os custos e as paisagens da viagem publiquei a carona e assim conheci a Victoria, o Léo e o Beck (o cão, sim! O cão!rs...).

A Victoria é uma argentina com sangue brasileiro que estava de viagem até a Chapada dos Veadeiros para conhecer um mestre de Yôga. Tivemos que nos separar pois seu retiro não permitia cães. :-/ Ela quase desistiu! rs... Mas veio com este objetivo e espero que tenha atingido estados superiores de consciência. :)

Léo, um paulistano, empresário nômade que tem como seu inseparável companheiro o Sr. Pug Beck Dog. Ambos queriam sôssego. rs... pegaram a carona errada!

Combinado o ponto de encontro para o início da trilha, fui até a parada de estrada a 5km do local tomar um café. Lá o café é de graça. Isso mesmo!!! Para os que me conhecem um pouquinho, sabe que o isso significa! rs... O pão de queijo é quentinho e delicioso. Para quem aprecia, há a coxinha sem massa. Pra mim, tiraram a melhor parte! rs...

Fomos para a trilha, Eu, Léo, Beck, Geraldo e um fotógrafo, o Bruno Henning - Carioca que mais tarde descobriria que tínhamos uma amiga em comum, a Keila Beckman. Iniciada a trilha, andamos 25 km de carro dentro de canaviais e milharais. Impossível chegar sem guia. Carros estacionados no meio do canavial, andamos por quase duas horas de trilha para chegar à entrada do Canyon.

Colocamos nossas lanternas e botas de borracha e fomos desbravar as belezas das penumbras.

Canyons e cavernas são cheias de curvas e segredos intrigantes, que aparecem em determinado momento do dia e na medida certa. Sexy sem ser vulgar, eu diria. rs...

Exploramos cada cantinho. Encontramos cobras, morcegos, borboletas e clarabóias que resultaram na morte de alguns animais que fugiam de seus predadores metros acima de nossas cabeças.

Por fim, encaramos uma parte do Canyon que esconde, após atravessar a água gélida nadando, uma cachoeira lindíssima que cai em formato de "S". Frio, mas imperdível.

Saímos do Canyon e descemos por uma trilha de aproximadamente 15 minutos. Uma trilha super inclinada. Chegamos à um poço de águas borbulhantes onde no fim, havia uma cachoeira.

Subimos mais um pouco e demos de cara com a vista de cima desta última cachoeira e também outras duas cachoeiras altas e magníficas. Elas ainda não têm nome. Tentamos apelida-las, mas só saberemos se "pegou"em alguns anos. rs...

Todo este trajeto, deixou o Sr. Pug Beck Dog beeem cansado, mas o fez ganhar um status de cão mauricinho a um cão aventureiro. rs...

Na volta, chegamos à luz de uma lua cheia, enorme e laranja.

Foi incrível!