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Tem Trilha 20/09/2021 17:58
    Travessia na Serra do Feiticeiro (Lajes-RN)

    Travessia na Serra do Feiticeiro (Lajes-RN)

    Trekking de 2 dias pela Serra do Feiticeiro na cidade de Lajes-RN com o objetivo de explorar um pedaço da cumieira da serra.

    Trekking

    INFORMAÇÕES

    • Tipo: Trekking independete e autônomo. Toda a logística, roteiro e navegação foram realizados por conta própria;
    • Guia: Opcional;
    • Dias: 2 dias. Subimos a serra na metade de um dia e na metade do outro dia efetuamos a descida;
    • Distância: 18 km. Sendo 11 km no primeiro dia e 7 km no segundo;

    LOGÍSTICA

    O planejamento inicial era começarmos a trilha a partir da propriedade de Inácio (ponto marcado no tracklog como "Ponto de Apoio"). A princípio este seria o local onde o carro ficaria e seria pego no outro dia. Entretanto, meu amigo Luciano e eu resolvemos começar o trekking de um jeito diferente.

    Pelo fato da casa ser bem próxima da serra, utilizá-la como apoio acaba sendo o jeito mais comum para começar e terminar o trekking (trilha em circuito). Esse local já é comumente utilizado por trilheiros e agências de turismo como ponto de apoio. Caso queira estacionamento ou também almoçar no segundo dia, combine com antecedência com Inácio.

    Após almoçar no restaurante do posto de gasolina Odon Lajes (aquele que fica antes da entrada da cidade de Lajes), decidimos deixar o carro no estacionamento do restaurante e começar o trekking dali mesmo. Nesse caso, a propriedade de seu Inácio ficou sendo o nosso destino final da trilha.

    A TRAVESSIA

    DIA 1 - POSTO DE GASOLINA ODON LAJES AO ACAMPAMENTO

    Traçamos nosso primeiro objetivo como sendo a base da serra, caminho por onde geralmente o trekking passa quando sai da casa de Inácio e vai subir a serra. Como esse planejamento ainda não havia sido feito e não conhecíamos nada da região, uma análise inicial de como seria a trilha foi feita ali mesmo.

    Olhei rapidamente como seria o terreno com base no mapa topográfico e qual o tipo de vegetação nas imagens de satélites que iríamos enfrentar. Começando do posto, até chegarmos à base da serra, teríamos 3.5 km de uma estrada rural pavimentada e depois, para cortar caminho, mais 4 km (em linha reta) caminhando sem estrada e fora de rastro de trilha.

    Por ser um terreno predominante plano e com vegetação de Caatinga mais aberta e baixa, compramos a ideia e fomos em direção a base da serra. De acordo com a distância, fizemos o cálculo de tempo de deslocamento aproximado para sabermos se iríamos chegar antes do pôr do sol. Caso não desse tempo, poderíamos acampar antes.

    Saímos às 13h em direção ao ponto de acampamento pretendido na serra. Antes da saída, fiz os últimos ajustes na mochila e aumentei em mais 2 litros de água. Esteja preparado, não existe água no caminho nem em cima da serra. Já estava com 5 litros e aumentei para 7 litros de água devido ao novo trajeto. Achei que ainda não fosse suficiente (na realidade ficou no limite) já que no segundo dia iríamos caminhar até perto do final do dia.

    Até o nosso primeiro objetivo (base da serra) foram 8 km. Nos primeiros 5 km o percurso foi bem tranquilo por se tratar de uma parte de estrada rural e outra estrada para acesso ao leito do rio Ceará-Mirim. Os outros 3 km seguintes foram de navegação fora da trilha realizados para cortar caminho até a base da serra.

    Nosso começo foi por uma estrada rural próxima ao posto, à esquerda da rodovia no sentido Lajes-RN. Ficamos nela por uns 4 km até pegarmos uma bifurcação à direita no sentido do rio Ceará-Mirim. A partir desse momento já era possível ter uma melhor visão da serra e do ponto que iríamos subir.

    Mais a frente cruzamos o rio e sempre olhando no visual para tomar como base o nosso ponto de subida da serra. Com mais 1.5 km chegamos na parte de navegação fora da trilha. Nesse momento a vegetação era de mata de Caatinga arbustiva e pouco densa. Usávamos sempre a serra como referência para navegação. Caminhamos nesse tipo de vegetação por uns 2 km. Cruzamos a mata e chegamos até próximo a base da serra numa trilha que normalmente é usada para chegar até o ponto de subida. Nesse local fizemos nosso primeiro ponto de parada já era por volta das 4h da tarde.

    Até o ponto de acampamento havia ainda uns 3 km de subida. A trilha de subida é bem demarcada e possui algumas pedras soltas pelo caminho. De um modo geral ela não é tão íngreme, mas foi preciso mais esforço por conta do peso a mais de água na mochila. Já no final da subida muito lixo foi encontrado principalmente de garrafas pets.

    Ainda antes do ponto de acampamento pegamos uma subida forte para finalizar o dia. Lá em cima há um mirante, sendo possível avistar o Pico do Cabugi. Ao chegar no acampamento montamos nossas barracas e deixamos tudo pronto para aproveitar o final do dia e a noite que teria lua cheia.

    DIA 2 - ACAMPAMENTO À CASA DE INÁCIO

    Como de praxe de manhã cedo fomos aproveitar o nascer do sol e em seguida levantamos acampamento. A ideia do segundo dia era explorar uma parte da cumereira da serra. Entretanto, após andarmos Xkm começamos a ficar sem água e acabamos abortando a trilha. Mesmo ainda vimos outro mirante que possui uma bela vista para a extensão da serra como também para o Pico do Cabugi.

    A volta para o ponto de apoio na casa de Inácio foi relativamente tranquila apesar da pouca água. A minha acabou assim que chegamos. Inácio nos recebeu muito bem, ofereceu água (muito gelada) e um almoço, pois chegamos perto do meio dia. Descansamos mais um pouco e ele nos levou até o posto onde deixamos o carro.

    Apesar de termos caminhado pouco no segundo dia, ainda assim o trekking valeu a pena pela beleza do lugar. Uma investida para percorrer toda a cumeeira da serra seria bem interessante numa próxima oportunidade. A trilha aumentaria sua dificuldade principalmente devido à escassez de água.

    Tem Trilha
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    Publicado en 20/09/2021 17:58

    Realizado desde 27/02/2021 al 28/02/2021

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    2 Comentarios
    Marcelo Baptista 23/09/2021 12:23

    Fala Thales! Morei em Natal (RN) alguns meses no já distante ano de 2004 e não ouvi falar sobre essa serra! Estive andando na época pela divisa de Estado com a PB, cheguei a conhecer Martins, enfim...bacana o seu relato, estou te seguindo para acompanhar mais algum rolê interessante que vc poste. Te convido a me seguir também, tenho alguma trips legais no meu perfil. Abraço!!

    Tem Trilha 23/09/2021 12:30

    Opa Marcelo, muito obrigado mesmo. Estamos juntos. Martins é muito legal mesmo. Te seguindo. Abraços.

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