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Marcelo Baptista 16/10/2015 18:54
    P. E. Caverna do Diabo (SP) – Set/12

    P. E. Caverna do Diabo (SP) – Set/12

    Parque estadual que conserva dentro dos seus limites uma das maiores cavernas do Estado. Muita infra estrutura à disposição dos visitantes.

    Logo depois de ter conhecido a Cachoeira do Travessão (clique aqui), segui de carro para a cidade de Registro (SP), porque tinha que resolver uns assuntos bancários inadiáveis. Registro é uma cidade que eu sinceramente não curto nem um pouco, é uma cidade que me dá uma espécie de “deprê”. Serviço feito, sentei na calçada em frente de uma loja e abri os mapas. Minha próxima Unidade de Conservação na lista era o Parque Estadual Caverna do Diabo, e eu buscava um caminho mais alternativo possível.

    Não queria ir pela Dutra (BR 116) para depois subir. Queria aventura! Acabei encontrando um caminho bem interessante, margeando o Rio Ribeira até a cidade de Eldorado (SP), onde fica a sede do PECV. E assim eu fiz: subi pela SP-139 em direção a Sete Barras (SP), mas em determinado momento saí da estrada para pegar uma variante à esquerda, a SP-250. Uma das estradas mais sinuosas que eu já peguei, e sempre, sempre, margeando o lindo rio Ribeira de Iguape! Foi uma escolha feliz, em um dia ensolado e de calor.

    Passei pela cidade de Eldorado, parei na Central de informações ainda a tempo de saber se era possível visitar o parque. Eram por volta das 16h20, e o parque fecharia a visitação à caverna às 17h. Acelerei o máximo que pude naquela estrada sinuosa, subi os 5 km da estrada íngreme até a sede, mas consegui chegar a tempo de fazer a visita (monitorada) à caverna.

    A sede do Parque Estadual Caverna do Diabo impressiona logo de cara: um enorme pátio de estacionamento antecede um conjunto de casarões, onde estão instalados um restaurante muito bom (Restaurante Kaverna tel.: 13 3871 0259), banheiros grandes. As coisas funcionam ali. Obrigatoriamente você tem que pagar por uma monitoria pela Caverna do Diabo (R$16, ingresso+monitoria), mas nesse caso, mesmo não curtindo essa “obrigação”, eu vi vantagem. Tem coisas ali que só um cara que já conhece poderia mostrar.

    O monitor que me acompanhou foi o Geraldo, que eu descobri depois ser primo de um cara que eu havia conhecido uma semana antes, em São Paulo, em um evento profissional. Esse cara era o Ivo, guia e parte do Conselho do Circuito Turístico Quilombola. O mundo é muito pequeno! Acabei aproveitando e perguntando ao Geraldo se ele tinha um abrigo para eu abrir minha barraca, no que ele prontamente ajeitou um lugar para eu ficar, no quintal enorme de um primo dele.

    Infra estrutura bacana, e sem chance de entrar na caverna sem guia...A Caverna do Diabo é imponente, apesar de estar totalmente descaracterizada pelas escadarias de concreto, que na verdade são para diminuir o impacto dos visitantes ao local. Alguns espeleotemas interessantes, salões enormes, um rio que corre internamente. Fiquei ali cerca de 50 minutos, não tirei nenhuma foto. Mas gostei muito dali. Claro, há cavernas mais selvagens, sem iluminação, mas me agradou o que eu vi ali.

    No fim do tour pela caverna, ainda tive tempo de fazer uma trilha até uma cachoeira chamada Araçá, na verdade uma sequencia de quedas bem interessantes. Fiquei ali até às 18h20, e saí do parque já quase no escuro, para procurar o tal local que o Geraldo havia me falado para montar a barraca.

    Montei a barraca, os mosquitos infernizando, meu corpo suado pedia um banho! Mas onde? E a fome apertou. O sobrinho do Geraldo veio falar comigo, e me deu uma dica: 2 km pela estrada, sentido Eldorado, tinha um bar, chamado Bar da Bica, onde podia comer alguma coisa, e também tomar um banho na bica que dá nome ao bar. Corri para lá. Tomei um banho revigorante de bica, pedi uma porção de linguiça frita e uma breja. Logo puxei papo com umas mulheres que também estavam por ali, Graça, Ruth e Regina, que eu havia visto no parque também. Graça, descobri depois, é a dona do restaurante que fica na sede do parque; Ruth e Regina são professoras.

    O papo rolou animado, calor, cerveja, e de repente veio chegando o povo da comunidade quilombola Sapatu. Do nada, alguém puxou um violão. E assim começou uma festa que foi até altas horas, agora regada a dança e cachaça. Ainda joguei bilhar contra o dono do bar, ganhei a melhor de três dele, o que causou certo espanto na galera (e em mim também! Foi pura sorte!! Kkkk).

    Saí do Bar da Bica meio “torto”, voltei para o camping e me enfiei na barraca. O dia tinha sido realmente espetacular, e fechou com chave de ouro!

    Marcelo Baptista
    Marcelo Baptista

    Publicado em 16/10/2015 18:54

    Realizada de 18/09/2012 até 20/09/2012

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    Marcelo Baptista

    Marcelo Baptista

    São Paulo

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