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Alberto Farber 09/09/2021 17:17
    O Prisma da Vida

    O Prisma da Vida

    Uma tentativa de Cicloturismo pelos Campos de Cima da Serra e parte baixa da Serra Geral de SC e RS em Fevereiro de 2020

    Cicloviagem

    ATENÇÃO

    Tenho buscado com os relatos que publico no AB não falar somente sobre estatísticas de km's percorridos, lugares visitados, custos e informações mais genéricas, mas sim tentar passar o que de fato senti, qual foi a experiência, o aprendizado e a interação que vivenciei com outras pessoas e com o ambiente.

    Caso esse tipo de relato não te interesse, talvez você não queira dar sequência na leitura.

    Obs: Em uma sequência cronologica, a aventura relatada abaixo aconteceu após a Travessia do Cassino e antes da Travessia Canion Laranjeiras x Funil

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    Todo aventureiro tem um sonho de realizar uma grande aventura, aquela aventura que fica sendo planejada, idealizada, fantasiada por um longo tempo e muitas vezes vivida sem sequer mover um músculo, tudo na imaginação. A minha grande aventura, o meu sonho, é o de realizar uma viagem de cicloturismo por um longo período de tempo, pela Patagônia ou em qualquer lugar do mundo, não importa, contanto que seja eu e minha bicicleta, minha bicicleta e eu.

    Depois da Travessia do Cassino e uma esticada pelo litoral do Uruguai nas férias de 2019, em 2020 eu não havia planejado viajar para fora do Brasil, me faltava o cascalho, tudo pela hora da morte, proibitivo. Decidi então começar a tirar da cabeça e do papel essa vontade de viajar de bicicleta. Desde que havia sido atropelado andando de bike em 2018 não havia feito mais nada, nem mesmo um bikepacking, pensei ter chegado a hora.

    O roteiro que comecei a planejar percorreria os Campos de Cima da Serra Geral, partindo de Lages para conhecer melhor a Coxilha Rica, passando por Urubici, Bom Jardim da Serra, entrando pelo Rio Grande do Sul em São José dos Ausentes e Cambará do Sul, para depois retornar pela parte de baixo da Serra Geral, com a vista dos paredões sempre à esquerda, conhecendo as cidadezinhas de Treviso, Nova Veneza entre outras. Tudo isso em torno de 20-30 dias, sozinho, sem lenço nem documento (brincadeira hehehe).

    O INÍCIO DO FIM.....


    Dia 23 de Fevereiro de 2020
    . Estou em Lages, na casa da minha irmã. Cheguei trazendo a bicicleta no onibus, entusiasmado para no dia seguinte iniciar minha tão esperada viagem, uma espécie de treinamento para quem sabe em um futuro não muito distante me jogar pelos rincões desse mundão sem pressa e tempo para voltar.

    Sinto medo, um frio na barriga, mas medo do que?. Medo do que eu não conheço, do tamanho da empreitada em que estou me colocando, de esquecer alguma coisa importante, de deixar as pessoas que tanto amo, de acontecer alguma coisa com a bike e não estar preparado.

    Ao mesmo tempo que sinto medo, sinto confiança, me preparei da melhor maneira que pude, imaginei esta cena, este momento milhares de vezes nos últimos meses e até mesmo nos últimos anos, penso que essa é mais uma etapa que preciso vencer para a realização de um sonho ainda maior.

    De tempos em tempos sinto essa necessidade, um tipo de urgência em me desafiar, me conhecer mais, entender como me comporto nas dificuldades e tentar expandir meus limites. Não sei de onde vem essa inquietude, essa vontade de estar sozinho, mas é forte, forte o suficiente para eu enfrentar meus medos e ir em busca do que é desconhecido para mim. Estou pronto, aqui vou eu !! Com medo mesmo, mas também repleto de coragem !!

    Ph1 - Bike pronta, antes de partir

    Dia 24 de Fevereiro de 2020. Comparado com os outros dias que antecedem uma aventura, consegui dormir relativamente bem. Desperto as 6:00h, olho pela janela, tempo nublado, fechado, um convite para ficar um pouco mais de tempo na cama. Vou para cozinha preparar um café da manha reforçado, com calma. O tempo vai passando e as nuves sumindo. Tomo um último banho, troco de roupa, arrumo a bagunça que fiz e me preparo para sair.

    Antes de começar a pedalar ligo o GPS com o traçado do caminho até o local do 1° pernoite e nada, cade o mapa? Penso que é por causa do sinal de satelite e resolvo iniciar mesmo assim para ver se o problema resolve. Quando me aproximo da saída da cidade e vejo que nada mudou decido achar um computador para tentar descobrir o que está errado. Paro em uma lojinha e a mulher gentilmente me empresta a máquina, fuça daqui, fuça dali e voilá, resolvido. Agora sim estou pronto para seguir.

    Para sair de da área urbana de Lages em direção à Coxilha Rica, pego a estrada conhecida como "Antiga BR 02", uma estrada de chão bem conservada que antigamente fazia a ligação entre esses dois lugares. A estrada não tem subidas ou descidas fortes, assim, os primeiros quilometros acontecem de forma rápida e fácil. Estou tenso, preocupado com a eficiência e escolha dos equipamentos e mesmo com a bicicleta. Quando completo os primeiros 20km em uma descida leve, o primeiro furo de pneu, hora de testar minhas habilidades. Conserto um furo, instalo a câmera, encho e aparece outro, nesse monta e desmonta gasto quase 1 hora, até que opto trocar por outra câmera e seguir estrada.

    Por volta das 13h chego no asfalto da Coxilha Rica. O famoso e controverso asfalto da Coxilia Rica, coisa recente, de 2 ou 3 anos. A promessa desse asfalto era antiga, foi somente no mandato de um go

    vernador lageano que a obra saiu do papel. O fato de ele ter uma fazenda na região acredito eu, deva ser mera coincidência, eis a polêmica. A promessa de progresso que o asfalto e os discursos traziam ainda caminham no ritmo dos tropeiros passando pelos centenários corredores.

    Ph2 - Corredor das Tropas na Coxilha Rica - Fotos Google.

    Quando começo a conhecer a imensidão desses campos, percebo a importância que uma estrada pode ter em toda uma região e para toda uma geração. Quando ainda estrada de chão e os automóveis eram itens de luxo, a ida para a cidade podia levar dias. A produção agrícola é a forma mais evidente de que a Coxilha Rica está mudando, onde antes havia apenas campo nativo, hoje o espaço é ocupado por lavouras de soja, milho, feijão e muito gado.

    Ph3 - Asfalto na Coxilha Rica

    O trecho de asfalto cai como uma benção para minhas pernas já cansadas com 50-60km percorridos. A velocidade aumenta e tudo fica mais fácil, pena que dura pouco tempo. Quando o asfalto acaba novamente, tenho mais 8km sofridos de estrada de chão até o meu destino do dia. Esses 8km foram cruéis, estrada muito ruim, muita pedra solta, o ritmo nas descidas era mais lento que nas subidas. Depois de mais de 1h de esforço e somando 74km pedalados, chego no famoso "Bodegão", fico muito feliz, mas dura poucos minutos. Enquanto tomo uma coca gelada e especulo a proprietária sobre a possibilidade de pernoite, ela com cara de poucos amigos e com menos palavras ainda diz que tem um compromisso em Lages e não vai poder me receber, sugerindo que eu vá até a próxima localidade e procure a Familia Xavier para encontrar pouso. Lá vou eu, encarar aqueles malditos 8km pela estrada horrível. Com as pernas cansadas tento me distrair com a beleza exuberante dos campos da coxilha, no caminho dou de cara com a subida mais forte do dia, o 1° empurra bike da viagem estava oficializado, mas falta pouco, mais em frente chego na localidade de São Jorge, com 82km, nunca havia pedalado tanto assim.

    Ph4 - Localidade de São Jorge - Foto Google.

    Bato palmas em uma casa na beira da estrada e aparece uma senhora de uns 60 anos mais ou menos, conto minha história e do que preciso (um canto para arrumar meu acampamento), ela me oferece o espaço da Unidade de Saúde para dormir, com pia, banheiro, uma maca, luz, chuveiro quente, um hotel, aceito sem pestanejar muito. Aos poucos vou conhecendo os irmãos da Dona Zenir, a mulher que me recebeu, o Ademir, Sergio e mais outro que não me recordo o nome. Com a vida pacata na coxilha, todos querem prozear com o maluco que chegou de bicicleta, e eu esgualepado, só penso em descansar para o dia seguinte, mas também quero muito escutar as histórias dessas pessoas e desse lugar fantástico. Dentro do meu possível dou a atenção que consigo, todos me convidam para chegar na casa mais tarde para jantar e conversar.

    Por volta das 20:00h vou até a casa. Toda a família está reunida. Fico bastante envergonhado. Sergio começa a me mostrar fotos e videos dos seus muros de Taipas, profissão que aprendeu com seu pai e da qual ele tem verdadeiro orgulho e amor por fazer. Sergio me mostra também videos e fotos dos bailes e festas das redondezas e com alegria aponta o irmão violeiro e o sobrinho gaiteiro. Ademir, o outro irmão, é um pouco mais calado, tenho que provocar a conversa, que vai desde futebol, carnaval e as histórias das fazendas.

    Quando a janta fica pronta, com todos à mesa, o prato de arroz, feijão e macarrão tem um sabor especial, preparada pela Dona Zenir a comida tem gosto de história, sabor de tradição, cheiro de boa fé e aparência de memórias. Me lembro das histórias que minha mãe conta da sua infância e também da minha vó. Conversamos todos mais um pouco e peço licença para me recolher e descansar.

    Cada vez mais e mais nas minhas peripécias acredito que o lugar, a paisagem, o esforço físico são coadjuvantes, a estrela principal, ou as estrelas são as pessoas de bem que cruzam meu caminho, são as boas intenções sem esperar nada em troca, a confiança depositada logo nas primeiras trocas de palavras, a simplicidade do viver, a sinceridade do olhar. São esses os grandes momentos, as grande memórias que ficam marcados no coração e vão ser lembradas para sempre.

    Dia 25 de Fevereiro. A madrugada é barulhenta, trovões e relampagos cruzam o céu. Não demora muito a derramar água, barulho bom para embalar o sono. Desperto as 6:30h para olhar o tempo lá fora, 2 arco-iris no horizonte contrastando com a escuridão das nuvens carregadas. Desce mais água. Repito a tarefa às 7:30h, às 8:00h e tudo igual. Já começo a pensar em permanecer mais um dia e noite em São Jorge, afinal tenho abrigo, comida e estou dentro do cronograma. Consulto o previsão do tempo e os 25mm previstos para o dia parecem se confirmar.

    Ph5 - Vista da Janela, tempo chuvoso.

    Perto das 9:00h a Dona Zenir me chama para tomar café. Pão caseiro, doce, bolacha, queijo, tudo muito simples mas de novo delicioso. A chuva lá fora cai mansa, mas não da trégua, me resta voltar para meu alojamento e deixar as coisas prontas caso o tempo melhore o suficiente para partir. Aproveito também para escrever meu diário e tirar mais um cochilo.

    Meio-dia e pouco o Ademir me chama para almoçar, incrível a preocupação dele para comigo. Nos poucos metros até a casa o cheiro bom de comida se espalha. A casa simples de madeira fica aconchegante com o calor que emana do fogão a lenha e pela família toda reunida. Me sento à mesa ainda envergonhado, o banquete está servido, arroz, feijão, salada, polenta, galinha, uma verdadeira delicia. Dona Zenir é cozinheira de mão cheia.

    Novamente a conversa vai desde carnaval até o coronavirus na Itália, a Dona Zenir é muito bem informada, tanto pelo rádio quanto pela TV. Com uma TV na cozinha e outra na sala e com sinal de internet, percebi que existe uma audiência maior durante os jornais e novelas. Fico imaginando como era na época que essas modernidades não existiam na Coxilha, quando o que havia era lampião e depois lâmpadas a gás.

    Depois do almoço, enquanto a Dona Zenir encerava a chapa do fogão à lenha fazendo me lembrar por algum motivo minha vó, a conversa continua com os outros irmãos, Maria, Sergio, Ademir, Bastião. Descubro que alí está apenas uma pequena parte da família, em um total de 18 irmãos. A conversa é rica em histórias, a propria família Xavier é parte da história viva da Coxilha Rica. Ademir me conta que seus avós e bisôs já eram da Coxilha, que sua bisavó era provavelmente Bugre.

    A localidade de São Jorge tem esse nome em função de Jorge Flores, personagem que construiu o primeiro e original Bodegão e depois a igreja, assim ele mesmo chamou o lugar de São Jorge. O local é um dos mais antigos da Coxilha, servia de acampamento para os tropeiros e também foi palco das tropas de soldados da Guerra dos Farrapos. A família me conta que nos morros ainda existem trincheiras feitas pelos soldados para fazer espera para os inimigos e que há um local conhecido como Capão da Espera. Toda essa história acompanhada de um cafézinho preto feito pela Dona Zenir ganha um tom especial.

    Depois de tanta conversa, volto para meu alojamento, a chuva e o frio são convidativos para dormir, refletir, planejar e não fazer nada; e assim fico fazendo tudo e nada ao mesmo tempo.

    Ph6 - Atualizando o diário no alojamento.

    Dia 26 de Fevereiro. Após uma noite inteira de chuva o dia amanhece nublado, fechado. Entendo como uma janela de tempo "estável" para eu conseguir sair de São Jorge e seguir minha viagem. Vou até a casa, tomo café com a D.Zenir, conversamos mais um pouquinho e pergunto para ela qual o preço por todo o trabalho que eu dei nos dias anteriores, ela pensa um pouco e muito ressabiada diz um valor, seguramente muito abaixo de tudo que recebi em troca, dobro a quantia, o mínimo por tanta história e por me receber dentro da casa dela.

    No alojamento arrumo todas as minhas coisas e a bicicleta, é hora de agradecer e dar tchau. Quando são quase 9 horas já estou pedalando. A estrada com barro deixa o deslocamento mais pesado, mas com uma sensação de conforto, visto que as pedras assentaram no barro. Em alguns pontos menos batidos o barro começa a acumular na bicicleta e o sobe e desce para liberar o pneu começa. Em uma dessas paradas para liberar espaço para o pneu girar, vejo no horizonte a chuva se aproximando e em poucos minutos ela me alcança.

    Voltar para São Jorge não era mais uma opção, precisava seguir. Nos campos de altitude com 1200m, temperatura de 12°C, vento e nevoreiros, a paisagem estava linda, mas nesse momento entrei um modo mais "sobrevivência", com medo de uma hipotermia tentei acelerar para chegar na localidade de Morrinhos. Consigo chegar no local por volta das 11:30h, a primeira coisa que faço é tirar a jaqueta e a camisa molhada e trocar por uma roupa seca, mesmo assim começo a tremer um pouco involuntariamente. A segunda coisa é pedir uma água quente para fazer um café.

    Nessas pequenas localidades funcionam escolas itinerantes, dei a sorte de chegar em Morrinhos justamente no dia em que havia aula. Como as crianças ficam o dia todo na escola, há uma merendeira para fazer o almoço e os lanches. Essa mulher foi quem me serviu umas 4 xicaras de café quente para espantar o frio e logo na sequência um almoço. Enquanto tomava minha 4° xicara de café, converso com o motorista do ônibus escolar e ele assim como o Silvio Xavier me falam de uma estrada que leva até Painel (meu proximo destino) que me encurtaria o caminho em uns 10-15km.

    Da escola de Morrinhos até Painel faltavam 45km, encurtar 10-15km disso não seria nada mal. Às 13:30h, depois de almoçar, quando as crianças voltam a estudar, decido arriscar pegar o tal do atalho. Volto alguns metros para pegar a estrada que supostamente encurtaria meu caminho. Uma poça d'água aqui, outra alí, um pouco de lama, até então estava tudo divertido. Quando me dou conta, estou no meio de um atoleiro, com lama na altura da canela. No momento em que não conseguia mais arrastar a bicicleta de tão pesada de tanta lama, percebi que o caminho inteiro do atalho seria assim e que dificilmente chegaria com luz no destino, resolvo voltar para escola e repensar o que fazer.

    Ph7 - Quando tudo ainda parecia divertido.

    Ph8 - Quando tudo se tornou uma "nhaca".

    Ph9 - Tentando remediar o estrago.

    Na escola novamente, lavo a bicicleta da maneira que consigo, o tempo estava passando e a preocupação aumentando, começo a fazer contas de tempo e quilometragem, pedalar de noite não estava em meus planos. Por uma fração de milésimos de segundos duvido se consigo fazer essa viagem toda. Foi nesse momento em que tudo acabou, fui derrotado pelos meus pensamentos, pela minha inexperiência, pelo meu "desespero". Depois de limpar a bicicleta testo a troca de marchas, está funcionando, mas um barulho diferente começa a me preocupar bastante.

    Quando saio da escola para a estrada principal, no caminho original, começo a pesar os prós e contras de tentar continuar toda a viagem. Eu só iria conseguir uma oficina em Urubici uns 3 dias depois, ainda por inexperiência pensei que poderia estragar muito a bicicleta e teria um prejuizo enorme. Conforme os quilometros vão passando, sem ainda me dar conta que já estava vencido, meus pensamentos não param e logo decido voltar para Lages para arrumar a bicicleta e quem sabe continuar no outro dia.

    Doce engano, no momento em que resolvo voltar para Lages algo mudou dentro de mim, tantos planos, tantos sonhos, tudo por lama abaixo, o brilho da viagem se apagou, de repente já não fazia mais sentido.

    Depois de 4 horas pedalando, em Lages, converso com o mecânico, descubro que poderia sim ter seguido viagem, que a bike teria resistido sem graves problemas, mais uma vez a inexperiência levou a melhor. Os proximos 2 dias são juntando os cacos e arrumando as coisas para voltar para casa, já pensando em alternativas para remediar o estrago, visto que tinha um bom período de férias ainda.

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    O que se leva dessa vida?

    Dependendo do ponto de vista do observador, essa aventura pode ter sido um completo fracasso, afinal não completei nem 1/4 do que havia proposto originalmente, ou um sucesso, visto que conheci pessoas maravilhosas em um lugar também maravilhoso e tive ensinamentos que sem dúvida alguma enriqueceram a pessoa que estou trabalhando constantemente para me tornar. Entre o copo meio cheio ou meio vazio, fico sempre com o transbordando.

    E o que eu aprendi com tudo isso ...... ?

    • O caminho mais inóspito ou mais difícil nem sempre precisa ser o único caminho;
    • Escolher o caminho mais difícil para se vangloriar, dizer que fez isso ou aquilo também não é a opção;
    • Construir confiança, no que se é capaz de fazer e mais segurança e conhecimento nos equipamentos;
    • Trabalhar para mudar o foco, menos competitivo comigo mesmo e mais contemplativo;
    • Metas exageradas de Kms me fizeram focar apenas no ato de pedalar, preocupado com horários, restando pouco tempo para apreciar o ambiente, que era o meu objetivo principal;
    • Preciso estabelecer metas e objetivos menores, ganhar confiança e experiência para encarar desafios maiores;
    • Na vida não existem atalhos, por que em uma viagem deveria??? ;
    • Sou capaz de fazer tudo que quero. Preparo é a palavra de ordem;
    • Não brigue contra a natureza;
    • Tomar decisões no calor do momento nunca é a melhor escolha;
    • Desistir pode ser também uma opção, mas não dever ser a única, voltar mais forte e preparado sim!;
    • Novos planos podem ser tão bons e satisfatórios quanto os originais;
    • Se abrir para novas possibilidades pode ser recompensador.;
    Alberto Farber
    Alberto Farber

    Publicado em 09/09/2021 17:17

    Realizada de 23/02/2020 até 28/02/2020

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    627

    3 Comentários
    Ciclotrekking 29/09/2021 11:19

    Toda experiência é válida, meu camarada! Tem vezes que as coisas complicam bastante numa empreitada assim, e quando isso acontece, o melhor é parar para avaliar  qual a melhor maneira de contornar as eventuais dificuldades... Esse lance de esquecer os números, dados e etc... focando na vivência da aventura e todas as sensações emocionas é o grande lance mesmo. Siga firme, evoluindo e seguindo seus instintos! Belo relato!!!

    2
    Alberto Farber 29/09/2021 16:50

    Vlw Edson, pura verdade. Sua aventura na Patagônia é uma grande inspiração!! Alias, temos que combinar aquele trekking na Serra do Tabuleiro!! Abração!

    1
    Ciclotrekking 01/10/2021 09:22

    Sim temos que combinar essa travessia... é uma pena que esse ano já perdemos a janela da temporada de montanha... mas vamos ficar atentos para na próxima temporada colocarmos em ação essa travessia. Forte abraço!!!

    1
    Alberto Farber

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    Videira - State of Santa Catarina,

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    Engenheiro Agrônomo, apaixonado por esportes e por qualquer tipo de atividade ao ar livre.

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