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Marcelo Baptista 11/03/2022 21:41
    P. E. Serra da Itaberaba (Guarulhos / SP) - Fev/22

    P. E. Serra da Itaberaba (Guarulhos / SP) - Fev/22

    Parque praticamente novo que abrange grande área ao norte da RMSP. Área de Mata Atlântica e berço da importante bacia do rio Jaguari. Bora!

    Cascada Trekking Hiking

    Parque Estadual de Itaberaba

    Havia algum tempo que eu já alimentava uma vontade grande de conhecer essa área ao norte da Região Metropolitana de São Paulo. Meu amigo Florivaldo já me falava de algumas incursões realizadas ali, inclusive com um pernoite e histórias sobre onças pardas que me provocavam euforia toda vez que a gente conversava. Finalmente concordamos em uma data no mês de Fevereiro de 2022, e assim foi.

    No dia 18/2 marcamos de nos encontrarmos na estação de trem Guarulhos - CECAP, o mais cedo possivel. Saí às 5h30 de casa e me dirigi até a estação da Luz, onde pegaria o trem da linha 13 Jade até o nosso ponto de encontro. Exatamente às 7h30 cheguei na estação e encontrei Florivaldo, Sandra e Silvana. A partir daquele momento pegaríamos uma sequência de ônibus para chegarmos até o ponto inicial da trilha propriamente dita.

    Pegamos o ônibus 433 Vila Galvão / São João e ao chegarmos no terminal embarcamos quase que imediatamente no ônibus Água Azul, que nos deixaria no ponto mais próximo de caminhada até os limites de entrada do parque. Nesse segundo ônibus se juntaram ao grupo minha amiga Ana Paula, Gisele e Mino. Pronto, grupo completo e prontos para a pernada de mais ou menos 18 km pelos domínios do P. E. Itaberaba.

    Começamos a caminhada pela estrada Ary Jorge Zeitune, estrada asfaltada e que nos leva até a bifurcação onde adentramos o parque estadual. A partir dali a estrada se torna de terra batida, ganha o nome de Estrada da Pedra Branca e nos conduz por caminhos improváveis se pensarmos que estamos em uma das cidades mais urbanas da região metropolitana.

    A topografia na área do parque é bem acidentada, oferecendo diversas subidas e descidas no trajeto. Fisicamente é bem exigente essa pernada, principalmente se for feita sob sol quente como foi no dia em que estivemos lá. São poucas as áreas de sombra e junta-se a isso o fato de andarmos o tempo inteiro em estradas de terra.

    Na bifurcação (foto acima) mantivemos a esquerda e seguimos. O papo era animado e o grupo ia se misturando e revezando as pessoas, todos trocando muitas conversas e informações. Fazia tempo que eu não sentia um grupo animado assim, ainda mais após tanto tempo parado pela pandemia. Foi bem animadora e saudável essa troca!

    Por volta das 11h00 chegamos até o ponto onde iríamos entrar na mata e tomar um banho de cachoeira, a primeira prevista nesse rolê. Assim sendo, saimos da estrada principal e pegamos outra estradinha à esquerda, em um local cenicamente muito bonito da caminhada. Mais 10 minutos nessa caminhada e chegamos ao "final" dessa estradinha (que na verdade acaba em um propriedade privada) e à direita a trilha para a cachoeira. Dois minutos mais e já estávamos de frente para a cachu, sacando as roupas e caindo naquelas águas refrescantes para espantar o calor senegalês que fazia àquela hora

    Ficamos ali algum tempo, comendo, nos banhando e conversando. Foi muito propícia essa parada, fundamental até. O calor estava desgastante e a cachu veio no momento certo. Tiramos várias fotos, descansamos um pouco e logo em seguida, com as energias renovadas, pegamos a estradinha novamente. Naquele momento havíamos caminhado cerca de 9 dos 18 km planejados inicialmente. Estávamos, portanto, na metade do caminho.

    Retomamos a pernada cheios de energia, graças às aguas revigorantes da cachu. Logo em seguida enfrentamos uma das piores subidas desse tour: uma pirambeira contínua de um quilômetro de comprimento e angulação de 45°. Pensa numa subida cansativa...quando termina essa subida estamos no exato limite entre os municípios de Guarulhos e Santa Isabel (a foto abaixo mostra o marco limítrofe entre as duas cidades).

    Mais uma paradinha ali, esperando o grupo se reagrupar. Calor sem trégua, mas o melhor estava por vir na descida da piramba, já em terras isabelenses. Cerca de 400 metros abaixo mais uma cachoeira, à direita, meio escondida, mas com uma queda bem forte alimentada por um lago que fica do lado oposto. Foi diversão pura: descemos todos, vàrios banhos e brincadeiras. Aquele momento foi de pura descontração e relaxamento. E cenicamente a cachoeira era muito bonita também. Em determinado momento Florivaldo me chamou e quis me apresentar o lago do outro lado. A trilha até ele é curta, mas atualmente está com mato alto. Fica a dica de um bom lugar para acampar, mas com a necessidade de limpar um pouco a área. Planos futuros na serra do Itaberaba!

    Todo mundo refrescado, leve? Ok, hora de voltar para a estrada e enfrentar o restante da caminhada, algo em torno de sete quilômetros até o ponto de ônibus que nos levaria de volta para Santa Isabel. E dá-lhe pernada...esse trecho final ainda nos proporcionou belos visuais dos contrafortes da serra, mais alguns sobe e desce e alguma poiera das motos de trilha que passavam por nós em comboio.

    Os dois últimos quilômetros são feitos já em uma área urbanizada, com mais casas / chácaras. Interessante notar a mudança do perfil de ocupação do relevo: de uma área com poucas propriedades em Guarulhos vemos uma verdadeira "vila" nos dominios de Santa Isabel, com direito à chácaras de lazer, igreja e bares.

    Chegamos finalmente ao ponto de "extração", um simpático e salvador boteco chamado Bar do Paulinho - Pedra Branca onde pudemos nos hidratar, descansar e comer alguma coisa à espera do ônibus que nos levaria de volta para acasa, numa logística maluca e longa que eu explico logo mais.

    • Voltando para casa

    Bom, depois de tudo acabado, cervejas, sucos e pasteis comidos, nos restava voltar para casa. Essa foi uma aventura à parte.

    Esperamos o bus das 18h40, que chegou quase no horário. Pagando R$4,50 até Santa Isabel. Uma hora depois desembarcamos no centro de Santa Isabel, onde esperamos o ônibus que nos levaria até a estação Armênia do metrô (ao custo de R$8,55) mas que eu acabei desembarcando antes, na estação Tietê mesmo (passagem a R$4,40).

    E bora para a próxima!!

    Para mais informações sobre o Parque Estadual do Itaberaba clique .

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    Marcelo Baptista

    Marcelo Baptista

    São Paulo

    Rox
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    Montanhista, mochileiro, viajante, pai, conectado com as boas vibes do universo e com disposição ainda para descobrir os mistérios da vida.

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