A trilha da Asa de Hermes fica localizada na Parte Alta (Planalto) do Parque Nacional do Itatiaia. Uma das trilhas clássicas do PNI que tem início no Abrigo Rebouças.

Como chegar?
Vindo do Rio de Janeiro ou São Paulo pegue a saída 330 da Dutra em Engenheiro Passos. A partir desse ponto, percorre-se 26 km pela BR-354 até alcançar a Garganta do Registro, que marca a divisa entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A partir da Garganta do Registro, são mais 14 km de estrada de terra pela Rodovia das Flores até a entrada do Parque chamada "Posto Marcão".

Informações oficiais da Trilha pelo PNI:

Dificuldade: Moderada, com trecho final de "escalaminhada" difícil.

Duração: 2h30 a 3h30 Horas (Curtindo a trilha, tirando fotos e fazendo um belo lanche, levamos cerca de 6h00 ida e volta)

Entrada: Até 10h30.

Relato

Aproveitando o feriado de 7 de setembro, encontrei com os amigos Jeff Almeida e Alline Red Fox no Refúgio Rosetal em Itanhandu onde ficamos hospedados e fomos muito bem recebidos pela Marissol.

O Refúgio Rosetal é um ponto de encontro de muitos montanhistas e a Marissol vem ganhando o carinho dos aventureiros pela recepção atenciosa e o pãozinho de queijo quentinho no café da manhã, mesmo muito cedo para quem vai sair para trilhas.

Como a trilha da Asa de Hermes é relativamente tranquila, acordamos às 6h da manhã para o café e pegamos a estrada até o parque por volta das 7h. Saindo do Refúgio, são cerca de 45 minutos até a Garganta do Registro e depois mais 40 minutos de estrada de terra até o Posto do Marcão. Para quem vai ao parque pela primeira vez é importante saber que a estrada de terra tem trechos bem ruins, recomenda-se ir com carro alto ou 4x4. (Mas eu mesmo já fui de Focus muitas vezes, sem muita dó do carro rsrs).

Fizemos o check-in no Posto do Marcão e seguimos de carro até o Abrigo Rebouças. Antes de iniciar a trilha preparamos mais um cafezão para curtir o clima da montanha. Todos prontos, começamos a caminhada por volta das 9h15 e seguimos a trilha em direção as Agulhas Negras.

Que saudade que estava do PNI e de caminhar por essas trilhas, cruzar a ponte de madeira, ver o Prateleiras se destacando a direita e toda a beleza das terras altas da Mantiqueira.

Logo o Agulhas já estava imponente à nossa direita. Seguimos por um bom trecho curtindo o visual e vendo de longe outros aventureiro escalando até o cume.

Quando começamos a ver a Asa de Hermes mais de perto, chegamos ao trecho de escalaminhada onde a trilha de terra dá lugar às pedras. Em algumas partes é fácil perder a trilha por entre os grandes blocos e muitos trechos que exigem bastante atenção.

Sobe pedra, desce pedra, passa pelas fendas e depois de um bom "suador" chegamos ao trecho que divide o Agulhas da Asa de Hermes, uma passagem com grandes paredes de pedras dos dois lados. Neste trecho passamos pela bifurcação que segue para o Vale da Lua. A trilha segue mais um pouco até atingir um ponto em que começa a descer e temos uma vista linda das montanhas.

Encontramos um bom lugar para o lanche do almoço e para curtir a vista da região. Me arrisquei mais um pouco em um lance de escalaminhada "um tanto tensa" que precisa de muito cuidado com as agarras e ponto de apoios para os pés. Ufa, dali até o cume da Asa de Hermes é uma subida curta e bem íngreme, mas sem muitos perrengues. No cume encontrei grande blocos de pedras, me embranhei por debaixo de um deles, fuçei aqui e acolá e não econtrei o livro de cume. Achei que o formato da Asa de Hermes se perdia lá do alto, mas na verdade, depois que desci, percebi que ela estava mais na borda em outro ponto, ou seja, tenho uma boa desculpa para voltar rsrs!

Voltamos todos bem e curtindo a trilha, cinseramente, agora beirando os quarenta, não só o cume interessa (velhas piadas nunca morrem :D) curtir um dia na montanha, celebrar com os amigos e tomar um cafezão me interessa mais.

Chegamos no carro por volta das 15h30, e seguimos para a Garganta do Registro para fechar a trilha com o Tradicional Pão com Linguiça Artesanal na beira do Fogão à lenha. #BãoDemaisDaConta

Mas a aventura não acaba por aqui, no dia seguinte fizemos a Trilha da Cachoeira do Aiuruoca, mas esse registro segue na próxima publicação.

Valeu demais a parceria Jeff e Alline!

Obrigado pela leitura pessoal.
Bons ventos e até a próxima.